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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

´MÉDIUM - JOÃO BERBEL


Há décadas, na Fazenda Monte alegre, instalou-se em moradia o casal José Júlio e Delmira Quirino. Ele espanhol da família Berbel, vinha da província argentina de Córdoba, onde vivera provisoriamente, até que foi atraído para o Brasil e escolheu a vida difícil do campo, ao lado da brasileira Delmira. Foi uma época de muitas dificuldades, para quem vivia no trabalho agrícola de sol a sol e tinha uma família numerosa de seis filhos.

Em 30 de agosto de 1955 nasceu o pequenino João. Desde pequeno, partilhando as agruras e penúrias financeiras ao lado dos familiares, trabalhava para ajudar nos pequenos serviços. Desse tempo de infância João tem poucas lembranças, mas não pode esquecer de seu avô que, embora inculto e católico, diagnosticava os males das pessoas. Ele advinhava como ninguém, o local e o tipo de enfermidade que se ocultava nas pessoas. Tais dons não passavam desapercebidos pelos pais de João. Eles católicos convictos, sempre com um terço nas mãos, não eram simpáticos a essas advinhações, com certo sabor infernal, conforme consideravam nos meios rurais, qualquer manifestação paranormal.



Em algumas regiões desse Brasil sempre existiu a figura do benzedor e da benzedeira. Eram figuras respeitáveis, pontes luminosas entre o céu e a terra, seres respeitáveis; figuras de solidez de espírito, que com santa singeleza, sabem entender a linguagem dos céus. Os pais de João, muito católicos, vez por outra recorriam a esses benzedores, herdeiros da sabedoria prática de seus ancestrais. O pequeno João era totalmente avesso a quaisquer dessas práticas alheias à religião de seus pais. No seu fervor católico, ele recriminava a todos que, mesmo de longe, dessem qualquer valor e atenção a essas ações beneméritas e considerava tudo como feitiçaria. Não podia ouvir falar de Espiritismo. Mas como o destino nos prega peças todos os dias, às vezes promovendo completa e repentina reviravolta em nossas vidas, à nossa revelia, mais tarde João se tornaria, além de fervoroso espírita, também um atuante médium. E o destino foi até mais irônico e fez com que os esteios técnicos de seu labor de cura em benefício dos sofredores sejam as milagreiras ervas do sertão, que ele tanto abominava nos benzedores. Nosso frágil João cresceu e alcançou o diploma escolar, fez mais um ano e parou por aí. É que em breve, iria provar as primeiras gotas amargas daquela água encantada, que ele não queria beber. Alguns anos mais tarde, mais precisamente aos 17 anos, João reconheceu-se um epiléptico. Que triste quadro ver-se a si mesmo sendo alvo do desprezo irreprimível da multidão. Devagar, com trabalho bendito e o auxílio de medicamentos, conseguiu ele finalmente controlar a epilepsia. Corria o ano de 1976 quando conheceu Arlete, sua companheira dedicada até hoje e com quem se casou em 12 de maio de 1979. Nesse período, fenômenos medianímicos insistiram em se manifestar. Depois que passou a freqüentar os trabalhos da Liga Espírita D’Oeste, no Bairro da Estação em Franca/SP, viu surgir a mediunidade de incorporação e então não teve como fugir. O problema epiléptico foi superado com a admissão consciente da mediunidade. A partir daí sua vida mudou. Iniciou então um trabalho, fazendo fluir para si e seus semelhantes a água da vida espiritual. Certa feita sua esposa Arlete estava com cólica renal, causando sérias preocupações. Inesperadamente João incorporou o espírito de Dr. Alonso, foi até à cozinha, tomou de uma faca e ali mesmo operou Arlete, sem nenhum corte, dor ou ferimento. A cura completou-se com a ingestão de remédios e ervas, prescritas também pelo Dr. Alonso, espírito.
Fonte:Site do Instituto de Medicina do Além

"Hospital" espírita leva multidão a Franca"

"Hospital" espírita leva multidão a Franca
Em uma noite, 3.000 pessoas são "consultadas" pelo médium João Berbel, que diz receber o espírito de médico

Nos cinemas, os filmes "Chico Xavier" e "Nosso Lar" atraíram milhões, em uma "onda espírita" que ganha força no país

Edson Silva/Folhapress

Auxiliado por voluntários (de branco), o médium João Berbel (de jaleco azul) consulta fiéis no instituto, em preparação para as cirurgias espirituais

LEANDRO MARTINS
ENVIADO ESPECIAL A FRANCA

Cerca de 3.000 pessoas se aglomeram em uma sala de espera, corredores e filas que vão até a rua. Muitos com graves problemas de saúde aguardam por consultas.
A cena poderia ser em um hospital, mas trata-se de uma chácara na periferia de Franca, que se tornou um dos principais pontos do país de peregrinação por curas espirituais na atualidade.
A multidão que busca atendimento no IMA (Instituto Medicina do Além), em Franca, reflete, em parte, a "onda espírita" que neste ano ganhou força no país.
Na última quarta, quando as 3.000 pessoas aguardavam em Franca, os cinemas computavam a marca de dois milhões de espectadores do filme "Nosso Lar" em 13 dias de exibição, um recorde.
Baseado em um livro psicografado pelo médium Chico Xavier, "Nosso Lar" é mais um exemplo de como a vida após a morte desperta o interesse do brasileiro. Em abril, multidões já haviam ido aos cinemas para assistir ao filme "Chico Xavier".
"Sempre que há algo assim [filme com tema espírita], faz aumentar a procura aqui também", disse o vice-presidente do IMA, Marcos Afonso de Almeida, 44.
Em Franca, a peregrinação de fiéis de várias partes do país tem como foco as consultas e "cirurgias" feitas pelo médium João Berbel, 55.
Ele afirma incorporar o espírito do médico Ismael Alonso y Alonso, que foi prefeito de Franca na década de 1950 e morreu em 1964.
Na última quarta, a Folha acompanhou consultas pelas quais passam os que se preparam para as cirurgias.
Todos que chegam ao IMA são alojados em um amplo salão de espera que lembra uma igreja, onde músicos tocam canções religiosas.
Em uma sala separada, antes de iniciar as consultas, Berbel comandou uma reunião com aproximadamente cem auxiliares. Falou sobre fé, caridade e amor.
Em seguida, a palavra se voltou ao público que esperava pelo atendimento, que começou na sequência, em grupos de 70 homens e 70 mulheres de cada vez, em duas salas separadas.
Já dizendo estar "mediunizado" pelo espírito do falecido Dr. Alonso, Berbel caminha rapidamente entre filas de cadeiras. O atendimento a cada fiel dura segundos.
O médium coloca a mão sobre a cabeça do "paciente" e prescreve remédios que devem ser tomados nos dias que antecederão a cirurgia. A "receita" é anotada por um de seus auxiliares.
Fitoterápicos, os remédios são feitos em um laboratório do IMA, que, segundo Berbel, é comandado por um profissional da área. veja mais, no site - http://www1.folha.uol.com.br/

BÍBLIA E EVANGELHO  ( J. Herculano Pires ) Obra - VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA 


BÍBLIA E EVANGELHO 
A  Bíblia  (que  o  nome  quer  dizer  simplesmente:  O  Livro)  é  na 
verdade  uma  biblioteca,  reunindo  os  livros  diversos  da  religião  hebraica. 
Representa  a  codificação  da  primeira  revelação  do  ciclo  do  Cristianismo. 
Livros escritos por vários autores estão nela colecionados, em número de 
42. Foram todos escritos em hebraico e aramaico e traduzidos mais tarde 
para  o  latim,  por  São  Jerônimo,  na  conhecida  Vulgata  Latina,  no  século 
quinto  da  nossa  era.  As  igrejas  católicas  e  protestantes  reuniram  a  esse 
livro  os  Evangelhos  de  Jesus,  dando  a  estes  o  nome  geral  de  Novo 
Testamento. 
O Evangelho, como se costuma designar o Novo Testamento, não 
pertence  de  fato  à  Bíblia.  É  outro  livro,  escrito  muito  mais  tarde,  com  a 
reunião dos vários escritos sobre Jesus e seus ensinos. O Evangelho é a 
codificação  da  segunda  revelação  cristã.  Traz  uma  nova  mensagem, 
substituindo  o  deus­-guerreiro  da  Bíblia  pelo  deus-­amor  do  Sermão  da 
Montanha.  No  Espiritismo  não  devemos  confundir  esses  dois  livros,  mas 
devemos reconhecer a linha histórica e profética, a linhagem espiritual que 
os liga. São, portanto, dois livros distintos. 
O Espiritismo 
A antiga religião hebraica é geralmente conhecida como Mosaísmo, 
porque  surgiu  e  se  desenvolveu  com  Moisés.  A  nova  religião  dos 
Evangelhos  é  designada  como  Cristianismo,  porque  vem  do  ensino  do 
Cristo.  Mas,  assim  como  nas  páginas  da  Bíblia  lado o  advento  do  Cristo, 
também nas páginas do está anunciado o advento do Espírito de Verdade. 
Este advento se deu no século passado, com a terceira e última revelação 
cristã,  chamada  revelação  espírita.  Cinco  novos  livros  aparecem,  então, 
escritos por Kardec, mas ditados, inspirados e Orientados pelo Espírito de 
Verdade  e  outros  Espíritos  Superiores.  Os  cinco  livros  fundamentais  do 
Espiritismo,  que  têm  como  base  O  Livro  dos  Espíritos,  representam 
codificação  da  terceira  revelação.  Essa  revelação  se  chama  Espiritismo 
porque  foi  dada  pelos  Espíritos.  Sua  finalidade  é  esclarecer  os  ensinos 
anteriores,  de  acordo  com  a  mentalidade  moderna,  já  suficientemente 
arejada e evoluída para entender as alegorias e símbolos contidos na Bíblia 
e  no  Evangelho.  Mas, enganam­-se os que  pensam  que  a  Codificação  do 
Espiritismo contraria ou reforma o Evangelho.
Da Obra - VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Mãos à obra


 
“Que  fareis,  pois,  irmãos?  Quando  vos  ajuntais,  cada 
um  de  vós  tem  doutrina,  tem  revelação,  tem  língua,  tem 
interpretação. Faça­se tudo para edificação.”
 
Paulo (I Coríntios, 14:26) 
A  igreja  de  Corinto  lutava  com  certas  dificuldades  mais  fortes,  quando 
Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita. 
O  conteúdo  da  carta  apreciava  diversos  problemas  espirituais  dos 
companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá­lo a certas 
situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo, 
na revivescência do Evangelho. 
Quase  sempre  notamos  intensa  preocupação  nos  trabalhadores,  por 
novidades em fenomenologia e revelação. 
Alguns  núcleos  costumam  paralisar  atividades  quando  não  dispõem  de 
médiuns adestrados. 
Por quê? 
Médium  algum  solucionará,  em  definitivo,  o  problema  fundamental  da 
iluminação dos companheiros. 
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência 
mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço 
de alguns poucos. 
Convençam­se os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a 
todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe 
compete.  Ninguém  alegue  ausência  de  novidades,  quando  vultosas  concessões  da 
esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa­vontade, no sentido de 
conhecer a vida e elevar­se. 
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e 
de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no 
aperfeiçoamento indispensável.

terça-feira, 25 de novembro de 2014

Nos Momentos de Insuportáveis Pressões

Não perca a calma, o sentido do bem, a esperança, o autodomínio. Seja leal, sincero com você mesmo. Caminhe, lute, tenha paciência e o equilíbrio acontecerá. Se você percebeu que errou, não se desespere, todos carregam a falibilidade. A coragem em reconhecer o seu próprio erro representa o melhor estímulo para o seu reerguimento, sua vitória. O importante é não deliberar sem reflexão — só assim, você será capaz de modificar a situação que está vivendo. Tenha coragem. Se o problema é complexo, você não deve esquecer que é necessário saber esperar, ser paciente, não perder a calma para poder alcançar a revelação das soluções, a resolução de suas dificuldades. Quando tudo parecer perdido, extremamente difícil, você deve lembrar que para o Criador tudo é possível. O importante, no momento, é a consciência da fé, a forçada esperança que tudo transforma. Em qualquer situação, a prece traz discernimento, elucida, conduz a reflexão, à paciência, a calma, ilumina o seu interior. A humildade, a tolerância, a bondade, o amor, a afabilidade, a gratidão, o trabalho honesto e a fé racional no Criador ajudam sempre. Não perca o ânimo; seja comedido, mantenha o controle pessoal, cultive o pensamento positivo, seja pacífico, honesto com o próximo e com os seus princípios; aprenda a lição de hoje para não cometer novos erros amanhã. Diante de todas as crises, as incompreensões, as dificuldades, as escuridões, não acuse o seu irmão. Trabalhe, tenha esperança, lute para fazer a iluminação, seja feliz. Meu bom amigo, no processo evolutivo só é vencedor quem vence a si mesmo. Ajude o próximo e você encontrará a força abençoada da renovação. Autoconhecimento, luz, evolução.

O Abraço de LEOCÁDIO JOSÉ CORREIA Mensagem psicografada pelo médium Maury Rodrigues da Cruz Extraída da obra: "Na luta do cotidiano, A força do amor"

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

-ESTEJAMOS CONTENTES


 "Tendo,  porém,  sustento  e  com  que  nos  cobrirmos,  estejamos  com
isso contentes”.- Paulo. (1 TIMOTEO, 6:8.)

O monopolizador de trigo não poderá abastecer-se à mesa senão de
algumas fatias de pão, para saciar as exigências da sua fome.
O  proprietário  da  fábrica  de  tecidos  não  despenderá  senão  alguns
metros  de  pano  para  a  confecção  de  um  costume,  destinado  ao
próprio uso.
Ninguém deve alimentar-se ou vestir-se pelos padrões da gula e da
vaidade,  mas  sim  de  conformidade  com  os  princípios  que  regem  a
vida em seus fundamentos naturais.
Por  que  esperas  o  banquete,  a  fim  de  ofereceres  algumas  migalhas
ao companheiro que passa faminto?
Por  que  reclamas  um tesouro  de moedas  na  retaguarda,  para  seres
útil ao necessitado? A caridade não depende da bolsa. É fonte nascida no coração.
É  sempre  respeitável  o  desejo  de  algo  possuir  no  mealheiro  para
socorro  do  próximo  ou  de  si  mesmo,  nos  dias  de  borrasca  e
insegurança,  entretanto,  é  deplorável  a  subordinação  da  prática  do
bem ao cofre recheado.
Descerra,  antes  de  tudo,  as  portas  da  tua  alma  e  deixa  que  o  teu
sentimento  fulgure  para  todos,  à  maneira  de  um  astro  cujos  raios
iluminem, balsamizem, alimentem e aqueçam. . .
A chuva, derramando-se em gotas, fertiliza o solo e sustenta bilhões
de vidas.
Dividamos  o  pouco,  e  a  insignificância  da  boa-vontade,  amparada
pelo amor, se converterá com o tempo em prosperidade comum..
Algumas  sementes,  atendidas  com  carinho,  no  curso  dos  anos,
podem dominar glebas imensas.
Estejamos  alegres  e  auxiliemos  a  todos  os  que  nos  partilhem  a
marcha, porque, segundo a sábia palavra do apóstolo, se possuímos
a graça de contar com o pão e com o agasalho para cada dia, cabe-
nos a obrigação de viver e servir em paz e contentamento.

Da Obra - Fonte Viva - Fco. Cândido Xavier - Emmanuel

sábado, 6 de setembro de 2014


sexta-feira, 5 de setembro de 2014

CADA QUAL



“Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo”.- Paulo. I
CORINTIOS 12:4.

Em  todos  os  lugares  e  posições,  cada  qual  pode  revelar  qualidades
divinas para a edificação de quantos com ele convivem.
Aprender  e  ensinar  constituem  tarefas  de  cada  hora,  para  que
colaboremos no engrandecimento do tesouro comum de sabedoria e
de amor.
Quem administra, mais freqüentemente pode expressar a justiça e a
magnanimidade.
Quem  obedece,  dispõe  de  recursos  mais  amplos  para  demonstrar  o
dever bem cumprido.
O  rico,  mais  que  os  outros,  pode  multiplicar  o  trabalho  e  dividir  as
bênçãos.
O pobre, com mais largueza, pode amealhar a fortuna da esperança e
da dignidade.
O forte, mais facilmente, pode ser generoso, a todo instante.
O  fraco,  sem  maiores  embaraços,  pode  mostrar-se  humilde,  em
quaisquer ocasiões.
O  sábio,  com  dilatados  cabedais,  pode  ajudar  a  todos,  renovando  o
pensamento geral para o bem.
O aprendiz, com oportunidades multiplicadas, pode distribuir sempre
a riqueza da boa-vontade.
O são, comumente, pode projetar a caridade em todas as direções.
O doente, com mais segurança, pode plasmar as lições da paciência
no ânimo geral.
Os  dons  diferem,  a  inteligência  se  caracteriza  por  diversos  graus,  o
merecimento  apresenta  valores  múltiplos,  a  capacidade  é  fruto  do
esforço de cada um, mas o Espírito Divino que sustenta as criaturas é
substancialmente o mesmo.
Todos somos suscetíveis de realizar muito, na esfera de trabalho em
que nos encontramos.
Repara  a  posição  em  que  te  situas  e  atende  aos  imperativos  do
Infinito  Bem.  Coloca  a  Vontade  Divina  acima  de  teus  desejos,  e  a
Vontade Divina te aproveitará.

  Da Obra fonte Viva- Emmanuel
Fco Cândido Xavier

sábado, 30 de agosto de 2014

Mãos à obra





“Que  fareis,  pois,  irmãos?  Quando  vos  ajuntais,  cada
um  de  vós  tem  doutrina,  tem  revelação,  tem  língua,  tem
interpretação. Faça-­se tudo para edificação.”

Paulo (I Coríntios, 14:26)
A  igreja  de  Corinto  lutava  com  certas  dificuldades  mais  fortes,  quando
Paulo lhe escreveu a observação aqui transcrita.
O  conteúdo  da  carta  apreciava  diversos  problemas  espirituais  dos
companheiros do Peloponeso, mas podemos insular o versículo e aplicá-­lo a certas
situações dos novos agrupamentos cristãos, formados no ambiente do Espiritismo,
na revivescência do Evangelho.
Quase  sempre  notamos  intensa  preocupação  nos  trabalhadores,  por
novidades em fenomenologia e revelação.
Alguns  núcleos  costumam  paralisar  atividades  quando  não  dispõem  de
médiuns adestrados.
Por quê?
Médium  algum  solucionará,  em  definitivo,  o  problema  fundamental  da
iluminação dos companheiros.
Nossa tarefa espiritual seria absurda se estivesse circunscrita à freqüência
mecânica de muitos, a um centro qualquer, simplesmente para assinalarem o esforço
de alguns poucos.
Convencesse os discípulos de que o trabalho e a realização pertencem a
todos e que é imprescindível se movimente cada qual no serviço edificante que lhe
compete.  Ninguém  alegue  ausência  de  novidades,  quando  vultosas  concessões  da
esfera superior aguardam a firme decisão do aprendiz de boa­-vontade, no sentido de
conhecer a vida e elevar-­se.
Quando vos reunirdes, lembrai a doutrina e a revelação, o poder de falar e
de interpretar de que já sois detentores e colocai mãos à obra do bem e da luz, no
aperfeiçoamento indispensável. ( Emmanuel - Psic. Francisco C. Xavier)

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

ENTENDAMOS SERVINDO ( Da Obra Pão Nosso de Emmanuel)

 
“Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos.”

Paulo (Tito, 3:3)
O martelo, realmente, colabora nos primores da estatuária, mas não pode
golpear a pedra, indiscriminadamente.
O remédio amargo estabelece a cura do corpo enfermo, no entanto, reclama
ciência na dosagem.
Nem mais, nem menos.
Na sementeira da verdade, igualmente, é indispensável não nos desfaçamos
em movimento impensado.
Na  Terra,  não  respiramos  num  domicílio  de  anjos.  Somos  milhões  de
criaturas, no labirinto de débitos clamorosos do passado, suspirando pela desejada
equação.
Quem  ensina  com  sinceridade,  naturalmente  aprendeu  as  lições,
atravessando obstáculos duros.
Claro  que  a  tolerância  excessiva  resulta  em  ausência  de  defesa  justa,
entretanto, é inegável que para educarmos a outrem, necessitamos de imenso cabedal
de paciência e entendimento.
Paulo,  incisivo  e  enérgico,  não  desconhecia  semelhante  realidade.
Escrevendo a Tito, lembra as próprias incompreensões de outra época para justificar
a serenidade que nos deve caracterizar a ação, a serviço do Evangelho Redentor.
Jamais  atingiremos  nossos  objetivos,  torturando  chagas,  indicando
cicatrizes, comentando defeitos ou atirando espinhos à face alheia.
Compreensão e respeito devem preceder­nos a tarefa em qualquer parte.
Recordemos  nós  mesmos,  na  passagem  pelos  círculos  mais  baixos,  e
estendamos braços fraternos aos irmãos que se debatem nas sombras.
Se te encontras interessado no serviço do Cristo, lembra­te de que Ele não
funcionou em promotoria de acusação e, sim, na tribuna do sacrifício até à cruz, na
condição de advogado do mundo inteiro. ( Psic. Francisco C. Xavier)

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

MULTIDÕES


"Tenho compaixão da multidão." - Jesus. (MARCOS, 8:2.)
Os  espíritos  verdadeiramente  educados  representam,  em  todos  os  tempos,
grandes devedores à multidão.
Raros homens, no entanto, compreendem esse imperativo das leis espirituais.
Em  geral,  o  mordomo  das  possibilidades  terrestres,  meramente  instruído  na
cultura  do  mundo,  esquiva-se  da  massa  comum,  ao  invés  de  ajudá-la.  Explora-lhe  as
paixões, mantém-lhe a ignorância e costuma roubar-lhe o ensejo de progresso. Traça leis
para que ela pague os impostos mais pesados, cria guerras de extermínio, em que deva
concorrer  com  os  mais  elevados  tributos  de  sangue.  O  sacerdócio  organizado,  quase
sempre,  impõe-lhe  sombras,  enquanto  a  filosofia  e  a  ciência  lhe  oferecem  sorrisos
escarnecedores.
Em todos os tempos e situações políticas, conta o povo com escassos amigos e
adversários em legiões.
Acima  de  todas  as  Possibilidades  humanas,  entretanto,  a  multidão  dispõe  do
Amigo Divino.
Jesus prossegue trabalhando.
Ele,  que  passou  no  Planeta  entre  pescadores  e  proletários,  aleijados  e  cegos,
velhos  cansados  e  mães  aflitas,  volta-se  para  a  turba  sofredora  e  alimenta-lhe  a
esperança, como naquele momento da multiplicação dos pães.
Lembra-te, meu amigo, de que és parte integrante da multidão terrestre.
O Senhor observa o que fazes.
Não roubes o pão da vida; procura multiplicá-lo.

terça-feira, 22 de julho de 2014

EM SILÊNCIO - Emmanuel - Fco C. Xavier


"Não  servindo  à  vista,  como  para  agradar  aos  homens,  mas  como  servos  do
Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus." - Paulo. (EFÉSIOS, 6:6.)
Se sabes, atende ao que ignora, sem ofuscá-lo com a tua luz.
Se tens, ajuda ao necessitado, sem molestá-lo com tua posse.
Se amas, não firas o objeto amado com exigências.
Se pretendes curar, não humilhes o doente.
Se queres melhorar os outros, não maldigues ninguém.
Se  ensinas  a  caridade,  não  te  trajes  de  espinhos,  para  que  teu  contacto  não
dilacere os que sofrem.
Tem cuidado na tarefa que o Senhor te confiou.
É  muito  fácil  servir  à  vista.  Todos  querem  fazê-lo,  procurando  o  apreço  dos
homens.
Difícil, porém, é servir às ocultas, sem o ilusório manto da vaidade.
É  por  isto  que,  em  todos  os  tempos,  quase  todo  o  trabalho  das  criaturas  é
dispersivo e enganoso. Em geral, cuida-se de obter a qualquer preço as gratificações e as
honras humanas.
Tu,  porém,  meu  amigo,  aprende  que  o  servidor  sincero  do  Cristo  fala  pouco  e
constrói, cada vez mais, com o Senhor, no divino silêncio do espírito...
Vai e serve.
Não  te  dêem  cuidado  as  fantasias  que  confundem  os  olhos  da  carne  e  nem  te
consagres aos ruídos da boca.
Faze o bem, em silêncio.
Foge às referências pessoais e aprendamos a cumprir, de coração, a vontade de
Deus.

domingo, 20 de julho de 2014

Da Obra Fonte Viva ( Fco. Cândido Xavier )

6-ACEITA A CORREÇÃO

“E, na verdade, toda correção, no presente, não parece ser de gozo,
senão  de  tristeza,  mas,  depois,  produz  um  fruto  pacífico  de  justiça
nos exercitados por ela”.- Paulo. (HEBREUS, 12:11).

A terra, sob a pressão do arado, rasga-se e dilacera-se, no entanto, a
breve  tempo,  de  suas  leiras  retificadas  brotam  flores  e  frutos
deliciosos.
A  árvore,  em  regime  de  poda,  perde  vastas  reservas  de  seiva,
desnutrindo-se e afeando-se, todavia, em semanas rápidas, cobre-se
de nova robustez, habilitando-se à beleza e à fartura.
A água humilde abandona o aconchego da fonte, sofre os impositivos
do movimento, alcança o grande rio e, depois, partilha a grandeza do
mar.
Qual ocorre na esfera simples da Natureza,
acontece no reino complexo da alma.
A  corrigenda  é  sempre  rude,  desagradável,  amargurosa;  mas,
naqueles que lhe aceitam a luz, resulta sempre em frutos abençoados
de experiência, conhecimento, compreensão e justiça.
A terra, a árvore e a água suportam-na, através de constrangimento,
mas  o  Homem,  campeão  da  inteligência  no  Planeta,  é  livre  para
recebê-la e ambientá-la no próprio coração.
O  problema  da  felicidade  pessoal,  por  isso  mesmo,  nunca  será
resolvido pela fuga ao processo reparador.
Exterioriza-se a correção celeste em todos os ângulos da Terra.
Raros, contudo, lhe aceitam a bênção, porque semelhante dádiva, na
maior parte das vezes, não chega envolvida em arminho, e, quando
levada  aos  lábios,  não  se  assemelha  a  saboroso  confeito.  Surge,
revestida de acúleos ou misturada de fel, à guisa de remédio curativo
e salutar.
Não  percas,  portanto,  a  tua  preciosa  oportunidade  de
aperfeiçoamento.
A dor e o obstáculo, o trabalho e a luta são recursos de sublimação
que nos compete aproveitar.

quarta-feira, 30 de abril de 2014







D O W N L O A D

terça-feira, 29 de abril de 2014

TRECHOS DA VIDA DE CHICO XAVIER

2
O VALOR DA ORAÇÃO

A madrinha do Chico, por vezes, passava tempos entregue a obsessão.
Assim é que, nessas fases, a exasperação dela era mais forte.
Em  algumas  ocasiões,  por  isso,  condenava  o  menino  a  vários  dias  de
fome.
Certa feita, já fazia três dias que a criança permanecia em completo jejum.
À  tarde,  na  hora  da  prece,  encontrou  a  mãezinha  desencarnada  que  lhe
perguntou o motivo da tristeza com a qual se apresentava.
— Então, a senhora não sabe — explicou o Chico — tenho passado muita
fome.
— Ora, você está reclamando muito, meu filho! — disse Dona Maria João
de Deus — menino guloso tem sempre indigestão.
— Mas hoje bem que eu queria comer alguma coisa...
A mãezinha abraçou-o e recomendou:
— Continue na oração e espere um pouco.
O  menino ficou repetindo as palavras do Pai Nosso e daí a instantes um
grande cão da rua penetrou o quintal.
Aproximou-se dele e deixou cair da bocarra um objeto escuro.
Era um jatobá saboroso...
Chico recolheu, alegre, O pesado fruto, ao mesmo tempo que reviu a
mãezinha ao seu lado, acrescentando.
— Misture o jatobá com água e você terá um bom alimento.
E, despedindo-se da criança, acentuou:
— Como você observa, meu filho, quando oramos com fé viva até um cão
pode nos ajudar, em nome de Jesus.

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Quando Dna Maria João de Deus desencarnou em 29 de setembro de 1915, o menino Chico contava com apenas 5 anos e passou a ser cuidado pela sua madrinha que era uma pessoa atormentada por espíritos obscessores que a utilizavam para maltratar aquele que seria, na nossa opinião, o maior médium e maior espírito que reencarnou na Terra, depois de Jesus. Palavras de Jerônimo Mendonça em uma de suas palestras que presenciei no Centro Espírita Bezerra de Meneses, quando ele, Jerônimo, um dos maiores oradores que conheci, falava com aquele voz encorpada que Deus lhe deu. Ele dizia, quem é maior do que Chico, que eu saiba só Jesus ! Grande Jerônimo Mendonça ! Quando encarnado, aqui na Terra, viajava pelo Brasil todo em uma pequena maca. Cego, movendo apenas a cabeça, o corpo paralisado por uma enfermidade que o mantinha preso a maca. Mas, ele que foi chamado "O Gigante deitado" mantinha-se sempre disposto e brincalhão. Era mesmo um gigante na oratória, contava histórias, brincava com todos, cantava. suas histórias sobre a vida de Jesus dava-nos a impressão de sermos transportados àqueles recuados tempos, eu que não tenho uma sensibilidade mediúnica muito apurada sentia-me como viajando, a recuados tempos,  tal o magnetismo irradiado por este grande espírito. Jerônimo partiu para a Pátria Espiritual a alguns anos. E Divaldo certo dia disse que o havia visto, vestido em luz. Veio caminhando ao encontro de Divaldo, abraço-o e disse sorrindo: "O gigante, agora, está de pé".


terça-feira, 22 de abril de 2014

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

CAMILLE FLAMARION

Estava Nicolas Camille Flammarion  já no convento prometido por sua mãe à vida religiosa. Precoce, Nicolas aprendeu a ler e a escrever, além da matemática até os cinco anos. Aos dezesseis escreveu um tratado sobre cosmogonia, ‘Cosmogonia Universal’, pelo qual foi indicado a trabalhar e a estudar no Observatório de Paris. Inconformou-se com a inércia dos demais pesquisadores que apenas se limitavam à trigonometria  dos astros, a medir suas distâncias e não se dedicavam a entender a vida dos planetas, o estudo das condições da vida no Universo.

Suas observações posteriores sobre estudos do satélite da Terra valeram-lhe o cognome de “poeta da Astronomia”, pois descreve tanto os efeitos do sol sobre as paisagens lunares como as sombras dos cimos com poesia ao som da “Sonata ao Luar” de Beethoven. Indagava-se sobre a natureza dos astros, reflexionava sobre os movimentos do planeta tanto na rotação, quanto na translação, na revolução, e nos outros onze movimentos realizados pelo planeta e dos quais nenhum ser humano é sensível. Assim da mesma forma, observa a nossa falta de percepção às manifestações das radiações magnéticas do Sol, das vibrações mais lentas ou mais rápidas da luz, ou os sons e odores que não percebemos.

Cuida para que sua obra “A Pluralidade dos Mundos Habitados” seja cuidadosamente documentada, concomitante às análises que eram realizadas na época como a fotografia do Sol e dos planetas, cometas e nebulosas e a análise espectral dos corpos celestes. Afirmava, em uma época de forte materialismo, que ‘crer em tudo é um erro, não crer em nada será um erro também’, atrevendo-se a falar da alma, indagando sobre nossa condição de ‘átomos pensantes sobre um átomo móvel’ que nos conduz pelo espaço com a velocidade de 107000 km por hora. Essa obra que trata da pluralidade dos mundos recebeu críticas favoráveis, como Victor Hugo, e foi traduzida para vários idiomas, inclusive o português e em estereotipia para os cegos.

Foi o livro do momento na corte de Napoleão III, porém, recebeu da Igreja ferrenhos ataques pelas suscetibilidades religiosas feridas. Seu segundo livro foi igualmente aclamado por todos, agora aceito, e Flammarion ingressou no jornalismo científico escrevendo artigos; mais à frente publica um romance no qual aborda problemas do espírito, torna-se ainda conferencista e ministra um curso de astronomia popular. Prossegue com os estudos astronômicos e dedica-se a estudos sobre os problemas psíquicos, iniciando com as transmissões telepáticas.

Baseando-se em suas investigações consegue responder a algumas questões como a de que os fatos devidos às faculdades cerebrais eram ignoradas, de que o Universo é um dinamismo regido por forças invisíveis e pensantes, à qual a matéria obedece. Ocupou-se da observação das manchas do Sol, das configurações lunares, das constelações e das estrelas duplas coloridas ou as cintilantes, dos anéis de Saturno, do disco de Júpiter, das nebulosas e dos cometas. Para estudar o estado higrométrico e a direção das correntes aéreas interessa-se a partir de 1867, pela navegação aérea.

Fez doze viagens aéreas, de 1868 a 1880, relatando essas viagens no livro “Viagens em Balão”. Busca assim observar o mundo atmosférico e suas leis que propõe como regulares. Dirigia a revista Astronomia e vê suas asseverações anteriores (1865) sobre o magnetismo do Sol, serem medidas (1919). Via suas asseverações antes combatidas não só por religiosos como por seus pares serem aceitas e justificadas pelas conquistas da ciência daquela atualidade, fazendo com que suas obras tivessem estrondosas vendas. Afirmava o grande pesquisador que: Não existe acaso. Todo fenômeno é efeito de uma causa. Morreu em 1925, aos 83 anos de idade.

Fonte:
Grandes Vocações: Cientistas. v.5 São Paulo: Donato, [s/d].

A Carta do astrônomo Camille Flammarion para D. Pedro II


domingo, 12 de janeiro de 2014

Tibério

          Coloquei esta Obra para ser baixada em PDF,  para ofertar ao, caro leitor, este romance. Trata da v ida de Tibério  e da antiga Roma. Mostra o quanto a ganância do ouro e do poder a qualquer preço pode levar a perder a criatura,  cuja ambição é desmedida. O quanto de prejuízo traz a sua evolução como Espírito imortal. Tibério relata, ele próprio, os seus padecimentos no além túmulo e os séculos de expiações e provas se impôs, para remir parte de seus atos infelizes, enquanto imperador romano. Nesta época,  o Império Romano era o poderio bélico da época, povos foram dizimados pela força brutal da bestialidade e da ânsia pelo poder temporal. Vitor Hugo, o grande literato francês, já afirmava: " O poder é como a água salgada, quanto mais sorvida, mais sede." Tibério relata os sofrimentos inenarráveis que esperam após a morte do corpo físico àqueles que viajam a deriva das Leis Eternas daquele que é todo Amor! Deus é Misericórdia e justiça, dá sempre ao culpado a possibilidade de redimir-se de seus erros. Mas, sua justiça é implacável para os que vem a Terra com a missão de auxiliar, amparar, minorar os sofrimentos de seus semelhantes e não o fazem, por negligência ou rebeldia.  Muitos são os iludidos que acreditam que vieram a Terra para gozar, para passar o tempo, para juntar ouro e recrear-se egoisticamente vivendo. Tudo, o que Deus nos confia, queiramos ou não, pertencem a Deus que no-los deu. E dos quais teremos que prestar-lhe contas. São ofertados ao homem.  para o seu crescimento espiritual, se ele desvia-se do caminho acreditando-se proprietário do que Deus lhe confia para adiantar-se em Espírito,  para usar e abusar destes destes bens e dons , de nada lhe valerá, melhor seria não possuí-los. Pois,  somente servirá para fomentar-lhe o orgulho. Bem miserável é pois, embora possa pensar o contrário. Encontra-se longe do conhecer-se a si mesmo. Assim! Caro leitor, espero que desfrutes destes ensinamentos contidos nesta Obra. Terás a oportunidade de uma retrospectiva aos tempos de Roma antiga, onde provavelmente, muitos de nós fomos partícipes da história, animando outros corpos. Esquecidos, hoje,daqueles recuados tempos, pois o arcabouço físico impõe obstáculos para que destas vidas pretéritas recordemos.Deus quer que seja assim, por ora, pois muitos de nós não teríamos condições de suportar a pressão que muitos de nossos atos infelizes de nosso passado reencarnatório exerceriam, caso  aflorassem dos refolhos das zonas inconscientes de nosso cérebro físico, assaz acanhado para comportar toda a história evolutiva do ser espiritual.
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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014



CORNÉLIO PIRES

niciou a sua carreira viajando pelas cidades do interior do estado de São Paulo e outros, como humorista caipira.
Em 1910, Cornélio Pires, apresentou no Colégio Mackenzie hoje Universidade Presbiteriana Mackenzie, em São Paulo, um espetáculo que reuniu catireiros, cururueiros, e duplas de cantadores do interior. O Colégio Mackenzie foi fundado e sempre mantido pela Igreja Presbiteriana, à qual Cornélio Pires pertencia.
Ambicionando cursar a Faculdade de Farmácia, deslocou-se de Tietê para a cidade de São Paulo, a fim de prestar concurso de admissão. Não tendo obtido sucesso em seu intento, conseguiu empregar-se na redação do jornal O Comércio de São Paulo. Posteriormente trabalhou no jornal O Estado de S. Paulo, onde desempenhou a função de revisor. A partir de 1914, passou a trabalhar no periódico O Pirralho.
Foi autor de mais de vinte livros, nos quais procurou registrar o vocabulário, as músicas, os termos e expressões usadas pelos caipiras. No livro "Conversas ao Pé do Fogo", Cornélio Pires faz uma descrição detalhada dos diversos tipos de caipiras e, ainda no mesmo livro, ele publica o seu "Dicionário do Caipira". Na obra "Sambas e Cateretês" recolhe inúmeras letras de composições populares, muitas das quais hoje teriam caído no esquecimento se não tivessem sido registradas nesse livro. A importância de sua pesquisa começa a ser reconhecida nos meios acadêmicos no uso e nas citações que de sua obra faz Antonio Candido, professor na Universidade de São Paulo, o nosso maior estudioso da sociedade e da cultura caipira, especialmente no livro Os Parceiros do Rio Bonito.
Foi o primeiro a conseguir que a indústria fonográfica brasileira lançasse, em 1928, em discos de 78 Rpm, a música caipira. Segundo José de Souza Martins, Cornélio Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas folias do Divino, no cateretê e na catira (dança ritual indígena, durante muito tempo vedada às mulheres, catolicizada no século XVI pelos padres jesuítas),no urucru (dança indígena que os missionários transformaram na dança de Santa Cruz, ainda hoje dançada no terreiro da igreja da Aldeia de Carapicuíba, em São Paulo, por descendentes dos antigos índios aldeados, nos primeiros dias de maio, na Festa da Santa Cruz, a mais caipira das festas rurais de São Paulo).
A criação de Cornélio Pires permitiu à nascente música caipira comercial, que chegou aos discos 78rpm libertar-se da antiga música caipira original, ganhar vida própria e diversificar seu estilo. Atualmente a música caipira é chamada de música raiz para se diferenciar da música sertaneja. A música caipira dos discos 78rpm nasce, no final da década de 1920, como o último episódio de afirmação de uma identidade paulista após a abolição da escravatura, em 1888, que teve seu primeiro grande episódio na pintura, especialmente a do Ituano Almeida Júnior, expressa em obras como "Caipira picando fumo", "Amolação interrompida", dentre outras. A ironia e a crítica social da música sertaneja originalmente proposta por Cornélio Pires, situa-se na formação do nosso pensamento conservador, que se difundiu como crítica da modernidade urbana. O melhor exemplo disso é a "Moda do bonde camarão", uma das primeiras músicas sertanejas e uma ferina ironia sobre o mundo moderno.
Após encerrar a sua carreira jornalística, Cornélio Pires organizou o "Teatro Ambulante Cornélio Pires", viajando com o mesmo de cidade em cidade, aplaudido por onde passava.
Cornélio Pires é primo dos escritores Elsie Lessa, Orígenes Lessa, Ivan Lessa, Juliana Foster e Sergio Pinheiro Lopes.
Cornélio Pires e o espiritismo
Cornélio Pires pertencia a uma extensa família de presbiterianos e, na juventude, frequentava as reuniões da igreja com os seus familiares.
Durante as suas viagens pelo interior do país, teve contato com vários fenômenos mediúnicos, particularmente algumas comunicações do espírito Emílio Menezes, que muito o impressionaram. A partir de então passou a estudar as obras espíritas principalmente as de Allan Kardec, Léon Denis, Albert de Rochas e alguns livros psicografados pelo então jovem médium Francisco Cândido Xavier. A partir de então dedicou-se ao Espiritismo, com particular interesse pelos fenômenos de efeitos físicos.
Nos anos de 1944 a 1947 escreveu os livros "Coisas do outro mundo" e "Onde estás, ó Morte?", tendo falecido quando se dedicava à redação da obra "Coletânea Espírita".
Pouco antes de falecer, retornou à sua cidade natal, onde adquiriu uma chácara, tendo fundado a instituição Granja de Jesus, um lar para crianças desamparadas, que não teve a oportunidade de ver implantado.
Foi tio do jornalista espírita José Herculano Pires