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sexta-feira, 27 de dezembro de 2013



Chico Xavier e 2019

REVELAÇÕES DOBRE O DESTINO DA TERRA

Folha Espírita publica revelações de Chico Xavier sobre o destino da Terra.
Em razão da gravidade do assunto, trazemos aos leitores da Folha Espírita a revelação feita pelo
mais importante médium da história humana, Francisco Cândido Xavier, a Geraldo Lemos Neto,
fundador da Casa de Chico Xavier, de Pedro Leopoldo (MG), e da Vinha de Luz Editora, de Belo
Horizonte (MG), em 1986, sobre o futuro que está reservado ao planeta Terra e a todos os seus
habitantes nos próximos anos.
"Há muito tempo carrego este fardo comigo e sempre me preocupei no sentido de que Chico
Xavier não me falaria tudo o que relato nesta edição da Folha Espírita à toa, senão com uma
finalidade específica. Na ocasião da conversa que descrevo nas páginas seguintes, senti que
minha mente estava recebendo um tratamento mnemônico diferente para que não viesse a
esquecer aquelas palavras proféticas, e que, em momento oportuno do futuro, eu seria chamado
a testemunhá-las.
Assim, tive a felicidade de conviver na intimidade com Chico Xavier, dialogando com ele vezes
sem conta, madrugada a dentro, sobre variados assuntos de nossos interesses comuns,
notadamente sobre esclarecimentos palpitantes acerca da Doutrina dos Espíritos e do Evangelho
de Jesus", recorda.
"Lembro-me, como hoje, a expressão surpresa do Chico me respondendo:
'Ora, Geraldinho, você está querendo privilégios para a Pátria do Evangelho, quando o fundador do
Evangelho, que é Nosso Senhor Jesus Cristo, viveu na pobreza, cercado de doentes e
necessitados de toda ordem, experimentou toda a sorte de vicissitudes e perseguições para ser
supliciado quase abandonado pelos seus amigos mais próximos e morrer crucificado entre dois
ladrões?
Não nos esqueçamos de que o fundador do Evangelho atravessou toda sorte de provações,
padeceu o martírio da cruz, mas depois ele largou a cruz e ressuscitou para a Vida Imortal! Isso
deve servir de roteiro para a Pátria do Evangelho. Um dia haveremos de ressuscitar das cinzas de
nosso próprio sacrifício para demonstrar ao mundo inteiro a imortalidade gloriosa!', esclareceu".
Geraldo Lemos Neto - Na sequência da nossa conversa, perguntei ao Chico o que ele queria
exatam ente dizer a respeito do sacrifício do Brasil. Estaria ele a prever o futuro de nossa nação e
do mundo? Chico pensou um pouco, como se estivesse vislumbrando cenas distantes e, depois de
algum tempo, retornou para dizer-nos:
"Você se lembra, Geraldinho, do livro de Emmanuel A Caminho da Luz?Nas páginas finais da
narrativa de nosso benfeitor, no capítulo XXIV, cujo título é O Espiritismo e as Grandes
Transições?
Nele, Emmanuel afirmara que os espíritos abnegados e esclarecidos falavam de uma nova reunião
da comunidade das potências angélicas do Sistema Solar, da qual é Jesus um dos membros27/12/13 Chico Xavier e 2019 - Revelações Sobre o Destino da Terra
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divinos, e que a sociedade celeste se reuniria pela terceira vez na atmosfera terrestre, desde que
o Cristo recebeu a sagrada missão de redimir a nossa humanidade, para, enfim, decidir
novamente sobre os destinos do nosso mundo.
"Pois então, Emmanuel escreveu isso nos idos de 1938 e estou informado que essa reunião de
fato já ocorreu. Ela se deu quando o homem finalmente ingressou na comunidade planetária,
deixando o solo do mundo terrestre para pisar pela primeira vez o solo lunar.
O homem, por seu próprio esforço, conquistou o direito e a possibilidade de viajar até a Lua, fato
que se materializou em 20 de julho de 1969.Naquela ocasião, o Governador Espiritual da Terra,
que é Nosso Senhor Jesus Cristo, ouvindo o apelo de outros seres angelicais de nosso Sistema
Solar, convocara uma reunião destinada a deliberar sobre o futuro de nosso planeta.
O que posso lhe dizer, Geraldinho, é que depois de muitos diálogos e debates entre eles foram
dadas diversas sugestões e, ao final do celeste conclave, a bondade de Jesus decidiu conceder
uma última chance à comunidade terráquea, uma última moratória para a atual civilização no
planeta Terra. Todas as injunções cármicas previstas para acontecerem ao final do século XX
foram então suspensas, pela Misericórdia dos Céus, para que o nosso mundo tivesse uma última
chance de progresso moral.
"O curioso é que nós vamos reconhecer nos Evangelhos e no Apocalipse exatamente este período
atual, em que estamos vivendo, como a undécima hora ou a hora derradeira, ou mesmo a
chamada última hora".
Perguntei-lhe sobre qual fora então as deliberações de Jesus, e ele me respondeu:
"Nosso Senhor deliberou conceder uma moratória de 50 anos à sociedade terrena, a iniciar-se em
20 de julho de 1969, e, portanto, a findar-se em julho de 2019. Ordenou Jesus, então, que seus
emissários celestes se empenhassem mais diretamente na manutenção da paz entre os povos e
as nações terrestres, com a finalidade de colaborar para que nós ingressássemos mais
rapidamente na comunidade planetária do Sistema Solar, como um mundo mais regenerado, ao
final desse período.
Algumas potências angélicas de outros orbes de nosso Sistema Solar recearam a dilação do prazo
extra, e foi então que Jesus, em sua sabedoria, resolveu estabelecer uma condição para os
homens e as nações da vanguarda terrestre.27/12/13 Chico Xavier e 2019 - Revelações Sobre o Destino da Terra
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Segundo a imposição do Cristo,as nações mais desenvolvidas e responsáveis da Terra deveriam
aprender a se suportarem umas às outras, respeitando as diferenças entre si, abstendo-se de se
lançarem a uma guerra de extermínio nuclear. A face da Terra deveria evitar a todo custo a
chamada III Guerra Mundial.
Segundo a deliberação do Cristo, se e somente se as nações terrenas, durante este período de 50
anos, aprendessem a arte do bom convívio e da fraternidade, evitando urna guerra de destruição
nuclear, o mundo terrestre estaria enfim admitido na comunidade planetária do Sistema Solar
corno um mundo em regeneração. Nenhum de nós pode prever, Geraldinho, os avanços que se
darão a partir dessa data de julho de 2019, se apenas soubermos defender a paz entre nossas
nações mais desenvolvidas e cultas!"
"Nós alcançaremos a solução para todos os problemas de ordem social, como a solução para a
pobreza e a fome que estarão extintas;
Teremos a descoberta da cura de todas as doenças do corpo físico pela manipulação genética nos
avanços da Medicina;
O homem terrestre terá amplo e total acesso à informação e à cultura, que se fará mais
generalizada;
Também os nossos irmãos de outros planetas mais evoluídos terão a permissão expressa de
Jesus para se nos apresentarem abertamente, colaborando conosco e oferecendo-nos tecnologias
novas, até então inimagináveis ao nosso atual estágio de desenvolvimento científico;
Haveremos de fabricar aparelhos que nos facilitarão o contato com as esferas desencarnadas,
possibilitando a nossa saudosa conversa com os entes queridos que já partiram para o além-
túmulo;
Enfim estaríamos diante de um mundo novo, uma nova Terra,uma gloriosa fase de
espiritualização e beleza para os destinos de nosso planeta."
"Caso a humanidade encarnada decida seguir o infeliz caminho da III Guerra mundial, uma guerra
nuclear de consequências imprevisíveis e desastrosas, aí então a própria mãe Terra, sob os
auspícios da Vida Maior, reagirá com violência imprevista pelos nossos homens de ciência.
O homem começaria a III Guerra, mas quem iria terminá-la seriam as forças telúricas da
natureza, da própria Terra cansada dos desmandos humanos, e seríamos defrontados então com
terremotos gigantescos;
Maremotos e ondas (tsunamis) consequentes;
Veríamos a explosão de vulcões há muito extintos;
Enfrentaríamos degelos arrasadores que avassalariam os povos do globo com trágicos resultados
para as zonas costeiras, devido à elevação dos mares;27/12/13 Chico Xavier e 2019 - Revelações Sobre o Destino da Terra
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E, neste caso, as cinzas vulcânicas associadas às irradiações nucleares nefastas acabariam por
tomar totalmente inabitável todo o Hemisfério Norte de nosso globo terrestre".
"Em todas as duas situações, o Brasil cumprirá o seu papel no grande processo de
espiritualização planetária. Na melhor das hipóteses, nossa nação crescerá em importância socio-
cultural, política e econômica perante a comunidade das nações.
Não só seremos o celeiro alimentício e de matérias-primas para o mundo, como também a grande
fonte energética com o descobrimento de enormes reservas petrolíferas que farão da Petrobrás
uma das maiores empresas do mundo".
"O Brasil crescerá a passos largos e ocupará importante papel no cenário global, isso terá como
consequência a elevação da cultura brasileira ao cenário internacional e, a reboque, os livros do
Espiritismo Cristão, que aqui tiveram solo fértil no seu desenvolvimento, atingirão o interesse das
outras nações também.
Agora,caso ocorra a pior hipótese, com o Hemisfério Norte do planeta tornando-se inabitável,
grandes fluxos migratórios se formariam então para o Hemisfério Sul, onde se situa o Brasil, que
então seria chamado mais diretamente a desempenhar o seu papel de Pátria do Evangelho,
exemplificando o amor e a renúncia, o perdão e a compreensão espiritual perante os povos
migrantes.
"A Nova Era da Terra, neste caso, demoraria mais tempo para chegar com todo seu esplendor de
conquistas científicas e morais, porque seria necessário mais um longo período de reconstrução
de nossas nações e sociedades, forçadas a se reorganizarem em seus fundamentos mais
básicos".
"Nosso Brasil como o conhecemos hoje será então desfigurado e dividido em quatro nações
distintas.
Somente uma quarta parte de nosso território permanecerá conosco e
aos brasileiros restarão apenas os Estados do Sudeste somados a Goiás
e ao Distrito Federal.
Os norte-americanos, canadenses e mexicanos ocuparão os Estados da Região Norte do País, em
sintonia com a Colômbia e a Venezuela.
Os europeus virão ocupar os Estados da Região Sul do Brasil unindo-os ao Uruguai, à Argentina e
ao Chile.
Os asiáticos, notadamente chineses, japoneses e coreanos, virão ocupar o nosso Centro-Oeste,
em conexão com o Paraguai, a Bolívia e o Peru.
E, por fim, os Estados do Nordeste brasileiro serão ocupados pelos russos e povos eslavos.
Nós não podemos nos esquecer de que todo esse intrincado processo tem a sua ascendência
espiritual e somos forçados a reconhecer que temos muito que aprender com os povos invasores.
O Brasil não terá privilégios e sofrerá também os efeitos de terremotos

Acontece que, de acordo com o médium, o impacto por aqui será bem menor se comparado com
o que sobrevirá no Hemisfério Norte do planeta.
Não estamos entregues à fatalidade nem predeterminados ao sofrimento. Estamos diante de uma
encruzilhada do destino coletivo que nos une à nossa casa planetária, aqui na Terra.
Temos diante de nós dois caminhos a seguir.
O caminho do amor e da sabedoria nos levará a mais rápida ascensão espiritual coletiva.
O caminho do ódio e da ignorância acarretar-nos-á mais amplo dispêndio de séculos na
reconstrução material e espiritual de nossas coletividades.
Tudo virá de acordo com nossas escolhas de agora, individuais e coletivas. Oremos muito para
que os Benfeitores da Vida Maior continuem a nos ajudar e incentivar a seguir pelo Caminho da
Verdade e da Vida.
O próprio espírito Emmanuel, através de Chico Xavier, respondendo a uma entrevista já publicada
em livro nos diz que as profecias são reveladas aos homens para não serem cumpridas.
São na realidade um grande aviso espiritual para que nos melhoremos e afastemos de nós a
hipótese do pior caminho.
http://kardeconline.ning.com/profiles/blog/show?
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Solange Christtine Ventura
http://www.curaeascensao.com.br

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013









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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

por Alexandre Cardia Machado

Conhecido como o fundador da Metapsíquica, Charles Richet (1850-1935) desempenhou um papel fundamental no processo de desvendar o desconhecido mundo dos fenômenos anímicos. Em 1905, então presidente da Sociedade de Investigações Psíquicas - Londres, propôs o nome de Metapsíquica a este conjunto de conhecimentos.
A Obra
Sua obra mais famosa, Tratado de Metapsíquica, é um verdadeiro arcabouço de fatos e descrições pormenorizadas de experiências psíquicas, descrições
históricas e classificatórias que muito colaboraram para o seu desenvolvimento. A sua maior contribuição, sem sombra de dúvida, foi o estudo do ectoplasma, substância responsável pela viabilidade dos fenômenos ditos objetivos.
Foi ele quem, pela primeira vez, denominou a substância que emanava dos médiuns de efeitos físicos de ectoplasma, naquele momento referindo-se aos fluidos que emanavam de Eusápia Paladino (uma das maiores médiuns da história do Espiritismo): “são as formações difusas que eu chamo de ectoplasmas; porque elas parecem sair do próprio corpo de Eusápia”.
Numa experiência transcorrida com a médium Marthe Béraud, Charles Richet e Gabriel Delanne fizeram com que a “materialização” soprasse o ar de seus pulmões através de uma solução aquosa de barita, usando um pequeno tubo. O resultado foi o turvamento do líquido, revelando a presença do gás carbônico, fenômeno peculiar dos organismos vivos normais.
A Metapsíquica de Richet era composta pela composição dos seguintes fenômenos: a Criptestesia, a telecinesia e a ectoplasmia. Para ele, a Metapsíquica estava na flor d’água de uma nova psicologia. No seu Tratado, Richet classificou a história da fenomenologia metapsíquica em quatro períodos:
1°) Período Mítico, que vai das origens históricas até Mesmer, (1776);2°) Período Magnético, que vai de Mesmer às irmãs Fox, ( 1847);3°) Período Espirítico, que vai das irmãs Fox, passando por Allan Kardec, a William Crookes (1872);4°) Período Científico, que vai de Crookes até agora.
Charles Richet classificou os fenômenos metapsíquicos em dois grupos gerais: Fenômenos Subjetivos, que ocorrem exclusivamente na área psíquica, sem nenhuma ação dinâmica sobre os objetos materiais (anos antes, a estes fenômenos Allan Kardec denominou Inteligentes). E Fenômenos Objetivos, cuja manifestação envolve ação física sobre os objetos materiais (na linguagem espírita, Fenômenos Físicos).
Esta classificação é utilizada até os dias de hoje.
Richet e o Espiritismo
Charles Richet nunca se declarou espírita, mas sim, um estudioso dos fenômenos metapsíquicos. Não podemos, portanto, classificar Charles Richet como um continuador da obra de Allan Kardec, já que na verdade Richet reserva um espaço de duas páginas em um Tratado de mais 700 àquele que poderia ter sido um de seus mestres.
Desvendou um caminho distinto, sem evidentemente desconhecê-lo tanto, e que o classifica na categoria de iniciador romântico da Metapsíquica, reconhecendo em Kardec, a quem se refere como Dr. H. Rivail, algum apreço pela investigação científica, mas que, no entanto, se levou demais a acreditar que as comunicações dos Espíritos através dos médiuns eram destituídas de erros, desde que as mesmas emanassem de bons Espíritos.
Esta crítica, a nosso ver, não é muito justa porém se assemelha à feita por Arthur Conan Doyle em seu A História do Espiritualismo, fazendo-nos, pelo menos, pensar que conhecemos hoje bem melhor a obra de Kardec do que os quase contemporâneos vizinhos e conterrâneos.
Foi companheiro de jornada de homens do vulto de um Gustavo Geley, Gabriel Delanne e Ernesto Bozzano. Este último seu grande amigo e com quem duelaria no campo da ciência. Bozzano no seu livro “Metapsíquica Humana”, dedica no último capítulo, denominado: Respostas a algumas objeções de ordem geral; algumas palavras diretamente contrárias às posições de Charles Richet, são elas: “..não devo ocultar que entre os que assim pensam está o Prof. Charles Richet, a quem sinceramente venero e admiro. No Journal of the American for S.P.R. de setembro de 1923, pag 400, a respeito ele escreve:Sou de opinião que, se a Metapsíquica não tem progredido mais, se deve isto a um defeito de método; quiseram dela fazer uma religião cheia de ardor, em vez de uma ciência serena e modesta.... Penso ser de não pequena utilidade destruir essa deplorável prevenção, filha de uma observação estranhavelmente parcial e superficial do movimento espírita encarado em seu conjunto. Se é verdade que o Espiritismo seja tomado num sentido religioso por uma multidão, aliás muito respeitável, de almas simples, não quer dizer isso que ele seja religioso, mas tão somente que as conclusões rigorosamente experimentais e, portanto, científicas, a que conduzem as investigações medianímicas, tem a virtude de reconfortar grande número de almas atormentadas pela dúvida... “( Ernesto Bozzano, Metapsíquica Humana) e se refere a tantos sábios, homens de ciência que se dedicaram a estudar os fenômenos inicialmente de forma materialista, convertendo-se ao Espiritismo pela conclusão a que chegaram através da pesquisa.
Na introdução do seu Tratado de Metapsíquica Richet, em sua segunda edição, chega mesmo a citar os espíritas que já naquela época pouca importância deram a esta obra uma vez que acreditavam que tudo o que importava já havia sido escrito. Richet escreveu - se os espíritas fossem justos, reconheceriam que a minha tentativa de fazer entrar na ordem dos fatos científicos todos os fenômenos que constituem a base de sua fé, mereceria eu verdadeiramente alguma indulgência.
Vê-se que na época o movimento espírita francês já estava totalmente dominado pelos ritos, afastando-se dos ensinamentos de Allan Kardec, salvava-se neste tempo Gabriel Delanne, que muito doente insistia com a sua Sociedade Francesa de Estudos de Fenômenos Psíquicos e na revista Le Spiritisme. A rigidez de Richet, com relação à metodologia científica se explica pelo trabalho profissional do mesmo que, como cientista, veio a ser merecedor de um Prêmio Nobel.
A Visão do Futuro
Allan Kardec, em A Gênese escreve: Caminhando de par com o progresso, o Espiritismo jamais será ultrapassado, porque, se novas descobertas lhe demonstrassem estar em erro acerca de um ponto qualquer, ele se modificaria nesse ponto. Se uma verdade nova se revelar, ele a aceitará. Com estas palavras Kardec colocava todo o seu gênio que infelizmente só foi seguido por alguns como Camille Flammarion, Léon Denis, Delanne dentre outros
Desta mesma forma, Richet declara que o primeiro Tratado de Metapsíquica irá ter a sina comum. Ele irá logo ficar para trás e cair em desuso, porque os progressos desta nova ciência serão rápidos.
Assim como Kardec, os metapsiquistas também acreditavam num rápido progresso das ciências psíquicas, elas de fato tiveram algum alento com o advento da Parapsicologia de Rhine.
No começo da década passada, muitos de nós, estudiosos, guardávamos muita esperança de que na União Soviética existissem centros de pesquisa, a cortina de ferro caiu e o que havia em termos de psicobiofísica?
A verdade é que pesquisadores do quilate dos grandes metapsiquistas, incluindo no grupo os espiritualistas ingleses, já não aparecem com tanta freqüência.Transferimos nossas expectativas para o século que se avizinha, este sim poderá trazer ao público em geral aquilo que Kardec, Richet e tantos outros se empenharam tanto em estudar, classificar e ensinar, mas que não atingiram a universalidade do conhecimento.


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

quinta-feira, 28 de novembro de 2013



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LIVRO DOS ESPÍRITOS EM ESPANHOL

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segunda-feira, 18 de novembro de 2013



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domingo, 17 de novembro de 2013


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sábado, 16 de novembro de 2013

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

M E N S A G E M


Vigilância no trabalho


Amigos, louvado seja Deus!
O tempo urge, de fato, convocando as almas de boa vontade ao trabalho libertador. É a grande ensancha que Deus oferta aos filhos Seus, que se encontram realizando esforços de evolução na Terra.
Fomos obsequiados com as bênçãos do Criador para que, mesmo sob o azorrague de intensas pelejas, realizássemos o próprio progresso, deixando ao pretérito as experiências em que desconsiderávamos a nossa condição de seres imortais, fazendo uso indevido das oportunidades da reencarnação.
O trabalho dos Emissários de Jesus, o Nazareno, junto aos seareiros do bem, vem sendo, curiosamente, o de envolvê-los em fluidos salutares específicos, o de protegê-los com recursos apropriados, impedindo que sejam desnorteados ou tragados por influências nefastas do campo espiritual sombrio, que se valem dos cochilos morais dos lidadores, embora a sua atuação nas atividades do Movimento Espírita.
A razão de enfocarmos essa temática, no momento, deve-se ao fato de que muitos confrades respeitáveis, que vêm operando um considerável labor positivo no âmbito da mensagem luminosa do Espiritismo, não têm mantido o esperado cuidado relativamente às suas vidas pessoais, particulares, muitas vezes por entender que se possa ser espírita por turnos... Num turno, faz-se tudo o que a Doutrina Espírita propõe, conquistando a consideração e os encômios dos irmãos de crença, enquanto noutro, libera-se o homem velho para que se possa experimentar todos os sabores do mundo passageiro, mesmo que amargos, seja na esfera dos negócios, da vida com a família ou do relacionamento com os confrades, desatendendo aos preceitos da honorabilidade, da fidelidade e da fraternidade, como se fosse perfeitamente normal essa dualidade moral. É do Apóstolo Paulo a orientação: Vede prudentemente como andais...1
Na órbita das realizações espíritas, torna-se um dever de cada um de nós guardar a devida vigilância em torno dos próprios passos, garantindo que cremos, que assumimos exatamente aquilo que estamos transmitindo a outras inteligências, guardando, assim coerência entre o nosso discurso e o curso da nossa vida.
Dispostos, então, a envolver-nos com o vero espírito do Espiritismo, que não nos cobra perfeição, mas que nos pede fidelidade, tratemos de não desmentir com os feitos o que apregoamos com nossas palavras escritas ou faladas.
Conscientes quanto à honra de viver tão eloquente contexto espiritista, nesses tempos complicados do mundo contemporâneo, unamo-nos, fraternalmente, e confraternizemos em torno desse Ideal, sem perdermos a ocasião de exercitar, ainda que pouco a pouco, a fidelidade proposta por Jesus aos Seus seguidores de todos os tempos.
É com augúrios de muito progresso e paz, que abraço os irmãos, na condição de pequeno servidor,
Joaquim Olympio de Paiva.
Psicografia de Raul Teixeira, durante a reunião do Conselho
Federativo Nacional,em 11 de novembro de 2005, em Brasília, DF
Em 18.9.2013.
1.Efésios, 5:15.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

sábado, 28 de setembro de 2013

Musica favorita de Chico Xavier

Boneca e Chico Xavier

terça-feira, 27 de agosto de 2013

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

domingo, 7 de julho de 2013

a

sexta-feira, 28 de junho de 2013









Arthur Conan Doyle


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arthur Conan Doyle

Conan Doyle
Nome completo Arthur Ignatius Conan Doyle
Nascimento 22 de maio de 1859
Edimburgo, Escócia, Reino Unido
Morte 7 de julho de 1930 (71 anos)
Crowborough
Nacionalidade Escocesa
Cidadania Britânica
Ocupação Escritor, poeta, médico
Influências
Influências[Expandir]
Influenciados
Influenciados[Expandir]
Principais trabalhos Sherlock Holmes, O Mundo Perdido
Gênero literário suspense, FC, não-ficção.
Título Cavaleiro (Sir) , recebido em 1902
Assinatura
Sir Arthur Ignatius Conan Doyle DL (Edimburgo, 22 de maio de 1859 — Crowborough, 7 de julho de 19301 ) foi um escritor e médico britânico, nascido na Escócia, mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes2 , consideradas uma grande inovação no campo da literatura criminal. Foi um escritor prolífico cujos trabalhos incluem histórias de ficção científica, novelas históricas, peças e romances, poesias e obras de não-ficção.
Arthur Conan Doyle viveu e escreveu parte de suas obras em Southsea, um bairro elegante de Portsmouth.
Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Primeiros anos
1.2 Emprego e as origens de Sherlock Holmes
1.3 Casamento e família
1.4 Morte de Sherlock Holmes
1.5 Envolvimento em campanhas políticas
1.6 Envolvimento com o Espiritismo
2 Morte
3 A Grande Guerra Boer
4 Principais obras
5 Ver também
6 Notas de rodapé
7 Referências
8 Ligações externas
Vida[editar]

Primeiros anos[editar]
Filho de um inglês de ascendência irlandesa - Charles Altamont Doyle - e de uma mãe irlandesa - com nome de solteira Mary Foley - que se casaram em 1855.3 Família rigorosamente católica, herdando da mãe o caráter cavalheiresco, tendo sido ela quem lhe ministrou as primeiras letras.4
Embora ele seja hoje conhecido como "Conan Doyle", a origem de seu sobrenome composto (se é que ele queria que esse nome fosse assim entendido) é incerta. O seu registro de batismo na Catedral de Santa Maria em Edimburgo afirma que "Arthur Ignatius Conan" é seu nome cristão, e apenas "Doyle" é seu sobrenome. O batismo também intitula Michael Conan como seu padrinho.5
Conan Doyle foi enviado para o curso preparatório num colégio jesuíta da vila de Hodder Place, Stonyhurst (em Lancashire) quando tinha nove anos. Matriculou-se em seguida no Colégio Stonyhurst mas, em 1875, quando concluiu o colegial, rejeitava o cristianismo e se tornou agnóstico; esse questionamento surgiu de sua admiração pelo escritor Thomas Babington Macauley, que se dizia agnóstico e, após ouvir uma preleção onde um padre afirmara que os não-católicos iriam para o inferno, seus questionamentos fizeram-se mais agudos. Mais tarde outro agnóstico viria a influenciá-lo - Dr. Bryan Charles Waller. Literariamente, foi fortemente marcado por Walter Scott e Edgar Allan Poe, além de Macauley.4
Entre 1876 e 1881, ele estudou medicina na Universidade de Edimburgo, passando também um tempo na cidade de Aston (hoje um distrito de Birmingham) e em Sheffield.6 Em 1878, por exemplo, trabalhou por três semanas, em troca de casa e comida, como médico aprendiz nos subúrbios de Sheffield, de cuja experiência relatou em carta: "Esta gente de Sheffield preferiria ser envenenada por um homem com barba do que ser salva por um homem imberbe".4
Enquanto estudava, começou a escrever pequenas histórias; sua primeira obra foi publicada antes de completar os 20 anos, aparecendo no Chambers’s Edinburgh Journal.7 Ainda estudante teve sua primeira experiência naval, como médico numa baleeira, onde ficou sete meses no Oceano Ártico.4
Após a sua formação na universidade, em 1881, serviu como médico de bordo no navio "Mayumba" em viagem à costa Oeste da África mas em outubro daquele ano a embarcação passou por sérias dificuldades no mar e, quando retornou a Liverpool no ano seguinte, Doyle escreve a sua mãe - que o incentivara nesta aventura - dizendo que não mais embarcaria pois "o que ganho é menos do que poderia ganhar com a minha pena ao mesmo tempo, e o clima é atroz."4
Completou seu doutorado versando sobre tabes dorsalis em 1885.8
Emprego e as origens de Sherlock Holmes[editar]


Sherlock Holmes (à direita) e Dr. Watson, por Sidney Paget.
Em 1882, ele se juntou ao seu antigo colega de classe George Budd para formar uma parceria em uma prática médica em Plymouth, mas a relação entre eles provou ser difícil, e, logo, Conan Doyle passou a fazer suas práticas médicas independentemente. Chegando a Portsmouth em junho daquele ano com menos de £10, ele começou a atender na 1 Bush Villas em Elm Grove, Southsea. Os negócios não tiveram muito sucesso; enquanto aguardava por pacientes, ele voltou a escrever suas histórias. A sua primeira obra notável foi Um Estudo em Vermelho, publicada no Beeton’s Christmas Annual de 1887, e que foi a primeira vez em que Sherlock Holmes apareceu. Holmes era parcialmente baseado em seu professor de sua época na universidade, Joseph Bell, a quem Conan Doyle escreveu: "É mais do que certo que é a você a quem eu devo Sherlock Holmes… Com base no centro de dedução, na interferência e na observação que ouvi você inculcar, tentei construir um homem.". As futuras histórias a apresentar Sherlock Holmes foram publicadas na inglesa Strand Magazine. O que é interessante é que, mesmo na distante Samoa, Robert Louis Stevenson foi capaz de reconhecer a forte similaridade entre Joseph Bell e Sherlock Holmes. "Meus parabéns às geniais e interessantes aventuras de Sherlock Holmes… Seria este meu velho amigo Joe Bell?". Outros autores ocasionalmente sugerem influências adicionais, como o famoso personagem de Edgar Allan Poe, C. Auguste Dupin.
Durante sua estadia em Southsea, ele jogou futebol amador no time Portsmouth Association Club, na posição de goleiro, sob o pseudônimo A. C. Smith. (Este clube desapareceu em 1894 e não possui qualquer conexão com o Portsmouth F. C. de hoje, que foi fundado em 1898.) Conan Doyle também era um grande jogador de críquete, e, entre 1899 e 1907, ele jogou dez partidas de primeira classe para o MCC. A sua maior pontuação foi de 43 jogando contra o London County em 1902. Ele jogava boliche ocasionalmente, jogando apenas em uma liga de primeira classe. Além disso, ele era um grande golfista, eleito como capitão do Clube de Golfe de Crowborough Beacon, East Sussex, em 1910.
Casamento e família[editar]


Retrato de Arthur Conan Doyle por Sidney Paget, 1897.
Em 1885, ele se casou com Louisa (ou Louise) Hawkins, conhecida como "Touie", que sofria de tuberculose e acabou morrendo no dia 4 de julho de 1906. Em 1907, ele se casou com Jean Elizabeth Leckie, com quem ele se apaixonou em 1897, mas manteve uma relação platônica enquanto sua primeira esposa ainda estava viva, por lealdade para com ela. Jean morreu no dia 27 de junho de 1940 em Londres.
Conan Doyle teve cinco filhos, dois com sua primeira esposa – (1) Mary Louise (28 de janeiro de 1889 – 12 de junho de 1976) e (2) Arthur Alleyne Kingsley, conhecido como "Kingsley" (15 de novembro de 1892 – 28 de outubro de 1918) – e três com sua segunda esposa – (3) Denis Percy Stewart (17 de março de 1909 – 9 de março de 1955), este, em 1936, o segundo marido da princesa georgiana Nina Mdivani (cerca de 1910 – 19 de fevereiro de 1987; ex-cunhada de Barbara Hutton), (4) Adrian Malcolm (1910 – 1970) e (5) Jean Lena Annette (1912 – 1997).
Morte de Sherlock Holmes[editar]


Holmes e Moriarty lutando à beira das Cataratas de Reichenbach. Arte por Sidney Paget.
Em 1890, Conan Doyle começou a estudar os olhos em Viena; ele se mudou para Londres em 1891 para começar a atender como oftalmologista. Conforme diz a sua autobiografia, nenhum paciente sequer passou pela porta de seu consultório, o que lhe deu mais tempo para escrever. Em novembro de 1891, ele escreveu para sua mãe: "Acho que vou assassinar Holmes… e lhe dar fim de uma vez por todas. Ele priva minha mente de coisas melhores.". Sua mãe respondeu, dizendo, "Faça o que achar melhor, mas o público não aceitará essa atitude em silêncio.". Em dezembro de 1893, ele fez o que pretendia para dedicar mais tempo a obras que ele considerava mais "importantes" – os seus livros históricos.
Holmes e Moriarty aparentemente mergulharam às suas mortes nas Cataratas de Reichenbach na história The Final Problem. A manifestação de desagrado do público fez com que o escritor trouxesse o personagem de volta; ele retornou na história A Casa Vazia, com a explicação de que apenas Moriarty havia caído, mas como Holmes tinha outros inimigos perigosos, especialmente o Coronel Sebastian Moran, ele fingiu estar "temporariamente" morto. Com isso, Holmes apareceu em um total de 56 pequenas histórias e quatro livros, escritos por Conan Doyle (ele apareceu em vários livros e histórias por outros autores).
Envolvimento em campanhas políticas[editar]
Após a guerra bôer, que ocorreu na virada do século XX na África do Sul, e o escárnio vindo de todo o mundo por causa da conduta do Reino Unido, Conan Doyle escreveu um pequeno panfleto intitulado A Guerra na África do Sul: Causa e Conduta, justificando o papel do Reino Unido na guerra bôer. O panfleto foi traduzido para vários idiomas.
Conan Doyle acreditava que foi por causa deste panfleto que ele foi condecorado com o título de cavaleiro em 1902 e indicado como deputado-tenente de Surrey. Em 1900, ele escreveu algo maior, um livro, A Grande Guerra Bôer. Nos primeiros anos do século XX, Sir Arthur tentou entrar para o Parlamento como um membro da União Liberal duas vezes, uma em Edimburgo e outra em Hawick Burghs, mas, embora tenha recebido uma quantidade respeitável de votos, não conseguiu ser eleito.
Conan Doyle se envolveu na campanha pela reforma do Estado Livre do Congo, liderada pelo jornalista E. D. Morel e pelo diplomata Roger Casement. Em 1909, ele escreveu O Crime do Congo, um grande panfleto no qual ele denunciava os horrores daquele país. Ele se tornou um grande amigo de Morel e Casement, e é possível que eles, juntamente como Bertram Fletcher Robinson, tenham servido de inspiração para vários personagens do livro O Mundo Perdido (1912).
Ele rompeu relações com ambos quando Morel se tornou um dos líderes do movimento pacifista da Primeira Guerra Mundial, e quando Casement foi acusado de traição contra o Reino Unido durante a revolta da Páscoa. Conan Doyle tentou, sem sucesso, salvar Casement da pena de morte, alegando que ele estava louco e não era responsável por suas ações.
Envolvimento com o Espiritismo[editar]
Conan Doyle, no ano de 1887, travou o seu primeiro contato com o Espiritismo, iniciando neste mesmo ano, junto ao seu amigo Ball, arquiteto de Portsmouth, sessões mediúnicas que o fizeram rever seus conceitos.
Após as mortes de sua esposa Louisa (1906), do seu filho Kingsley, do seu irmão Innes, de seus dois cunhados (um dos quais E. W. Hornung, criador do personagem literário Raffles), e de seus dois netos logo após a Primeira Guerra Mundial, Conan Doyle mergulhou em profundo estado de depressão. Kingsley Doyle faleceu a 28 de outubro de 1918 de uma pneumonia que contraiu durante a convalescença, após ter sido seriamente ferido durante a batalha do Somme em 1916. O General Brigadeiro Innes Doyle faleceu em fevereiro de 1919, também de pneumonia.
Encontrou consolação apoiando-se no espiritismo, e esse envolvimento levou-o a escrever sobre o assunto. No auge da fama, em 1918, enfrenta todos os céticos e publica "A Nova Revelação", obra em que manifesta a sua convicção na explicação espírita para as manifestações paranormais estudadas a esmo durante o século XIX, e inicia uma série de outras, em meio a palestras sobre o tema. Em "A Chegada das Fadas" (1921) reproduziu na obra teorias sobre a natureza e a existência de fadas e espíritos. Posteriormente, em "The History of Spiritualism" (1926) de natureza histórica, aborda a história dos movimentos espiritualista anglo-saxônico, francês, alemão e italiano, com destaque para os fenômenos físicos e as materializações espirituais produzidas por Eusápia Paladino e Mina "Margery" Crandon. O assunto foi retomado em "The Land of Mist" (1926), de natureza ficcional, com o personagem "Professor Challenger".
Os seus trabalhos sobre o tema foi um dos motivos pelos quais a sua compilação de pequenas histórias, As Aventuras de Sherlock Holmes, foi proibida na União Soviética em 1929 por suposto ocultismo. A proibição foi retirada mais tarde. O ator russo Vasily Livanov receberia uma Ordem do Império Britânico por sua interpretação de Sherlock Holmes.
Por algum tempo, Conan Doyle foi um amigo do mágico Harry Houdini, que se tornaria um grande oponente do movimento espírita, ou espiritista, na década de 1920 após a morte de sua mãe. Embora Houdini insistisse que os médiuns espíritas faziam truques de ilusionismo (e tentava revelar as fraudes por trás desses truques), Conan Doyle já estava convencido de que o próprio Houdini possuía poderes sobrenaturais, um ponto de vista expresso em O Limite do Desconhecido. Aparentemente, Houdini não foi capaz de convencer Conan Doyle de que seus feitos eram simples ilusões, levando a uma amarga e pública quebra de relações entre os dois.
A sua convicção foi além: para receber o título de Par (Peer) do Reino Britânico, foi-lhe imposta a condição de renunciar às suas crenças. Confrontando a todos, e ao sectarismo vigente, permaneceu fiel à fé que abraçara, e que acompanhou até aos seus últimos dias. Foi Presidente Honorário da International Spiritualist Federation (1925-1930), Presidente da Aliança Espírita de Londres e Presidente do Colégio Britânico de Ciência Espírita.
Richard Milner, historiador americano de ciências, apresentou um caso no qual Conan Doyle pode ter sido o responsável pelo boato do homem de Piltdown de 1912, criando um fóssil hominídeo falso que enganou o mundo científico por mais de 40 anos. Milner disse que o motivo de Conan Doyle era de se vingar do estabelecimento científico por desbancar uma de suas físicas favoritas, dizendo ainda que O Mundo Perdido continha várias pistas criptografadas que se tratavam de seu envolvimento com o boato.
O livro de 1974 escrito por Samuel Rosenberg, Naked is the Best Disguise, se propõe a explicar como Conan Doyle deixou no meio de seus escritos pistas abertas que se relatam a aspectos ocultos de sua mentalidade.
Morte[editar]



Túmulo de Sir Arthur Conan Doyle em Minstead, Inglaterra.
Conan Doyle foi encontrado apertando seu peito nos corredores da Windlesham, a sua casa em Crowborough, East Sussex, no dia 7 de julho de 1930. Ele morreu de ataque cardíaco aos 71 anos. Suas últimas palavras foram ditas à sua esposa: "Você é maravilhosa.".
Undershaw, a casa que Conan Doyle havia construído nas redondezas de Hindhead, ao Sul de Londres, e onde ele viveu por aproximadamente uma década, virou um hotel e restaurante entre 1924 e 2004. A casa foi, então, adquirida por um desenvolvedor, e foi mantida vazia desde então enquanto conservacionistas e fãs do autor lutam para preservá-la.
Há uma estátua em honra a Conan Doyle em Crowborough Cross, Crowborough, onde Conan Doyle viveu por 23 anos. Também há uma estátua de Sherlock Holmes em Picardy Place, Edimburgo, Escócia, próximo à casa onde Conan Doyle nasceu.
A Grande Guerra Boer[editar]

Em 9 de agosto de 1902 Arthur Conan Doyle foi nomeado cavaleiro pela sua importante participação na Guerra Boer. Trabalhou na linha de frente da batalha como cirurgião, e foi elogiado pelos compatriotas pela coragem e determinação na prestação de socorro.
Regressando à Inglaterra escreveu um livro escolar com o título "A Grande Guerra Boer".
Principais obras[editar]

Ver página anexa: Lista de obras de Arthur Conan Doyle
Romances com Sherlock Holmes
1887 - A Study in Scarlet (Um Estudo em Vermelho)
1890 - The Sign of the Four (O Signo dos Quatro)
1902 - The Hound of the Baskervilles (O Cão dos Baskervilles)
1915 - The Valley of Fear (O Vale do Medo/O Vale do Terror)
Contos com Sherlock Holmes
1892 - The Adventures of Sherlock Holmes (As Aventuras de Sherlock Holmes)
1894 - The Memoirs of Sherlock Holmes (As Memórias de Sherlock Holmes)
1905 - The Return of Sherlock Holmes (A Volta de Sherlock Holmes)
1917 - His Last Bow (pt: Os Últimos Casos de Sherlock Holmes / br: O Último Adeus de Sherlock Holmes)
1927 - The Case-Book of Sherlock Holmes (O livro de casos de Sherlock Holmes)
1928 - The Complete Sherlock Holmes Short Stories (Coleção completa de histórias de Sherlock Holmes)
Narrativas com o Professor Challenger
1912 - The Lost World (O Mundo Perdido)
1913 - The Poison Belt (O cinto venenoso)
1926 - The Land of Mist (A terra da neblina)
1927 - The Disintegration Machine (A maquina de desentegração)
1928 - When the World Screamed (Quando o mundo gritou)
1952 - The Professor Challenger Stories (A historias do Professor Challenger)
Ensaios
1902 - The War in South Africa: Its Causes and Conduct
1907 - The Case of Mr. George Edalji
1912 - The Case of Oscar Slater
1920 - Spiritualism and Rationalism
1925 - The Early Christian Church and Modern Spiritualism
1925 - Psychic Experiences
Trabalhos sobre a guerra, o exército e o espiritualismo
1900 - The Great Boer War
1909 - The Crime of the Congo
1909 - Divorce Law Reform: An Esaay
1911 - Why He is Now in Favor of Home Rule
1914 - The German War
1914 - Civilian National Reserve
1914 - The World War Conspiracy
1914 - The German War
1915 - Western Wanderings
1915 - The Look on the War
1916 - An Appreciation of Sir John French
1916 - A Visit to Three Fronts
1916 - The Bristish Campaign in France and Flanders
1917 - Supremacy of the British Soldier
1918 - Life After Death
1918 - The New Revelation: or, What is Spiritualism?
1919 - The Vital Message
1922 - Spiritualism - Some Straight Questions and Direct Answers
1921 - The Wanderings of a Spiritualist
1922 - The Case of Spirit Photography
1922 - The Coming of the Faries
1928 - A World of Warning
1928 - What does Spiritualism actually Teach and Stand for?
1929 - An Open Letter to those of my Generation
1929 - Our African Winter
1930 - The Edge of the Unknown
Ver também

quarta-feira, 26 de junho de 2013



William Crookes
(1789 - 1854)









No ano de 1855, Willian Crookes assumiu a cadeira de química na Universidade de Chester. Como conseqüência de
prolongados estudos, no ano de 1861 descobriu os raios catódicos e isolou o Tálio, determinando rigorosamente suas propriedades físicas. Após persistentes estudos em torno do espectro solar, descobriu, em 1872, a aparente ação repulsiva dos raios luminosos, o que o levou à construção do Radiômetro, em 1874. No ano seguinte descobriu um novo tratamento para o ouro. No entanto, a coroação do seu trabalho científico foi a descoberta do quarto estado da matéria, o estado radiante, no ano de 1879. Foram-lhe outorgadas várias medalhas pelas relevantes descobertas no campo da física e da química.
        A rainha Vitória, da Inglaterra, nomeou-o com o mais alto título daquele país: “Cavalheiro”.
        A par de todas as atividades, ocupou a presidência da Sociedade de Química, da Sociedade Britânica, da Sociedade de Investigações Psíquicas e do Instituto de Engenheiros Eletricistas.
        Dotado de invejável fibra de investigador, acabou por pesquisar os fenômenos_mediúnicos, a princípio, com o fim de demonstrar o erro em que incidiam os ditos “médiuns” e todos aqueles que acreditavam piamente em suas mediunidades.
        Em 1869, os médiuns J.J.Morse e Sra. Marshall serviram de instrumento para que Crookes realizasse as suas primeiras investigações.
        As mais notáveis experiências mediúnicas, levadas a efeito por esse ilustre cientista, foram realizadas através da médium Florence Cook, quando obteve asmaterializações do Espírito que dava o nome de Katie_King, fato que abalou o mundo científico da época.
        A jovem Florence Cook tinha apenas 15 anos de idade quando se apresentou a Sir Willian Crookes, a fim de servir de medianeira para as pesquisas científicas que vinha realizando. São dela as seguintes palavras: “Fui à casa do Senhor Crookes, sem prevenir a meus pais e nem a meus amigos. Ofereci-me em sacrifício voluntário sobre o altar de sua incredulidade.” Ela pediu a proteção da Sra. Crookes e submeteu-se a toda sorte de experimentações, objetivando comprovar a sua mediunidade, pois que um cavalheiro, de nome Volckmann, havia lhe imputado suspeitas de fraude.
        No dia 22 de abril de 1872, aconteceu, pela primeira vez, a materialização do Espírito Katie King, estando presente na sessão, a genitora, alguns irmãos da médium e a criada.
        Após várias sessões, nas quais o Espírito Katie King se manifestava com incrível regularidade, a Srta. Florence afirmou a Willian Crookes que estava decidida a submeter-se a todo o gênero de investigações.
        Na sua obra “Fatos Espíritas”, faz completo relato de todas as experiências realizadas com o Espírito materializado de Katie King, que não deixa dúvida quanto ao poder extraordinário que possui o Espírito de dar a forma desejada, utilizando a matéria física.
        Numerosos cientistas de renome, mesmo diante dos fatos mais convincentes, hesitaram em proclamar a verdade, com receio das conseqüências que isso poderia acarretar aos olhos do povo. Crookes, porém, não agiu assim. Ele penetrou o campo das investigações com o intuito de desmascarar, de encontrar fraudes, entretanto, quando constatou que os casos eram verídicos, insofismáveis, ele rendeu-se à evidência, curvou-se diante da verdade, tornou-se espírita convicto e afirmou: - “Não digo que isto é possível; digo: isto é real!” Sir William Crookes, nasceu em Londres, no dia 17 de junho de 1832 e afirmou-se como químico e físico. Frequentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando na área da espetroscopia.
   Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atómico 81. Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiómetro de Crookes, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios canal.
   Nas suas investigações sobre a condutividade elétrica em gases a baixa pressão, descobriu que, à medida que se diminuía a pressão, o elétrodo negativo emitia raios (os chamados raios catódicos, que hoje se sabe tratarem-se de um feixe de eletrões livres, utilizado nalguns dispositivos de vídeo (televisões com cinescópio, por exemplo).
 
   Como esses exemplos mostram, William Crookes foi um pioneiro na construção e na utilização de tubos de vácuo para estudar fenómenos físicos. Foi assim um dos primeiros cientistas a investigar aquilo o que actualmente chamamos plasmas. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o assim-chamado espintariscópio.
 
   O trabalho de Crookes desenvolveu-se nas áreas da Química e da Física. A sua característica mais marcante foi a originalidade na conceção das suas experiências e o talento da sua execução. Talvez seja justo afirmar-se que as suas especulações teóricas, por mais imaginativas e estimulantes que tenham sido, foram de menor relevância.

 
William Crookes
(1789 - 1854)
 
 
Química

   A sua primeira grande descoberta foi a do elemento tálio, anunciada em 1861. Por esse trabalho, a sua reputação ficou solidamente estabelecida e ele foi nomeado membro da Royal Society em 1863.
   O método de análise espectral, introduzido por Bunsen e Kirchhoff, foi recebido por Crookes com grande entusiasmo e, ao aplicá-lo no exame do depósito selenífero de uma fábrica de ácido sulfúrico, descobriu no espectro uma linha verde desconhecida. Seguiu-se o isolamento do novo elemento metálico, o tálio, e a investigação das propriedades dos seus compostos, que são de grande interesse na área da química.
   Finalmente, em 1873, ele determinou o peso atómico do novo elemento de uma forma que é ainda hoje um modelo de precisão analítica.
   Passou posteriormente, durante muitos anos a trabalhar em duas áreas de pesquisa diferentes: As propriedades dos gases raros, e a investigação dos elementos das "terras raras"', iniciada após 1880.
 
 
         
Radiómetro de Crookes 
 
 
   A sua atenção pelo primeiro problema despertou quando utilizou uma balança de vácuo durante as suas pesquisas sobre o tálio. Rapidamente descobriu o fenómeno do qual depende a ação do pequeno e bem conhecido instrumento, o radiómetro de Crookes, no qual um sistema de pás, cada uma delas enegrecida de um lado e polida do outro, é colocado em rotação quando exposto a energia radiante. Crooks, no entanto, não forneceu a verdadeira explicação para essa aparente "atração e repulsão resultante da radiação".
 
 
   Por muitos anos, Crookes conduziu variadas experiências com os elementos de terras raras, elementos tão semelhantes uns aos outros quanto às propriedades químicas que métodos especiais de separação tiveram que ser imaginados. Ao longo de seu trabalho, utilizou métodos de espectroscopia para seguir o curso e testar a integralidade da separação entre um elemento e outro. O que tinha sido uma das regiões mais obscuras da química inorgânica, foi-se clarificando aos poucos.
   Ao longo dos anos durante os quais ele assim se ocupou, Crookes foi levado a conceber a existência de "meta-elementos" ou aglomerados de elementos, parecendo-se tanto uns com os outros que, na maior parte dos aspectos, um aglomerado comporta-se como um único indivíduo. Os "meta-elementos" de Crookes têm uma semelhança superficial com as misturas de isótopos que hoje se sabe comporem alguns elementos; mas a teoria de meta-elementos não pode honestamente ser dita como uma antecipação da descoberta dos isótopos, uma vez que se baseou em factos de natureza fundamentalmente diferente daquela em que se basearam as idéias mais recentes sobre elementos isotópicos.
   Crookes publicou numerosos artigos científicos sobre espectroscopia, um assunto pelo qual tinha grande fascinação e fez pesquisas sobre uma grande variedade de assuntos de menor importância. Além de vários livros técnicos, escreveu um tratado padrão sobre "Select Methods in Chemical Analysis (Métodos de Seleção em Análise Química) em 1871 e um pequeno livro sobre diamantes. em 1909, um assunto sobre o qual realizou estudos após duas visitas à África do Sul. Serviu várias vezes ao governo em funções de consultoria e seu trabalho sobre a produção de um vidro que deveria eliminar do vidro fundido os raios que fazem mal aos olhos dos trabalhadores, pode ser citada como um de seus muitos serviços públicos.
 
 
Física

 
  
De importância mais fundamental foram suas pesquisas sobre a passagem de descargas elétricas através de gases rarefeitos. Descobriu que, à medida em que se aumentava a atenuação do gás, o espaço escuro em torno do elétrodo negativo aumentava, enquanto raios, hoje conhecidos como raios catódicos, procediam do elétrodo. Ele investigou as propriedades dos raios, mostrando que eles se propagam em linhas rectas, causam fosforescência nos objectos sobre os quais são aplicados e produzindo grande quantidade de calor no impacto. Acreditou ter descoberto um quarto estado da matéria, que ele denominou de"matéria radiante". No entanto, as suas idéias teóricas sobre a natureza da "matéria radiante" foram provadas incorrectas. Ele acreditava que os raios consistiam em feixes de partículas de magnitude molecular ordinária. Foi Sir J. J. Thomson que descobriu sua natureza subatómica e provou que os raios catódicos consistem em feixes de eletrões, isto é, partículas eletricamente carregadas cuja massa é de apenas 1/1800 da massa do átomo de hidrogénio. Apesar disso, o trabalho experimental de Crookes nesta área foi a base de descobertas que mudaram toda a conceção da química e da física.
 
   William Crookes voltou sua atenção para o recém descoberto fenómeno da radioactividade. Em 1900, conseguiu separar o urânio do seu produto de transformação activo, o "urânio-X". Ele observou o decaimento gradual do produto de transformação separado e a simultânea reprodução de um novo suprimento no urânio original. Mais ou menos ao mesmo tempo dessa importante descoberta, observou que, quando as"partículas-p", ejetadas de substâncias radioativas, são projetadas sobre sulfeto de zinco, cada impacto é acompanhado de uma diminuta cintilação, uma observação que serve de base a um dos métodos mais úteis na técnica da radioatividade.
  

quinta-feira, 6 de junho de 2013

sábado, 6 de abril de 2013

MEIMIEI






Irma de Castro Rocha, este encantador espírito, ficou conhecida na família espírita como Meimei.

Trata-se de carinhosa expressão familiar adotada pelo casal Arnaldo Rocha(1) e Irma de Castro Rocha, a partir da leitura que fizeram do livro Momentos em Pequim, do filósofo chinês Lyn Yutang. Ao final do livro, no glossário, encontram o significado da palavra Meimei – \"a noiva bem amada\". Este apelido ficara em segredo entre o casal. Depois de desencarnada, Irma passa a tratar o seu ex-consorte por \"Meu Meimei\". Irma de Castro Rocha não foi espírita na acepção da palavra, pois foi criada na Religião Católica. Ela o era, porém, pela prática de alguns princípios da Doutrina Codificada por Allan Kardec, tais como caridade, benevolência, mediunidade (apesar de empírica), além de uma conduta moral ilibada.

Nasceu na cidade de Mateus Leme, Minas Gerais, a 22 de outubro de 1922 e desencarnou em Belo Horizonte, em 1º de outubro de 1946. Filha de Adolfo Castro e Mariana Castro, teve quatro irmãos: Carmem, Ruth, Danilo e Alaíde. Aos dois anos de idade sua família transferiu-se para Itaúna – MG. Aos cinco anos ficou órfã de pai. Desde cedo se sobressaiu entre os irmãos por ser uma criança diferente, de beleza e inteligência notáveis. Cursou até o segundo ano normal, sendo destacada aluna.

A infância de Meimei foi a de uma criança pobre. Era extremamente modesta e de espírito elevado. Pura e simples. Adorava crianças e tinha um forte desejo – o de ser mãe, não concretizado porque o casamento durou apenas dois anos e houve o agravamento da moléstia de que era portadora: nefrite crônica, acompanhada de pressão alta e necrose nos rins.

Irma de Castro, na flor de seus 17 anos, tornou-se uma bela morena clara, alta, cabelos negros, ondulados e compridos, grandes olhos negros bastante expressivos e vivazes. Foi nessa época que se tornou grande amiga de Arnaldo Rocha, que viria a ser o seu esposo.

Casaram-se na igreja de São José, matriz de Belo Horizonte. Na saída da igreja, o casal e os convidados viveram uma cena inesquecível. Depararam-se com um mendigo, arrastando-se pelo chão, de forma chocante, sujo, maltrapilho e malcheiroso. Meimei, inesperadamente, volta-se para o andarilho e, sensibilizada pela sua condição, inclina-se, entrega-lhe o buquê, beijando-lhe a testa. Os olhos da noiva ficaram marejados de lágrimas...

Arnaldo Rocha afirma que toda criança que passava por Meimei recebia o cumprimento: \"Deus te abençoe\". Havia um filho imaginário. Acontecia vez por outra de Arnaldo chegar do trabalho, sentar-se ao lado de Meimei e ouvir dela a seguinte frase: \"Meu bem, você está sentado em cima de meu principezinho\". Meimei tinha a mediunidade muito aflorada, o que, para seu marido, à época, tratava-se de disfunção psíquica. Estes pontos na vida de Meimei retratam os compromissos adquiridos em existência anterior, na corte de Felipe II, ao lado do marido Fernando Álvares de Toledo – o Duque de Alba (Arnaldo Rocha). Nessa época seu nome teria sido Maria Henríquez.

Apesar do pouco tempo de casados, o casal foi muito feliz. Ela tinha muito ciúme do seu \"cigano\". Arnaldo Rocha explica que esse cuidado por parte dela era devido ao passado complicado do marido. Chico Xavier explicara que Meimei vinha auxiliando Arnaldo Rocha na caminhada evolutiva há muitos séculos, por isso a sua acuidade em adocicar os momentos mais difíceis e alegrar ainda mais os instantes de ventura.

Na noite da sua desencarnação, Arnaldo Rocha acorda, por volta de duas horas da madrugada, com sua princesa rasgando a camisola e vomitando sangue, devido a um edema agudo de pulmão. O marido sai desesperado em busca de médico, pois não tinham telefone. Ao voltar, encontra-a morta.

A amizade entre o casal, projetando juras de eterno amor, teve início por volta do século VIII a.C. Um general do império Assírio e Babilônico, de nome Beb Alib, ficou conhecendo Mabi, bela princesa, salvando-a da perseguição de um leão faminto. Foi Meimei quem relatou a história, confirmada depois por Chico Xavier e traduzida inconscientemente pelo escritor e ex-presidente da União Espírita Mineira, Camilo Rodrigues Chaves, no livro Semíramis, romance histórico publicado pela editora LAKE, de São Paulo.

Essas reminiscências de Meimei eram tão comuns que, além desse fato contido no livro citado, há, também, uma referência à personagem Blandina (Meimei), no livro Ave, Cristo! Aconteceu da seguinte forma: Chico passou um determinado capítulo do livro para Arnaldo Rocha avaliar. À medida que lia, lágrimas escorriam por suas faces, aos borbotões. Ao final da leitura, Arnaldo disse para Chico: \"Já conheço esse trecho!\" Chico arrematou: \"Meimei lhe contou, né?\" Nesse romance de Emmanuel, Blandina teria sido filha de Taciano Varro (Arnaldo Rocha), definindo a necessidade do reencontro de corações com vista à evolução espiritual.

Através da mediunidade de Chico Xavier, muitas outras informações chegaram ao coração de Arnaldo sobre a trajetória espiritual de Meimei. À guisa de aprendizado, Arnaldo foi anotando essas informações e trabalhando, em foro de imortalidade, aspectos de seu burilamento.

Meimei tinha a mediunidade clarividente, conversava com os espíritos e relembrava cenas do passado. Era comum ver Meimei, por exemplo, lendo um livro e, de repente, ficar com o olhar perdido no tempo. Nesses instantes, Arnaldo olhava de soslaio e pensava: \"Está delirando\". Algumas vezes ela afirmava: \"Naldinho, vejo cenas, e nós estamos dentro delas; aconteceu em determinada época na cidade...\". Arnaldo, à época materialista, não sabendo como lidar com esses assuntos, cortava o diálogo, afirmando: \"Deixa isso de lado, pois quem
morre deixa de existir\".

Em seus últimos dias terrenos, nos momentos de ternura entre o casal apaixonado, apesar do sofrimento decorrente da doença, Meimei tratava Arnaldo como \"Sr. Duque\" e pedia que ele a chamasse de \"minha Pilarzinha\". Achando curioso o pedido, Arnaldo perguntou o motivo e recebeu uma resposta que, para ele, era mais uma de suas fantasias: \"Naldinho, esse era o modo de tratamento de um casal que viveu na Espanha no século XVI. O esposo chamava-se Duque de Alba e a sua esposa, Maria Henríquez\". Embevecido com a mente criativa na arte de teatralizar da querida esposa, entrava na brincadeira deixando de lado as excessivas perquirições.

Apresentamos esse ângulo da vida de Meimei para suscitar reflexões acerca do progresso espiritual por ela engendrado em suas diversas reencarnações – das quais citamos apenas algumas –, e que conduziram nossa querida amiga Meimei ao belo trabalho realizado em prol da divulgação da Doutrina Espírita, no Mundo Espiritual, aproveitando as vinculações afetivas com aqueles corações que permaneceram no plano terreno.

Em seus derradeiros dias de vida terrena, Meimei começou a ter visões. Ela falava da avó Mariana, que vinha visitá-la e que em breve iria levá-la para viajar pela Alba dos céus. Depois de muitos anos veio a confirmação através de Chico Xavier. Arnaldo recebe do médium amigo, em primeira mão, o livro Entre a Terra e o Céu, ditado por André Luiz, no qual encontra uma trabalhadora do Mundo Espiritual – Blandina – vivendo no Lar da Bênção, junto com sua Vovó Mariana, cuidando de crianças. Em determinado trecho, Blandina revela um pouco da sua vida terrena junto ao consorte amado.

Arnaldo Rocha narra um fato muito importante no redirecionamento de sua vida. No romance \"Ave, Cristo!\", que se desenvolve na antiga Gália
Lugdunense, encontra-se um diálogo entre os personagens Taciano Varro (Arnaldo Rocha) e Lívia (Chico Xavier), no qual as notas do Evangelho sublimam as aspirações humanas. Lívia consola Taciano, afirmando que \"no futuro encontrar-nos-emos em Blandina\". Essa profecia realizou-se mais ou menos 1600 anos depois, na Avenida Santos Dumont, em Belo Horizonte, no encontro \"casual\" entre Arnaldo Rocha e Chico Xavier, após o qual Arnaldo Rocha, materialista convicto, deixa cair as escamas que lhe toldavam a visão espiritual.

Graças à amizade fraterna entre Arnaldo Rocha e Francisco Cândido Xavier, reconstituída pelo encontro \"acidental\" na Av. Santos Dumont, a história de amor entre Meimei e Arnaldo manteve-se como farol a iluminar a vida dele, agora em bases do Evangelho, que é o roteiro revelador do Amor Eterno.

Depois daquele encontro, que marcou o cumprimento da profecia de Lívia e Taciano Varro, Arnaldo, o jovem incauto e materialista, recebeu consolo para suas dores; presentes do céu foram materializados para dirimir sua solidão; pelas evidências do sobrenatural, incentivos nasceram para o estudo da Doutrina Espírita, surgindo, por conseqüência, novos amigos que indicaram ao jovem viúvo um caminho
diferente das conquistas na Terra.

Passando a viajar permanentemente a Pedro Leopoldo, berço da simplicidade da família Xavier, recebeu de Meimei, sua querida esposa, as mais belas missivas através da psicografia e da clarividência de Chico Xavier.

Faltam-nos palavras para expressar nossa ternura e respeito ao espírito Meimei que, por mais de seis décadas, tem inspirado os espíritas a seguir o Caminho, e a Verdade e a Vida Eterna.

Ao finalizar este singelo preito de gratidão a Irma de Castro Rocha, a doce Meimei das criancinhas, lembramos o pensamento do Benfeitor Emmanuel, que sintetiza a amizade dos trabalhadores do Espiritismo Evangélico em todo o Brasil com o Espírito Meimei: um verdadeiro \"sol que ilumina os tristes na senda da dor. Meimei, amor...\".

1 - Arnaldo Rocha, ex-consorte de Meimei, é trabalhador e conselheiro da União Espírita Mineira desde 1946. Amigo inseparável de Chico Xavier. Organizador dos livros Instruções Psicofônicas e Vozes do Grande Além, FEB. Co-autor do livro \"Chico, Diálogos e Recordações\", UEM.

Carlos Alberto Braga Costa

Fonte: O Espírita Mineiro, nº 29

sexta-feira, 5 de abril de 2013

PACIÊNCIA EM NÓS

Quando as dificuldades atingem o apogeu, induzindo os companheiros mais valorosos a desertarem da luta pelo estabelecimento das boas obras, e prossegues sob o peso da responsabilidade que elas acarretam, na convicção de que não nos cabe descrer da vitória final...
Quando os problemas se multiplicam na estrada, pela invigilância dos próprios amigos, e te manténs, sem revolta, nas realizações edificantes a que te consagras...
Quando a injúria te espanca o nome, procurando desmantelar-te o trabalho, e continuas fiel às obrigações que abraçaste, sem atrasar o serviço com justificações ociosas...
Quando tentações e perturbações te ameaçam as horas, tumultuando-te os passos, e caminhas à frente, sem reclamações e sem queixas...
Quando te é lícito largar aos ombros de outrem a carga de atribuições sacrificiais que te assinala a existência, e não te afastas do serviço a fazer, entendendo que nenhum esforço é demais em favor do próximo...
Quando podes censurar e não censuras, exigir e não exiges...
Então, terás levantado a fortaleza da paciência no reino da própria alma.
Nem sempre passividade significa resignação construtiva.
Raramente pode alguém demonstrar conformidade, quando se encontre sob os constrangimentos da provação.
Paciência, em verdade, é perseverar na edificação do bem, a despeito das arremetidas do mal, e pros-seguir corajosamente cooperando com ela e junto dela, quando nos seja mais fácil desistir.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Supressão da Reencarnação
O Concílio de Constantinopla - 553 D.C.


A Reencarnação escamoteada e suprimida pela Igreja Católica. Por que será ?

Até agora, quase todos os historiadores da igreja romana acreditam que a Doutrina da Reencarnação foi declarada herética durante o Concílio de Constantinopla em 553 D.C, atual Istambul, na Turquia. No entanto, a condenação da Doutrina se deve a uma ferrenha oposição pessoal do finado imperador Justiniano, que nunca esteve ligado aos protocolos do Concílio. Segundo Procópio, uma mulher de nome Teodora, filha de um guardador de ursos do anfiteatro de Bizâncio, era a ambiciosa esposa de Justiniano, e na realidade, era quem manejava o poder. Ela, como cortesã, iniciou sua rápida ascensão ao Império. Para se libertar de um passado que a envergonhava, ordenou, mais tarde, a morte de quinhentas antigas "colegas" e, para não sofrer as conseqüências dessa ordem cruel em uma outra vida como preconiza a lei do Carma, empenhou-se em suprimir toda a magnífica Doutrina da Reencarnação. Estava confiante no sucesso dessa anulação, decretada por Justiniano " em nome de DEUS " !

Em 543 D.C, o déspota imperador Justiniano, sem levar em conta o ponto de vista clerical, declarou guerra frontal aos ensinamentos de Orígenes - exegeta e Teólogo ( 185 - 235 D.C ), ( ver Obs. ao final ), condenando tais ensinamentos através de um sínodo especial. Em suas obras : De Principiis e Contra Celsum, Orígenes tinha reconhecido, abertamente, a existência da alma antes do nascimento e sua dependência de ações passadas. Ele pensava que certas passagens do Novo Testamento poderiam ser explicadas somente à luz da Reencarnação.

Do Concílio convocado por Justiniano só participaram bispos do oriente (ortodoxos). Nenhum de Roma. E o próprio "Papa", que estava em Constantinopla nesta ocasião, deixou isso bem claro.

O Concílio de Constantinopla, o quinto dos Concílios, não passou de um encontro, mais ou menos em caráter privado, organizado por Justiniano, que, mancomunado com alguns vassalos, excomungou e maldisse a doutrina da preexistência da alma, com protestos do Papa Virgílio, e a publicação de seus anátemas. Embora estivesse em Roma naquela época, o Papa Vigílio seqüestrado e mantido prisioneiro de Justiniano por oito anos, recusou-se a participar deste Concilio, quando Justiniano não assegurou o mesmo quórum de bispos representantes do leste e do oeste.

Uma vez convocado, o Concilio só incluiu 165 bispos da Cristandade em sua reunião final, dos quais 159 eram da Igreja oriental. Tal fato garantiu a Justiniano todos os votos de que precisava.

A conclusão oficial a que o Concílio chegou após uma discussão de quatro semanas teve que ser submetida ao "Papa" para ratificação. Na verdade, os documentos que lhe foram apresentados ( os assim chamados "Três Capítulos") versavam apenas sobre a disputa a respeito de três eruditos que Justiniano, há quatro anos, havia por um edito ( decreto ) declarado heréticos. Os "papas" seguintes, Pelagio I ( 556 - 561 D.C ), Pelagio II ( 579 - 590 D.C ) e Gregório ( 590 - 604 D.C ), quando se referiram ao quinto Concílio, nunca tocaram no nome de Orígenes.

A Igreja teve alguns concílios tumultuados. Mas parece que o V Concílio de Constantinopla II (553) bateu o recorde em matéria de desordem e mesmo de desrespeito aos bispos e ao próprio Papa Virgílio, papa da época.

Muitos inconformados alegam que esse Concílio não tratou da Reencarnação, e por isso a Igreja nunca esteve envolvida com tal princípio. Porém a verdade é que, os seus Cânons ( Regra geral de onde se inferem regras especiais ) do Magistério relacionado a este evento, mais especificamente o seu Cânon 11, trata da condenação das teses de Orígenes e suas referências à preexistência da alma. Vejamos uma versão em espanhol dessa parte decisória do Supremo Pontificado :


Magisterio del C.E II de Constantinopla :

[En parte idénticos con la Homología del Emperador, del año 551]

Can. 11. Si alguno no anatematiza a Arrio, Eunomio, Macedonio, Apolinar, Nestorio, Eutiques y Origenes, juntamente con sus impíos escritos, y a todos los demás herejes, condenados por la santa Iglesia Católica y Apostólica y por los cuatro antedichos santos Concilios, y a los que han pensado o piensan como los antedichos herejes y que permanecieron hasta el fin en su impiedad, ese tal sea anatema.

Aí está : O Cânon 11 ( Regra geral de onde se inferem regras especiais ) condenando Orígenes e suas teses da preexistência da alma. Ora, a preexistência do espírito com relação ao corpo vivificado por ele, é a base fundamental para a Teoria da Reencarnação, pois que, ao admitirmos o reencarne de um espírito, automaticamente estamos admitindo que ele já encarnou antes, pelo menos uma vez que seja.

Justiniano presidiu esse Concílio. Era um teólogo que queria saber mais de Teologia do que o Papa. Sua mulher, a imperatriz Teodora, foi uma cortesã e se imiscuía nos assuntos do governo do seu marido, e até nos de Teologia. Houve, portanto, a condenação da Doutrina da Preexistência, o que, "ipso facto", condenou também a reencarnação, pois não existe reencarnação sem a preexistência do Espírito.

VEJA COMO É FÁCIL CONCLUIR : Como a Doutrina da Reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e Teodora PARTIRAM, PRIMEIRO, PARA DESESTRUTURAR A DA PREEXISTÊNCIA, COM O QUE ESTARIAM, AUTOMATICAMENTE, DESESTRUTURANDO A DA REENCARNAÇÃO ( !!! )

Então, em 543 d.C, Justiniano publicou um édito, em que expunha e condenava as principais idéias de Orígenes, sendo uma delas a da preexistência. Em seguida à publicação do citado édito, Justiniano determinou ao patriarca Menas de Constantinopla que convocasse um Sínodo, convidando os bispos para que votassem em seu édito, condenando dez anátemas deles constantes e atribuídos a Orígenes [O Mistério do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller, São Paulo, 1996].

A principal cláusula ou anátema que nos interessa é a da condenação da preexistência que, em síntese, é a seguinte : "Quem sustentar a mítica crença na preexistência da alma e a opinião, conseqüentemente estranha, de sua volta, seja anátema" ( William Walker Atikinson, Ed. Pensamento, São Paulo, 1997).

Vamos ver agora essa cláusula na íntegra e NO ORIGINAL EM LATIM :

"Si quis dicit, aut sentit proexistere hominum animas, utpote quae antea mentes fuerint et sanctae, satietatemque cepisse divinae contemplationis, e in deterius conversas esse; atque ideirco apofixestai id este refrigisse a Dei charitate, et inde fixás graece, id est, animas esse nuncupatas, demissasque esse in corpora suplicii causa : anathema !"


OU SEJA :


"Se alguém diz ou sustenta que as almas humanas preexistiram na condição de inteligências e de santos poderes; que, tendo-se enojado da contemplação divina, tendo-se corrompido e, através disso, tendo-se arrefecido no amor a Deus, elas foram, por essa razão, chamadas de almas e, para seu castigo, mergulhadas em corpos, que ele seja anatematizado !" ( O Mistério do Eterno Retorno, pág. 127-127, Jean Prieur, Editora Best Seller, São Paulo, 1996 ).

Como se não bastasse, o tal Concílio NÃO DEVERIA TER VALIDADE UNIVERSAL, POIS NÃO FOI CONVOCADO PELO PAPA VIGILIUS que, na ocasião, achava-se prisioneiro do Imperador Justiniano !!! Vejam : O Imperador Justiniano mandou prender o Papa !!!

Além disso, há registros do historiador Paul Brunton ( com décadas de estudos comparativos das religiões e das tradições antigas do Oriente e um dos pensadores e Escritores mais perceptivos em transcrever aquela sabedoria para o mundo ocidental ) que afirma que Justiniano anexou ao relatório do Concílio de Constantinopla (553) um documento do Sínodo de Constantinopla, 543 d.C ( Sínodo é uma Assembléia de um pequeno número de bispos de uma região, enquanto que o Concílio Ecumênico é uma assembléia de todos os bispos da Igreja ), dando a entender que a condenção da Reencarnação, feita pelo Sínodo, fosse do Concílio !!! Veja como manipularam as decisões desse Concílio !!!

Paul Brunton foi considerado pelo meio acadêmico, como o maior sábio inglês do Século 20. Sua Obra "Verdades em Perspectivas", relata a morte, no Oriente Médio, de mais de um milhão de pessoas, logo após o Concílio de Constantinopla (553), em choques com as forças de segurança de Justiniano, porque não aceitaram a condenação da reencarnação.

Vamos agora, por curiosidade, transcrever o início da introdução histórica desse célebre Concílio, contida na obra "Hefele, History of the Councils", Vol. IV, p. 289 :

“In accordance with the imperial command but without the assent of the Pope, the Council was opened on the 5th of May A.D. 553, in the Secretarium of the Cathedral Church at Constantinople. Among those present were the Patriarchs, Eutychius of Constantinople, who presided, Apollinaris of Alexandria, Domninus of Antioch, three bishops as representatives of Patriarch Eustochius of Jesuralem, and 145 other metropolitans and bishops, of whom many came also in the place of a sent colleagues”.


OU SEJA :


“De acordo com ordens do Imperador mas sem o consentimento do Papa, o Concílio foi aberto em 5 de maio de 553 da nossa era cristã, na Secretaria da Igreja Catedral em Constantinopla. Entre os presentes achavam-se os Patriarcas Eutichis de Constantinopla, quem presidiu, Apollinaris de Alexandria, Domninus de Antioquia, três bispos como representantes do Patriarca Eustochius de Jerusalém, e 145 outros bispos metropolitanos e bispos, dos quais VÁRIOS VIERAM TAMBÉM EM LUGAR DE COLEGAS AUSENTES.”

E por que tanta ênfase na condenação de Orígenes ??? Ora, Orígenes, em sua Obra Capital, “Dos Princípios”, livro I, passa em revista os numerosos argumentos que mostram, na preexistência e sobrevivência das almas em outros corpos, o corretivo necessário à desigualdade das condições humanas. De si mesmo inquire qual é a totalidade dos ciclos percorridos por sua alma em suas peregrinações através do Infinito, quais os progressos feitos em cada uma de suas estações, as circunstâncias da imensa viagem e a natureza particular de suas residências.

Está aí a argumentação de como É FACIL ESCAMOTEAR A VERDADE, quando dizem que o Concílio II de Constantinopla não condenou a Reencarnação. O termo "Reencarnação" não poderia mesmo constar em qualquer documento ORIGINAL, antes de 1853, quando Kardec o formalizou em suas Obras. REPITO : O que fizeram naquele Concílio foi enfraquecer as bases da pluralidade das existências. Como a Doutrina da Reencarnação pressupõe a da preexistência do espírito, Justiniano e Teodora PARTIRAM, PRIMEIRO, PARA DESESTRUTURAR A DA PREEXISTÊNCIA, COM O QUE ESTARIAM, AUTOMATICAMENTE, DESESTRUTURANDO A DA REENCARNAÇÃO ( !!! )


E a Igreja aceitou o edito de Justiniano - "Todo aquele que ensinar esta fantástica preexistência da alma e sua monstruosa renovação, será condenado" - como parte das conclusões do Concílio. Esta atitude da Igreja levou a reações tais como a do Cardeal Nicolau de Cusa que sustentou, em pleno Vaticano, a pluralidade das vidas e dos mundos habitados, com a concordância do Papa Eugênio IV (1431 -1447), embora isso provocasse descontentamento de influentes clérigos da Cúria Romana. Porém, havia e houve sempre o interesse em sepultar esse conhecimento. Então, ao invés de uma aceitação simples e clara da Reencarnação, a Igreja passou a rejeitá-la, justificando tal atitude com a criação de Dogmas que lançam obscuridade sobre os problemas da vida, revoltam a razão e impõem dominação, ignorância, apatia e graves entraves à autonomia da razão humana e ao desenvolvimento espiritual da humanidade.

Portanto, a proibição da Doutrina da Reencarnação foi um erro histórico, sem qualquer validade eclesiástica, mas que foi adotada, por satisfazer os interesses do Sacerdócio Profissional e suas pomposas celebrações que mais lembram as excentricidades dos cultos exteriores farisaicos do que a simplicidade vivificante do amor exemplificado por Jesus.

É fácil para qualquer pessoa leiga no assunto, entender porque a Reencarnação foi banida dos ensinamentos da Igreja, a qual planejava manter a hegemonia sobre as pessoas ingênuas e satisfazer a sua ambição material. Para citar apenas UM exemplo, lembremo-nos da “Venda de Indulgências” praticada pela Igreja Católica. Quanto a esse fato, fazem-se necessários alguns esclarecimentos :

- A Igreja Romana da época costumava dizer que algumas pessoas possuíam mais méritos do que tinham necessidade, para serem salvas. Por isso, esse "mérito extra" dessas pessoas poderia ser transferido - especialmente através de pagamento - para pessoas cuja salvação era duvidosa. Martim Lutero protestou contra esta prática, chamada de indulgência.

- No dia 31 de outubro de 1517, Lutero tornou públicas suas 95 Teses contra a venda de indulgências. Com este gesto desencadeou o processo da Reforma.

- Indulgências eram recibos de perdão de pecados passados e futuros. Os pecados eram perdoados a peso de ouro !

- Até pelos mortos era permitido comprar indulgências. Um dos nomes mais conhecidos em Roma, nessa ocasião da construção da Basílica de São Pedro, foi o do cardeal João Tetzel que viajava pelo mundo católico recolhendo contribuições para essa construção. Uma das suas declarações relacionadas à oportunidade das pessoas escaparem do Purgatório por meio de indulgências se tomou célebre : " No momento em que uma moeda tilinta no fundo do gazofilácio, uma alma escapa do purgatório ". Em outras palavras :
" Quando o dinheiro na caixa cai, a alma do purgatório sai ".

- Em pouco tempo, as 95 Teses estavam espalhadas por toda a Alemanha.

- Em 30 de maio de 1518, Lutero enviou suas Teses ao Papa Leão X, pois estava convicto que o Papa iria apoiá-lo contra os abusos das indulgências.

- No dia 3 de janeiro de 1521, Lutero é oficialmente excomungado da Igreja Católica.

Nota : A Igreja Católica tem duas inesgotáveis "galinhas dos ovos de ouro" : o Purgatório e as Indulgências — sendo estas para salvar os ricos, os que têm dinheiro com que resgatar os seus pecados. Porém, lembremo-nos das palavras de Jesus, quando viu o jovem rico afastar-se dele por não se dispor a vender seus bens para segui-lo :

"Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino de Deus. ( Mt 19.23 ). Entretanto, dentro do ensino católico, essa entrada se tornou fácil para os ricos, e pouco importa se eles são bons ou não : as indulgências abrem-lhes as portas.

E os pobres que continuem sofrendo neste mundo e que paguem no purgatório por séculos sem fim, o castigo dos seus pecados, porque não têm dinheiro para missas e indulgências, mui­to embora Jesus houvesse dito: ... aos pobres é anunciado o Evangelho ( Mt 11.5 ). Porém o Papa Leão X ensinava que uma pessoa rica poderia doar terras e bens materiais à Igreja e assim comprar um lote de terreno no paraíso. ( SIC )

Não é por acaso que a Igreja Católica é um dos maiores proprietários de terras e imóveis em todo o mundo. Os banqueiros melhor informados calculam as riquezas do Vaticano entre DEZ A QUINZE BILHÕES ( Eu disse BILHÕES ) DE DÓLARES. Ele ( Vaticano ) possui grandes investimentos em bancos, seguros, produtos químicos, aço, construções, imóveis etc. SOMENTE OS DIVIDENDOS servem para manter de pé toda a organização, INCLUÍDAS AS OBRAS DE BENEFICIÊNCIA. Tal fortuna vem sendo ACUMULADA em função das reaplicações no mercado.

Por que, ao invés de reaplicar o dinheiro, o Vaticano não o redistribui para os mais carentes ? Será que é mesmo necessário ACUMULAR CERCA DE 15 BILHÕES DE DÓLARES para manter a Igreja Romana ?

E a própria Revista "Isto É - Dinheiro" revela a situação financeira do Vaticano, que apesar das dificuldades, mantém um Patrimônio, revelado pela própria Cúria Romana, de 5 bilhões de dólares mais 3,2 bilhões de dólares depositados no Banco do Vaticano. E se essas cifras são reveladas pela própria Igreja, então, é sinal que o montante pode ser muito maior. E a Revista ainda diz : "... O pontífice tem ainda 1 mil apartamentos registrados em seu nome na capital italiana, Roma." Para confirmar, acesse :

http://www.terra.com.br/istoedinheiro/255/negocios/255_santa_crise.htm


Todos nós, e até mesmo os Católicos, não podemos acreditar que Deus prefira manter ouro e luxo nas suas Igrejas ao mesmo tempo que muitos de seus filhos morrem de fome pelo mundo.

Se um representante do Vaticano, hipoteticamente, perguntasse a Cristo: " Que devo fazer para obter a vida eterna ? ", Certamente que Cristo não poderia responder de um modo diferente deste : " Se quiseres ser perfeito, vai, vende o que tens (....) ". E a Igreja lhe deveria objetar : " Se queres que eu cumpra a tua ordem de representar-Te na Terra, devo possuir os meios do mundo ".

O problema é saber se isto, que é uma necessidade imposta pela realidade da vida, é traição de princípios, é prostituição do ideal. É lícito arrogar-se à posição de representantes de Cristo sem seguir os seus ditames ?

Isto significa que o Cristianismo atual não é feito só por Cristo, mas é um seu produto, depois manipulado e adaptado pelos homens para seu uso. Resultou disso uma Igreja que é uma mistura de humano e de divino, nasceu um produto que parece híbrido, e que por querer ser as duas coisas não é exclusivamente nem uma nem outra.

Conta-se que Tomás de Aquino, o "doutor angélico" da Igreja Romana (1330 d.C.), ao visitar o Papa Inocêncio IV, este, depois de lhe haver mostrado toda a fabulosa riqueza do Vaticano, disse, fazendo alusão às palavras de Pedro ao coxo da porta Formosa :

- Vês, Tomás? A Igreja não pode mais dizer como nos primeiros dias: " Não tenho prata nem ouro..."

- É verdade - confirmou Tomás - Mas também não pode mais dizer ao coxo : " Levanta-te e anda ".

Estamos orando para que a Igreja possa dizer sempre com fé e convicção :

" Não possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou : Em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, anda ! " (Atos 3.6).(§ 11).

- Conclusão Geral : Tal fato só poderia ser levado a termo se as pessoas desconhecessem que não era preciso “comprar” suas salvações e sim trabalharem intimamente a Reforma Espiritual para se tornarem dignos de elevação na Escala dos eleitos de Deus. Portanto a eliminação do princípio da Reencarnação era muito conveniente para a Igreja Católica.


Se nos reaproximarmos da doutrina da Reencarnação, afastando a dogmática crença na ascensão do corpo físico de CRISTO crucificado, crescerá no coração de cada um, e mesmo no coração daqueles que se educaram dentro do cristianismo católico, a fé nas verdades puras, ensinadas pelo próprio CRISTO.

"Naquele tempo os discípulos o interrogaram dizendo: Por que dizem pois os escribas que Elias deve vir primeiro? Ele respondeu: Digo-vos, porém, que Elias veio e não o reconheceram, antes fizeram dele o que quiseram. Então os discípulos compreenderam que tinha falado de João Batista" (Mateus cap.17 vers.10 a 13).

"...não pode ver o reino de DEUS senão aquele que nascer de novo..." (João cap.3 vers.3 a 10 - CRISTO ensinando reencarnação a Nicodemos).


Obs.:

Orígenes de Alexandria


Exegeta e Teólogo, jovem cristão filho de mártires, foi um profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e também estudioso da Filosofia Grega, a qual foi levada ao seu maior brilho, graças à atuação desse notável intelectual.

Na História da Igreja, além de ser o maior erudito religioso de sua época, Orígenes foi o primeiro grande intérprete das Escrituras. A partir dele praticamente todos os demais santos padres, de um modo ou de outro, seguiram os caminhos por ele indicados neste assunto. É apontado por vários historiadores como um dos maiores gênios cristãos de todos os tempos e dono da mais vasta cultura que se possa imaginar. Estapodia-sbeleceu as regras de conservação e interpretação da Bíblia e lançou os fundamentos da reflexão cristã para os séculos vindouros. Apologista de grande valor e de rara fecundidade literária, tentou uma fusão entre o Cristianismo e o Platonismo ( Doutrina caracterizada pela preocupação com os temas éticos, visando toda a meditação filosófica ao conhecimento do Bem, conhecimento este que se supõe suficiente para a implantação da justiça entre os Estados e entre os homens ).

Orígenes nos encanta por sua apurada visão Espiritual e sua maneira especialmente lúcida de abordar a mensagem de Cristo. Nascido por volta de 185 de nossa era, em Alexandria - onde ficava a famosa biblioteca, marco único na história intelectual humana, e que foi destruída pela ignorância e sede de poder dos romanos e, depois, por pseudo-cristãos ensandecidos e fanáticos, Orígenes, desde cedo teve contato com a doutrina Cristã, especialmente com seu pai, Leonídio, que foi martirizado em testemunho de sua fé.

Com isso, a família de Orígines passou a ser estigmatizada, tendo sido sequestrado todo o patrimômio que lhe pertencia. Para sobreviver, o jovem e brilhante Orígines passou a lecionar para ganhar seu sustento. Mente curiosa e aberta, dedicava-se ao estudo e a discussão da filosofia, notadamente Platão e os estóicos. Orígenes teve a mesma formação intelectual que viria a ter Plotino, na escola de Amônio Sacas e, com certeza, as doutrinas ditas orientais não lhe eram estranhas, e muito menos a ênfase num conhecimento pisíquico direto com o transcendente, que era típica da escola de Amônio, fundador do neoplatonismo e, também, um simpatizante ( pelo menos em parte ) do Cristianismo.

A Doutrina Palingenética, ou seja, da Reencarnação, era bem conhecida por Platão e Sócrates. Tal Doutrina, foi muito familiar a Orígenes em sua fase de formação, e posteriormente ele viria a divulgá-la abertamente, e este foi um dos motivos pelos quais foi perseguido pela vertente católico romana. Morreu em 254 D.C, na cidade de Tiro, em virtude da perseguição de Décio, mais conhecido pelo nome de Trajano, o qual era um incansável opositor do Cristianismo. Temos hoje, dessa forma, poucos de seus escritos, mesmo assim, devidamente "maquilados".

Orígenes, é citado por Historiadores, como autor de aproximadamente 6.000 obras, todas em grego. Os escólios ( interpretações ) sobre as Sagradas Escrituras são reconhecidas como os melhores trabalhos desse grande Teólogo. Boa parte das que se conservaram, deveu-se à obra de tradução para o latim do Monge Rufino, que residia no monte das Oliveiras, e do Monge São Jerônimo, o tradutor da Vulgata, que residia em Belém.

Principais Trabalhos :

* Hexapla, seis traduções das Escrituras dispostas em colunas paralelas.

* Comentários e homilias sobre Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Josué, Juízes, Livro dos Reis, Jó, Salmos, Cântico dos Cânticos, Isaías, Jeremias, Ezequiel, S. Mateus, S. Lucas, S. João, Epístola a Romanos.

* Tratados gerais: De Principiis ( contém a exposição de sua Doutrina ) e Tratado contra Celso.


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OBS : Bibliografia relacionada à supressão da Reencarnação, ocorrida no Concílio de Constantinopla :

NOTA : Caso haja interesse em adquirir os Livros abaixo, o Leitor pode acessar o Site da Loja Virtual Candeia Net : www.candeianet.com.br . Na Página principal, selecione a opção "AUTOR" e digite os dois primeiros nomes do mesmo, no campo abaixo do termo "BUSCAR".


1) Reencarnação - O Elo Perdido do Cristianismo, de Elisabeth Clare Prophet, Editora Nova Era.



Você vai saber como a Reencarnação esclarece os antigos conceitos cristãos, como o batismo, a ressurreição e o reino de Deus. Veremos também como os Patriarcas da Igreja suprimiram a Reencarnação da teologia cristã e por que a Reencarnação pode resolver muitos dos conflitos que atualmente afligem a humanidade. Observe a partir da pág. 211 ( 3ª Edição ): "...Justiniano, que reinou de 527 a 565, foi o imperador mais hábil depois de Constantino - e o que mais ativamente interferiu na teologia cristã. Emitiu éditos ( ordens judiciais ), esperando que a Igreja endossasse os mesmos sem questionar. Nomeou bispos e mandou até mesmo prender o Papa. Sua esposa Teodora, antiga cortesã, manipulava os assuntos da Igreja nos bastidores..."



2) Analisando as Traduções Bíblicas, de Severino Celestino da Silva, Idéia Editora.



Análise da tradução dos Textos Bíblicos, principalmente os considerados mais divergentes, com relação à Doutrina Espírita. Mostra as distorções nas traduções do hebraico para as línguas grega e latina. Utiliza vários textos escritos em caracteres hebraicos. Verifique nas págs. 157 a 159 ( 4ª Edição ), conforme o texto : "...Teodora teve muita influência nos assuntos do governo do marido e até no que se referiu à teologia. Foi ela quem acomodou os monges egípcios e os clérigos celíacos nos vários palácios da capital e sobretudo no palácio de Hormisdas, que se tornara o centro da propaganda monofisista..." .

"...Por ter sido ela uma prostituta, suas ex-colegas se sentiam orgulhosas e decantavam tal honra. Mas esse fato a revoltara e se constituía numa desonra, fazendo com que mandasse matar todas as quinhentas prostitutas de Constantinopla".



3) A Reencarnação Segundo a Bíblia e a Ciência, de José Reis Chaves, Editora Martin Claret. Nesta Obra, é citada a fonte : O Mistério do Eterno Retorno, de Jean Prieur, Editora Best Seller.



Crer na Reencarnação implica negar a Ressurreição ? Respostas a essas perguntas você encontrará neste livro, no qual a Reencarnação é vista como realidade histórica, bíblica e científica. Constate que no Capítulo 8, páginas 185 em diante ( 5ª Edição ), o relato se assemelha com os registros obtidos do Livro "Analisando as Traduções Bíblicas", citado anteriormente.