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quarta-feira, 31 de março de 2010

Colírio da Romã para o Glaucoma

No glaucoma, a pressão intra-ocular aumenta porque os canais da drenagem do olho estão congestionados. Esse acúmulo do líquido nos olhos pode danificar a retina e o nervo ótico. À medida que o glaucoma aumenta, perde-se parte da visão.

A medicina convencional geralmente recomenda colírio para baixar a pressão ocular, pois não encontra meios de evitar os danos ao nervo ou à retina, a fim de preservar a visão. Esses colírios, na maioria das vezes, irritam os olhos e deixam a visão turva.

Ao contrário da medicina convencional, que não busca a CAUSA da doença, mas trata apenas OS SINTOMAS, a medicina natural relaciona o glaucoma sobretudo a problemas no fígado, na bexiga, na vesícula e no estômago. Nesse caso, indicam-se acupuntura, suplementos alimentares e ervas.

Como o glaucoma é muito sério, os adeptos da medicina natural devem procurar um médico naturalista e um acupuntor, que deve estimular pontos específicos, como os mostrados a seguir. ( fonte - Curapelanaturezablogspot.com )

Estudos sobre a Romã


Ela tem tantas virtudes para a saúde que vale a pena criar o hábito de consumi-la todos os dias. Um poderoso hidratante e antioxidante, seu extrato encontra cada vez mais espaço na indústria da beleza. Aproveite a estação para mergulhar de cabeça nos benefícios desta exótica fruta. A romã não atrai apenas sorte e fartura, prometidas pela simpatia popular a quem chupar seis sementes da fruta todo 6 de janeiro, Dia de Reis. Há evidências de que a ingestão diária do suco feito com a casca, as sementes e a polpa (sim, tudo junto!) ajuda a controlar a pressão arterial, reduzir o colesterol ruim (LDL) e prevenir o câncer de mama e de próstata. Segundo a bioquímica Fernanda Archilla Jardini, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP), “ainda não foram realizados testes em humanos, mas as células tumorais in vitro tratadas com a bebida tiveram seu crescimento inibido”. Já os efeitos sobre a pressão e o colesterol estão comprovados desde 2001 por estudos do bioquímico norte-americano Michael Aviram, do Rambam Medical Center, em Haifa, Israel.

Ali mento sagrado. A bebida já entrou para a história, mais precisamente no período que vai de 970 a 930 a.C., durante o reinado de Salomão, em Israel. Diz a lenda que o soberano, conhecido como o mais sábio dos reis, encontrou no vinho da romã a força para contentar suas 700 esposas e 300 concubinas. Por gratidão, ele mandou esculpir a fruta no alto das colunas de seu templo, onde hoje se encontra o Muro das Lamentações, em Jerusalém. Era para lá que os judeus levavam as romãs e outros seis alimentos sagrados (trigo, cevada, figo, uva, azeitona e tâmara) na Festa de Pentecostes (Shavuot), que acontece sete semanas após a Páscoa. “A fruta também faz parte do ritual da passagem do ano-novo judaico. Nesse dia, as pessoas engolem as sementes para que seus méritos sejam multiplicados durante o ano. Há ainda a crença de que uma romã possui 613 sementes, o mesmo número de mandamentos escritos da Torá”, conta Cecília Ben David, coordenadora pedagógica do Centro de Cultura Judaica, em São Paulo. O rei Salomão não foi o único governante a se render à fruta. Em ocasiões especiais, os imperadores romanos pregavam na roupa uma espécie de medalha feita com uma fatia fina de romã para simbolizar o poder e a fartura. No Egito e na Fenícia antigos (atual Líbano e Síria), os frutos e as folhas da romãzeira eram usados em cerimônias religiosas e colocados nos túmulos de sacerdotes e reis como oferenda.

Símbolo de fertilidade. Entre os plebeus, a romã ganhou outros significados, como amor, união, casamento e fertilidade, todos relacionados à grande quantidade de sementes que a fruta contém e à forma harmoniosa como elas se entrelaçam em sua polpa – na Grécia, por exemplo, era comum as mulheres consumirem romã em eventos religiosos para evocar a fertilidade. Conta a mitologia que Deméter, a deusa da terra e da agricultura, deixou a vegetação morrer e a fome se instalar no planeta enquanto vagava à procura da filha, Perséfone, raptada por Hades, o deus das profundezas. Diante do caos, Zeus foi obrigado a interceder e exigiu a libertação da moça desde que ela não tivesse comido nada no inferno. Mas Perséfone não resistiu aos seis grãos vermelhos da romã oferecidos por Hades e, por isso, foi condenada a passar parte do ano com o marido no inferno e outra ao lado da mãe, que anualmente enchia a terra de flores e frutos para comemorar o reencontro. Perséfone, então, simboliza a semente, que precisa ser enterrada para poder germinar depois.
Mais saúde no prato e no copo. Diz a sabedoria popular que fazer gargarejo com chá de casca de romã alivia as dores na garganta. E é verdade. “Os compostos fenólicos – antioxidantes que preservam estruturas biológicas como a membrana celular – presentes na fruta têm propriedades antiinflamatórias e capacidade para aderir à mucosa, protegendo-a. O ideal é fazer o gargarejo à noite, pouco antes de dormir”, ensina a bioquímica Fernanda Jardini, estudiosa e apaixonada pela fruta. Mas é dentro da romã, nas sementes e na película esbranquiçada que as envolve, que estão guardadas as antocianinas (substâncias anticancerígenas) e os ácidos gálico, elágico e protocatequínico (poderosos antioxidantes). Aliás, um estudo da Universidade da Califórnia feito em 2000 provou que o suco da fruta con tém duas vezes mais antioxidantes do que o vinho tinto. Mais: pesquisas apontam que esses ácidos protegem os vasos sanguíneos, reduzindo as chances de infarto e derrame. “Para aproveitar os be ne fícios, bata no liquidificador a cas ca, as sementes e a polpa com um pouco de água, coe e beba em se guida. Outro jeito é friccionar os grãos numa peneira para extrair o suco ou consumi-los juntamente com folhas verdes ou na salada de frutas”, ensina a especialista.
Quanta beleza! A romã tem tudo para se tornar a queridinha da indústria de cosméticos. É rica em antioxidantes, que combatem os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce leia-se flacidez cutânea, perda da elasticidade, rugas e manchas). E aumenta o fator de proteção do filtro solar que você aplica na pele – o ácido elágico potencializa os níveis de glutationa, antioxidante produzido pelo organismo e que protege as células da ação dos raios solares, fonte de radicais livres. Além disso, inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas de sol.
Publicado em: janeiro 28, 2008

Romã

Você está em: Início > Saúde > Receita de suco de romã – Ajuda à combater o câncer – Como fazer

25/09/08 - 5:03 pm
Receita de suco de romã – Ajuda à combater o câncer – Como fazer...




Suco de romã tem sido uma forte ajuda ao combater o câncer de próstata ele também ajuda a reduzir as células da doença, segundo um estudos.

Pesquisadores informaram que o suco de romã dessa fruta freia a proliferação das células do câncer de próstata e promove a morte delas.

Além disso, após uma intervenção cirúrgica, o suco de romã ajuda a reduzir o antígeno prostático específico que é o marcador da doença.

Confira a receita para fazer esse medicamento maravilhoso.
Suco de romã

Ingredientes:
- 2 litros de água
- ½ xíc de mel
- 2 pedaços de canela em pau
- 3 cravos-da-índia
- 20 romãs maduras

Modo de preparo:

Faça um chá com a água, o mel, a canela e o cravo. Coloque tudo junto em uma penal, ferva por uns 2 minutinhos e, depois de esfriar, leve à geladeira.

Lave as romãs e role-as sobre uma superfície com um pouco de força como se faz com o limão, para quebrar suas fibras e ele soltar mais suco. Abra a romã e bata em seu fundo com uma colher de pau para que saiam os carocinhos. Descarte a parte branca (ela é amarga).

Coloque essas sementes em um pano de prato limpo e pressione-as para tirar o máximo de suco possível. Junte o líquido ao chá gelado, misture e sirva com gelo picado.

Propriedades da Romã

PARTES USADAS: Cascas dos Frutos


DESCRIÇÃO: A Romã é o fruto da romãzeira (Punica granatum L.; Lythraceae) cujo interior é subdividido em finas películas, que formam pequenas sementes possuidoras de uma polpa comestível. Segundo pesquisadores russos, a romãzeira pertence ao Centro do Oriente Próximo, que inclui o interior da Ásia Menor, a Transcaucásia, o Irã e as terras altas do Turcomenistão, com outras plantas frutíferas como a figueira, macieira, pereira, marmeleiro, cerejeira, amendoeira, avelaneira e castanheira.
A importância da Romã é milenar, aparece nos textos bíblicos, está associada às paixões e à fecundidade. Os gregos a consideravam como símbolo do amor e da fecundidade. A árvore da romã foi consagrada à deusa Afrodite, pois se acreditava em seus poderes afrodisíacos. Para os judeus, a Romã é um símbolo religioso com profundo significado no ritual do ano novo quando sempre acreditam que o ano que chega sempre será melhor do que aquele que vai embora. Quando os judeus abandonaram o Egito, eles trouxeram mudas de romãzeiras, figueiras e videiras.

INDICAÇÃO: Afecções da boca, olhos e pele, amigdalites, Faringite, cólicas intestinais, envelhecimento e doenças cardíacas.

COMO FAZER: Coloque 2 colheres de sopa para um litro de água.
Deixe cozinhar por cerca de 10 a 15 minutos a partir do momento em que se inicia a ebulição, após esse tempo retire do fogo e deixe repousando por 10 minutos. Coe e está pronto para o uso.

COMO BEBER: Tomar de 2 a 3 xícaras ao dia.

• Gengivites e faringites são tratadas com bochechos do chá da casca do fruto. Também se pode empregar externamente para infecções vaginais e corrimentos, na forma de banho de assento.

• Alguns extratos da casca do fruto mostraram, em estudos recentes, que apresentam ação inibitória do crescimento de tumores e, até mesmo, ação contra o vírus do herpes genital. Para o tratamento do herpes genital, pode-se preparar um chá e fazer compressas de duas a três vezes ao dia.

terça-feira, 30 de março de 2010

Máximas de Mario Quintana


AS INDAGAÇÕES
A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.

Trágico Dilema]
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

Trágico Dilema]
Quando alguém pergunta a um autor o que este quis dizer, é porque um dos dois é burro.

A amizade é um amor que nunca morre.

A arte de viver é simplesmente a arte de conviver ... simplesmente, disse eu? Mas como é difícil!
Mário Quintana

A poesia não se entrega a quem a define.
Mario Quintana

A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.
Mário Quintana

Ah, esses moralistas... Não há nada que empeste mais do que um desinfetante!
Mário Quintana

Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...
Mário Quinta

Autodidata é um ignorante por conta própria.
Mário Quintana

DA FELICIDADE
Quantas vezes a gente,em busca da ventura,
Procede tal e qual o avozinho infeliz:
Em vão,por toda parte,os óculos procura
Tendo-os na ponta do nariz!

DA OBSERVAÇÃO
Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

De um autor inglês do saudoso século XIX: O verdadeiro gentleman compra sempre três exemplares de cada livro: um para ler, outro para guardar na estante e o último para dar de presente.
Mário Quintana

Dizes que a beleza não é nada? Imagina um hipopótamo com alma de anjo... Sim, ele poderá convencer os outros de sua angelitude - mas que trabalheira!
Mário Quintana

E um dia os homens descobrirão que esses discos voadores estavam apenas estudando a vidas dos insetos...
Mário Quintana

segunda-feira, 29 de março de 2010

Pensamento

O que você faria se hoje fosse o seu dia de morrer? Se morresse
agora, o que mais lamentaria não ter feito ou sido, sentido ou falado?
Pois isso faça. Talvez amanhã, talvez ainda hoje seja o seu dia...
Anacleto.
O que você diria a alguém que ama ou considera, se soubesse
que amanhã seria o dia da fatal partida dela? Pois isso faça, hoje,
agora ainda. Porque, como diz a letra de música popular brasileira: "É
preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã. Porque, se
você for parar para pensar, na verdade não há". Ou seja: em outras
ocasiões, ainda que estejam ambos vivos no corpo, as circunstâncias,
as oportunidades e mesmo os sentimentos serão outros, e o precioso
ensejo de servir, ser útil, dar-se e felicitar terá passado,
irremissivelmente.
Anacleto.
(Recebido pelo médium Benjamin Teixeira, em 3 de abril de 2001).

quinta-feira, 25 de março de 2010

Pensamento


Reflexão Matinal - 11
O mal não está somente fora. Está dentro de você. Estamos
num universo holográfico, de modo que tudo está contido em tudo, de
uma certa maneira. O diabo não mora num lugar místico, vago,
longínquo: o diabo está dentro de você. Existem seres diabólicos, mas
que só podem afetá-lo e entrar em sintonia com seu mundo, por meio
das matrizes de ressonância do mal em você mesmo.
Estude-se em profundidade e descubra os redutos onde se
oculta o mal em sua psique, e trabalhe-o, continuamente, não apenas
no esforço de transmutá-lo, mas, principalmente, de dar vazão aos
excessos de tensão que se acumulam em seu psiquismo, por conta de
sua repressão. E a repressão é a fonte dos mais bárbaros horrores
perpetrados pelo ser humano, da tirania religiosa às guerras
sanguinárias. Nem todo o mal em você poderá ser de imediato
transmudado em algo melhor, de modo que o excedente deverá ser
expelido, para não desorganizar sua vida mental, aturdindo-a,
enlouquecendo-o, tirando-lhe a alegria de viver, a disposição para
fazer, a criatividade e a paz. É dever seu descobrir um fio terra, um rito
a que se dedique, continuamente, ao menos uma vez na semana, para
eliminar os raios de sua loucura e de sua perversidade, de modo
consciente, construtivo, ético e controlado, ou eles o fulminarão,
enquanto você jazerá atormentado e dementado, sentindo-se vítima
de tudo e de todos, destruído pela própria estultícia, assassinado pelo
seu assassino interior.
Não por outra razão, a palavra diabollus, do latim, significa
separação, separação de aspectos do Si, que precisam ser
reintegrados ao conjunto da personalidade. Ou você disseca o mal que
existe em si, assimilando-lhe a energia implícita para usar para o bem,
ou o mal se apoderará de você. Não há alternativa: ou você reconhece
o mal em si, e, elaborando-o, reabsorve-lhe o conteúdo psíquico, ou
será fatalmente levado a praticar o mal, contra si e contra o seu
semelhante, principalmente contra quem mais ama, talvez quando
mais bem intencionado se sentir. É por isso que o maior pecado
humano, como reza a tradição cristã, é a soberba. Quanto menos uma
pessoa se supuser com o mal em si, mais o mal se alojará e crescerá
nela, já que, nos subterrâneos da mente, converte-se em terrível
dragão, cuspindo o fogo da infelicidade, contra tudo e todos, o que,
tecnicamente, em psicologia analítica, chama-se de sombra
psicológica, nesse caso agigantada.
Prezado(a) leitor(a), esse é assunto de gravíssima importância,

sábado, 20 de março de 2010

Pensamento


Reflexão Matinal - 5
Por excesso de escrúpulos, muita gente deixa de fazer o que
pode. Em troca de algumas convenções, de preservação de uma
imagem montada e de esquemas pré-construídos, muita gente
renuncia à própria originalidade, e aceita vidas de papel, com almas de
plástico, prontas para serem consumidas ou substituídas, como folhas
ao vento.
A criatividade não é prerrogativa de gênios: é atributo
indissociável à condição humana. Se hoje você não vive o que sente
ser, provoca-se a maior das desgraças para si: a morte da própria
alma, de sua vitalidade, de sua razão para viver.
Siga suas vozes interiores, naquilo que lhe sussurram sobre
felicidade, amor e ideal. Sem a conquista do universo interior, nunca
poderá haver qualquer conquista externa verdadeiramente satisfatória
e duradoura.
Temístocles.
(Recebido pelo médium Benjamin Teixeira, 26 de março de 2001).

sexta-feira, 19 de março de 2010

Deus com Você


DEUS E VOCÊ
Só Deus pode criar
Mas você pode valorizar o que Ele criou
Só Deus pode dar a fé
Mas você pode dar o seu testemunho
Só Deus pode dar o amor
Mas você pode ensinar a amar
Só Deus pode dar a alegria
Mas você pode sorrir a todos
Só Deus pode dar a força
Mas você pode apoiar a quem desanimou
Só Deus é a luz
Mas você pode fazê-la brilhar
aos olhos dos seus irmãos.
Só Deus é o caminho
Mas você pode indicá-lo aos outros
Só Deus é a vida
Mas você pode restituir aos outros o desejo de viver
Só Deus pode fazer milagres
Mas você pode ser aquele que trouxe
os cinco pães e os dois peixes
Só Deus pode fazer o que parece impossível...
Mas você pode fazer o possível
Só Deus se basta a si mesmo,
Mas ele preferiu contar com você...

"Sempre que possível, as nossas notícias devem ser mensageiras de paz e otimismo,
esperança e alegria."
Chico Xavier

quinta-feira, 18 de março de 2010

Poemas de Mario o Quintana de Quintanares

Um dos poemas mais lindos que eu conheço. Ninguém a não ser Mário Quintana, poderia descrever tão bem a bela capital gaúcha, suas ruas, seus encantos, seus mistérios. Com certeza é MAPA, uma das criações poéticas mais lindas e que nos toca nas fibras mais íntimas da alma. Do amor e reconhecimento que devemos ao solo amigo que nos acolheu, nesta existência. O colo de mãe, o berço a Terra querida a que tanto somos grato e que devemos sempre e sempre amar... ( Fávio)

BIOGRAFIA

Cidade natal: - Alegrete, RS.

Diziam os amigos mais íntimos, que Mario Quintana era o poeta das coisas simples e fazia pouco caso em relação à crítica. Conforme costumava comentar, sua poesia era feita simplesmente por sentir necessidade de escrever.

Em 1928 ingressou no jornal O Estado do Rio Grande. Após ter participado da Revolução de 1930, mudou-se para o Rio de Janeiro, retornando em 1936 para a Livraria do Globo, em Porto Alegre, onde trabalhou sob a direção de Erico Verissimo.

Dentre suas obras traduzidas, destacamos: Lin Yutang, Charles Morgan, Maupassant, Proust, Rosamond Lehman, Voltaire, Virginia Woolf, Papini, . Em sua poesia há um constante travo de pessimismo e muito de ternura por um mundo que, parece, lhe é adverso.

Suas Obras: A Rua dos Cataventos (1940), Canções (1945), Sapato Florido (1947), poemas em prosa; Espelho Mágico (1948), O Aprendiz de Feiticeiro (1950). Em 1962 reuniram-se suas obras em um único volume, sob o título Poesias. Outras obras: Pé de Pilão (1968), Apontamentos de História Sobrenatural (1976), Nova Antologia Poética (1982), Batalhão das Letras (1984

"Amar: Fechei os olhos para não te ver e a minha boca para não dizer... E dos meus olhos fechados desceram lágrimas que não enxuguei, e da minha boca fechada nasceram sussurros e palavras mudas que te dediquei....O amor é quando a gente mora um no outro." - MÁRIO QUINTANA

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"Olho em redor do bar em que escrevo estas linhas.
Aquele homem ali no balcão, caninha após caninha,
nem desconfia que se acha conosco desde o início
das eras. Pensa que está somente afogando problemas
dele, João Silva... Ele está é bebendo a milenar
inquietação do mundo!"

A RUA DOS CATAVENTOS

Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta!

Não sei que paisagista doidivanas
Mistura os tons... acerta... desacerta...
Sempre em busca de nova descoberta,
Vai colorindo as horas quotidianas...

Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem...

Vago, solúvel no ar, fico sonhando...

E me transmuto... iriso-me... estremeço...
Nos leves dedos que me vão pintando!

XII

Para Erico Verissimo

O dia abriu seu pára-sol bordado
De nuvens e de verde ramaria.
E estava até um fumo, que subia,
Mi-nu-ci-o-sa-men-te desenhado.

Depois surgiu, no céu azul arqueado,
A Lua - a Lua! - em pleno meio-dia.
Na rua, um menininho que seguia
Parou, ficou a olhá-la admirado...

Pus meus sapatos na janela alta,
Sobre o rebordo... Céu é que lhes falta
Pra suportarem a existência rude!

E eles sonham, imóveis, deslumbrados,
Que são dois velhos barcos, encalhados
Sobre a margem tranqüila de um açude...

Índice

BILHETE

Se tu me amas, ama-me baixinho
Não o grites de cima dos telhados
Deixa em paz os passarinhos
Deixa em paz a mim!
Se me queres,
enfim,
tem de ser bem devagarinho, Amada,
que a vida é breve, e o amor mais breve ainda...

Índice

CANÇÃO DE BARCO E DE OLVIDO

Para Augusto Meyer

Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares...

No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.

Índice

OBSESSÃO DO MAR OCEANO

Vou andando feliz pelas ruas sem nome...
Que vento bom sopra do Mar Oceano!
Meu amor eu nem sei como se chama,
Nem sei se é muito longe o Mar Oceano...
Mas há vasos cobertos de conchinhas
Sobre as mesas... e moças na janelas
Com brincos e pulseiras de coral...
Búzios calçando portas... caravelas
Sonhando imóveis sobre velhos pianos...
Nisto,
Na vitrina do bric o teu sorriso, Antínous,
E eu me lembrei do pobre imperador Adriano,
De su'alma perdida e vaga na neblina...
Mas como sopra o vento sobre o Mar Oceano!
Se eu morresse amanhã, só deixaria, só,
Uma caixa de música
Uma bússola
Um mapa figurado
Uns poemas cheios de beleza única
De estarem inconclusos...
Mas como sopra o vento nestas ruas de outono!
E eu nem sei, eu nem sei como te chamas...
Mas nos encontramos sobre o Mar Oceano,
Quando eu também já não tiver mais nome.

Índice

DA OBSERVAÇÃO

Não te irrites, por mais que te fizerem...
Estuda, a frio, o coração alheio.
Farás, assim, do mal que eles te querem,
Teu mais amável e sutil recreio...

Espelho Mágico

Índice

DOS MUNDOS

Deus criou este mundo. O homem, todavia,
Entrou a desconfiar, cogitabundo...
Decerto não gostou lá muito do que via...
E foi logo inventando o outro mundo.

Espelho Mágico

Índice

DAS UTOPIAS

Se as coisas são inatingíveis... ora!
Não é motivo para não querê-las...
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Espelho Mágico

Índice

DOS MILAGRES

O milagre não é dar vida ao corpo extinto,
Ou luz ao cego, ou eloqüência ao mudo...
Nem mudar água pura em vinho tinto...
Milagre é acreditarem nisso tudo!

Espelho Mágico

Índice

DO AMOROSO ESQUECIMENTO

Eu, agora - que desfecho!
Já nem penso mais em ti...
Mas será que nunca deixo
De lembrar que te esqueci?

Espelho Mágico

Índice

CANÇÃO DE OUTONO*

O outono toca realejo
No pátio da minha vida.
Velha canção, sempre a mesma,
Sob a vidraça descida...
Tristeza? Encanto? Desejo?
Como é possível sabê-lo?
Um gozo incerto e dorido
de carícia a contrapelo...
Partir, ó alma, que dizes?
Colhe as horas, em suma...
mas os caminhos do Outono
Vão dar em parte alguma!

Índice

DA DISCRIÇÃO

Não te abras com teu amigo
Que ele um outro amigo tem.
E o amigo do teu amigo
Possui amigos também...

Espelho Mágico

Índice

O AUTO-RETRATO

No retrato que me faço
- traço a traço -
às vezes me pinto nuvem,
às vezes me pinto árvore...

às vezes me pinto coisas
de que nem há mais lembrança...
ou coisas que não existem
mas que um dia existirão...

e, desta lida, em que busco
- pouco a pouco -
minha eterna semelhança,

no final, que restará?
Um desenho de criança...
Corrigido por um louco!

Apontamentos de História Sobrenatural

Índice

O MAPA

Olho o mapa da cidade
Como quem examinasse
A anatomia de um corpo...

(É nem que fosse o meu corpo!)

Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...

Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...)

Quando eu for, um dia desses,
Poeira ou folha levada
No vento da madrugada,
Serei um pouco do nada
Invisível, delicioso

Que faz com que o teu ar
Pareça mais um olhar,
Suave mistério amoroso,
Cidade de meu andar
(Deste já tão longo andar!)

E talvez de meu repouso...

Poema de Mario Quintana


ANÇÃO DE BARCO E DE OLVIDO

Para Augusto Meyer

Não quero a negra desnuda.
Não quero o baú do morto.
Eu quero o mapa das nuvens
E um barco bem vagaroso.

Ai esquinas esquecidas...
Ai lampiões de fins de linha...
Quem me abana das antigas
Janelas de guilhotina?

Que eu vou passando e passando,
Como em busca de outros ares...
Sempre de barco passando,
Cantando os meus quintanares...

No mesmo instante olvidando
Tudo o de que te lembrares.

quarta-feira, 17 de março de 2010

poesias


1906
Nasce MARIO DE MIRANDA QUINTANA, quarto filho do farmacêutico Celso de Oliveira Quintana e de dona Virgínia Palma de Miranda.

(...) Mario aboliu o nome do meio. Algo deve ficar escondido mesmo. Nasceu em uma noite gélida em Alegrete, fronteira do Estado, em 30 de julho de 1906. A cidade estava a um grau negativo. Parecia abrigar um congresso anual de ventos. O parto fora prematuro, de sete meses. "Quintana brincava que não estava pronto", lembra a sobrinha-neta e herdeira Elena Quintana, 50 anos, diretora de teatro, que o acompanhou de 1979 a 1994.

A fragilidade do nascimento resultou infância adentro no apelido de "menino azul", devido à pele fina e branca, e às veias azuis e saltitantes. Virou o protegido entre os três irmãos - Celso, Marieta e Miltom - e dos pais Celso e Virgínia. (...)

(Fabrício Carpinejar - Revista Entrelivros, edição nº12, abril/2006).

1913
Com 7 anos, auxiliado pelos pais, aprende a ler tendo como cartilha o jornal Correio do Povo. De seus pais recebeu, também, noções de francês.

Reflexão


Reflexão Matinal - 4
Pegue carona no destino, rumo à felicidade. Aquilo que parece
desesperador é, na verdade, grande oportunidade de serviço. Faça
faxina interior, despojando-se de carga inútil, e deixe de aguardar
grandes coisas em sua vida. Se souber simplificar, será mais feliz. Se
souber esquecer, ficará mais em paz. Se aprender a crescer sempre,
garantirá, para si, progresso, prosperidade e, principalmente,
segurança. Não há muito mais a dizer. Só a viver. Não há muito mais a
traçar, só a começar. Esqueça as aventuras e fracassos de ontem, e,
definitivamente, faça de hoje um começo verdadeiro... de uma nova
era em sua vida!
Temístocles.
(Recebido pelo médium Benjamin Teixeira, 24 de março de 2001).

segunda-feira, 15 de março de 2010

Mario Quintana -poesia

AUTO-RETRATO: Eu sou Mario Quintana.

Carlos André Moreira
Jornal Zero Hora, Porto Alegre/RS - Caderno Donna, em 30-07-2006.

Exatamente há cem anos, nascia em Alegrete o poeta Mario de Miranda Quintana, cujo centenário motivou este ano exposições, peças, especiais de TV e, claro, a reedição integral de sua obra – da qual foram retirados os trechos de poemas e crônicas que formam a entrevista imaginária abaixo.

Qual a sua lembrança de infância mais remota?
Fui um menino por trás de uma vidraça – um menino de aquário. Via o mundo passar, como numa tela cinematográfica, mas que repetia sempre as mesmas cenas, as mesmas personagens.

Onde você passou as suas férias inesquecíveis?
O que estraga as viagens, agora, é o seu rápido destino: de repente já estás em Pequim... Benditos, mil vezes benditos aqueles carrosséis que ensinaram aos meninos de meu tempo a pura alegria de viajar!

Qual a sua idéia de um domingo perfeito?
No céu é sempre domingo. E a gente não tem outra coisa a fazer senão ouvir os chatos.

O que você faz para espantar a tristeza?
O único problema da solidão consiste em como conservá-la.

Que som acalma você?
Quando os sapatos ringem...

Qual a palavra mais bonita da língua portuguesa?
Clair de lune, chiaro de luna, claro de luna... jamais os franceses, os italianos e os espanhóis saberão mesmo o que seja o luar, que nós bebemos de um trago numa palavra só.

Que livro você mais cita?
Livro bom é aquele de que às vezes interrompemos a leitura pra seguir – até onde? – uma entrelinha... Leitura interrompida? Não. Esta é a verdadeira leitura continuada.

Que filme você sempre quer rever?
...devia ser proibido fazer desenhos animados depois de Walt Dysney.

Um gosto inusitado.
O que eu mais adoro, depois da precisão, são os expletivos.

Um hábito de que você não abre mão.
Alarmar senhoras gordas é um dos maiores encantos desta e da outra vida.

Um hábito de que você quer se livrar.
O que eles chamam de nossos defeitos é o que temos de diferente deles. Cultivemo-los, pois, com o maior dos carinhos – esses nossos benditos defeitos.

Um elogio inesquecível.
Poeta de amplo espectro, como se diz nas bulas farmacêuticas. Assim se expressou um dia a respeito deste escriba o seu cúmplice em poesia e colendo crítico Guilhermino César. O que bastou para que alguém me interpelasse: “Como é? Ele está te chamando de fantasma?”

Em que situação você perde a elegância?
O mais irritante de nos transformarem um dia em estátua é que a gente não pode coçar-se.

Em que outra profissão consegue se imaginar?
...eu queria ser um pajem medieval... Mas isso não é nada. Pois hoje eu queria ser uma coisa mais louca: eu queria ser eu mesmo!

Eu sou...
Eu não sou eu, sou o momento: passo.

Poesias de Mário Quintana


Quintana por ele mesmo...



"Nasci em Alegrete, em 30 de julho de 1906. Creio que foi a principal coisa que me aconteceu. E agora pedem-me que fale sobre mim mesmo. Bem! Eu sempre achei que toda confissão não transfigurada pela arte é indecente. Minha vida está nos meus poemas, meus poemas são eu mesmo, nunca escrevi uma vírgula que não fosse uma confissão. Ah! mas o que querem são detalhes, cruezas, fofocas... Aí vai! Estou com 78 anos, mas sem idade. Idades só há duas: ou se está vivo ou morto. Neste último caso é idade demais, pois foi-nos prometida a Eternidade.

Nasci no rigor do inverno, temperatura: 1 grau; e ainda por cima prematuramente, o que me deixava meio complexado, pois achava que não estava pronto. Até que um dia descobri que alguém tão completo como Winston Churchill nascera prematuro - o mesmo tendo acontecido a sir Isaac Newton! Excusez du peu...

Prefiro citar a opinião dos outros sobre mim. Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que acho que nunca escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, introspectivo. Não sei porque sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?

Exatamente por execrar a chatice, a longuidão, é que eu adoro a síntese. Outro elemento da poesia é a busca da forma (não da fôrma), a dosagem das palavras. Talvez concorra para esse meu cuidado o fato de ter sido prático de farmácia durante cinco anos. Note-se que é o mesmo caso de Carlos Drummond de Andrade, de Alberto de Oliveira, de Érico Veríssimo - que bem sabem (ou souberam) o que é a luta amorosa com as palavras".


Texto escrito pelo poeta para a revista Isto É, de 14-11-1984.
Fonte: http://www.estado.rs.gov.br/marioquintana

Poesias de Mario Quintana

O poeta MARIO QUINTANA nasceu em Alegrete/RS em 30-07-1906 e faleceu em Porto Alegre/RS, onde residia, em 05-05-1994.



"Esta vida é uma estranha hospedaria,
De onde se parte quase sempre às tontas,
Pois nunca as nossas malas estão prontas,
E a nossa conta nunca está em dia."



(M. Quintana)

quinta-feira, 4 de março de 2010

Cólera




Não resolve. Agrava
Não resgata. Complica
Não ilumina. Escurece
Não reúne.Separa
Não ajuda. Prejudica
Não equilibra.Desajusta
Não reconforta.Envenena
Não abençoa.Maldiz
Não edifica.Destrói

Evite a cólera como quem foge ao contato destruidor de alta tensão. (andré Luiz, psic. de Fco. C. Xavier)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Espiritismo - Crença Geral



I Espiritismo certamente se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos...Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus verdadeiros interesses. ( Allan Kardec Livro dos Espíritos - Q. 798/799)