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sexta-feira, 28 de junho de 2013









Arthur Conan Doyle


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Arthur Conan Doyle

Conan Doyle
Nome completo Arthur Ignatius Conan Doyle
Nascimento 22 de maio de 1859
Edimburgo, Escócia, Reino Unido
Morte 7 de julho de 1930 (71 anos)
Crowborough
Nacionalidade Escocesa
Cidadania Britânica
Ocupação Escritor, poeta, médico
Influências
Influências[Expandir]
Influenciados
Influenciados[Expandir]
Principais trabalhos Sherlock Holmes, O Mundo Perdido
Gênero literário suspense, FC, não-ficção.
Título Cavaleiro (Sir) , recebido em 1902
Assinatura
Sir Arthur Ignatius Conan Doyle DL (Edimburgo, 22 de maio de 1859 — Crowborough, 7 de julho de 19301 ) foi um escritor e médico britânico, nascido na Escócia, mundialmente famoso por suas 60 histórias sobre o detetive Sherlock Holmes2 , consideradas uma grande inovação no campo da literatura criminal. Foi um escritor prolífico cujos trabalhos incluem histórias de ficção científica, novelas históricas, peças e romances, poesias e obras de não-ficção.
Arthur Conan Doyle viveu e escreveu parte de suas obras em Southsea, um bairro elegante de Portsmouth.
Índice [esconder]
1 Vida
1.1 Primeiros anos
1.2 Emprego e as origens de Sherlock Holmes
1.3 Casamento e família
1.4 Morte de Sherlock Holmes
1.5 Envolvimento em campanhas políticas
1.6 Envolvimento com o Espiritismo
2 Morte
3 A Grande Guerra Boer
4 Principais obras
5 Ver também
6 Notas de rodapé
7 Referências
8 Ligações externas
Vida[editar]

Primeiros anos[editar]
Filho de um inglês de ascendência irlandesa - Charles Altamont Doyle - e de uma mãe irlandesa - com nome de solteira Mary Foley - que se casaram em 1855.3 Família rigorosamente católica, herdando da mãe o caráter cavalheiresco, tendo sido ela quem lhe ministrou as primeiras letras.4
Embora ele seja hoje conhecido como "Conan Doyle", a origem de seu sobrenome composto (se é que ele queria que esse nome fosse assim entendido) é incerta. O seu registro de batismo na Catedral de Santa Maria em Edimburgo afirma que "Arthur Ignatius Conan" é seu nome cristão, e apenas "Doyle" é seu sobrenome. O batismo também intitula Michael Conan como seu padrinho.5
Conan Doyle foi enviado para o curso preparatório num colégio jesuíta da vila de Hodder Place, Stonyhurst (em Lancashire) quando tinha nove anos. Matriculou-se em seguida no Colégio Stonyhurst mas, em 1875, quando concluiu o colegial, rejeitava o cristianismo e se tornou agnóstico; esse questionamento surgiu de sua admiração pelo escritor Thomas Babington Macauley, que se dizia agnóstico e, após ouvir uma preleção onde um padre afirmara que os não-católicos iriam para o inferno, seus questionamentos fizeram-se mais agudos. Mais tarde outro agnóstico viria a influenciá-lo - Dr. Bryan Charles Waller. Literariamente, foi fortemente marcado por Walter Scott e Edgar Allan Poe, além de Macauley.4
Entre 1876 e 1881, ele estudou medicina na Universidade de Edimburgo, passando também um tempo na cidade de Aston (hoje um distrito de Birmingham) e em Sheffield.6 Em 1878, por exemplo, trabalhou por três semanas, em troca de casa e comida, como médico aprendiz nos subúrbios de Sheffield, de cuja experiência relatou em carta: "Esta gente de Sheffield preferiria ser envenenada por um homem com barba do que ser salva por um homem imberbe".4
Enquanto estudava, começou a escrever pequenas histórias; sua primeira obra foi publicada antes de completar os 20 anos, aparecendo no Chambers’s Edinburgh Journal.7 Ainda estudante teve sua primeira experiência naval, como médico numa baleeira, onde ficou sete meses no Oceano Ártico.4
Após a sua formação na universidade, em 1881, serviu como médico de bordo no navio "Mayumba" em viagem à costa Oeste da África mas em outubro daquele ano a embarcação passou por sérias dificuldades no mar e, quando retornou a Liverpool no ano seguinte, Doyle escreve a sua mãe - que o incentivara nesta aventura - dizendo que não mais embarcaria pois "o que ganho é menos do que poderia ganhar com a minha pena ao mesmo tempo, e o clima é atroz."4
Completou seu doutorado versando sobre tabes dorsalis em 1885.8
Emprego e as origens de Sherlock Holmes[editar]


Sherlock Holmes (à direita) e Dr. Watson, por Sidney Paget.
Em 1882, ele se juntou ao seu antigo colega de classe George Budd para formar uma parceria em uma prática médica em Plymouth, mas a relação entre eles provou ser difícil, e, logo, Conan Doyle passou a fazer suas práticas médicas independentemente. Chegando a Portsmouth em junho daquele ano com menos de £10, ele começou a atender na 1 Bush Villas em Elm Grove, Southsea. Os negócios não tiveram muito sucesso; enquanto aguardava por pacientes, ele voltou a escrever suas histórias. A sua primeira obra notável foi Um Estudo em Vermelho, publicada no Beeton’s Christmas Annual de 1887, e que foi a primeira vez em que Sherlock Holmes apareceu. Holmes era parcialmente baseado em seu professor de sua época na universidade, Joseph Bell, a quem Conan Doyle escreveu: "É mais do que certo que é a você a quem eu devo Sherlock Holmes… Com base no centro de dedução, na interferência e na observação que ouvi você inculcar, tentei construir um homem.". As futuras histórias a apresentar Sherlock Holmes foram publicadas na inglesa Strand Magazine. O que é interessante é que, mesmo na distante Samoa, Robert Louis Stevenson foi capaz de reconhecer a forte similaridade entre Joseph Bell e Sherlock Holmes. "Meus parabéns às geniais e interessantes aventuras de Sherlock Holmes… Seria este meu velho amigo Joe Bell?". Outros autores ocasionalmente sugerem influências adicionais, como o famoso personagem de Edgar Allan Poe, C. Auguste Dupin.
Durante sua estadia em Southsea, ele jogou futebol amador no time Portsmouth Association Club, na posição de goleiro, sob o pseudônimo A. C. Smith. (Este clube desapareceu em 1894 e não possui qualquer conexão com o Portsmouth F. C. de hoje, que foi fundado em 1898.) Conan Doyle também era um grande jogador de críquete, e, entre 1899 e 1907, ele jogou dez partidas de primeira classe para o MCC. A sua maior pontuação foi de 43 jogando contra o London County em 1902. Ele jogava boliche ocasionalmente, jogando apenas em uma liga de primeira classe. Além disso, ele era um grande golfista, eleito como capitão do Clube de Golfe de Crowborough Beacon, East Sussex, em 1910.
Casamento e família[editar]


Retrato de Arthur Conan Doyle por Sidney Paget, 1897.
Em 1885, ele se casou com Louisa (ou Louise) Hawkins, conhecida como "Touie", que sofria de tuberculose e acabou morrendo no dia 4 de julho de 1906. Em 1907, ele se casou com Jean Elizabeth Leckie, com quem ele se apaixonou em 1897, mas manteve uma relação platônica enquanto sua primeira esposa ainda estava viva, por lealdade para com ela. Jean morreu no dia 27 de junho de 1940 em Londres.
Conan Doyle teve cinco filhos, dois com sua primeira esposa – (1) Mary Louise (28 de janeiro de 1889 – 12 de junho de 1976) e (2) Arthur Alleyne Kingsley, conhecido como "Kingsley" (15 de novembro de 1892 – 28 de outubro de 1918) – e três com sua segunda esposa – (3) Denis Percy Stewart (17 de março de 1909 – 9 de março de 1955), este, em 1936, o segundo marido da princesa georgiana Nina Mdivani (cerca de 1910 – 19 de fevereiro de 1987; ex-cunhada de Barbara Hutton), (4) Adrian Malcolm (1910 – 1970) e (5) Jean Lena Annette (1912 – 1997).
Morte de Sherlock Holmes[editar]


Holmes e Moriarty lutando à beira das Cataratas de Reichenbach. Arte por Sidney Paget.
Em 1890, Conan Doyle começou a estudar os olhos em Viena; ele se mudou para Londres em 1891 para começar a atender como oftalmologista. Conforme diz a sua autobiografia, nenhum paciente sequer passou pela porta de seu consultório, o que lhe deu mais tempo para escrever. Em novembro de 1891, ele escreveu para sua mãe: "Acho que vou assassinar Holmes… e lhe dar fim de uma vez por todas. Ele priva minha mente de coisas melhores.". Sua mãe respondeu, dizendo, "Faça o que achar melhor, mas o público não aceitará essa atitude em silêncio.". Em dezembro de 1893, ele fez o que pretendia para dedicar mais tempo a obras que ele considerava mais "importantes" – os seus livros históricos.
Holmes e Moriarty aparentemente mergulharam às suas mortes nas Cataratas de Reichenbach na história The Final Problem. A manifestação de desagrado do público fez com que o escritor trouxesse o personagem de volta; ele retornou na história A Casa Vazia, com a explicação de que apenas Moriarty havia caído, mas como Holmes tinha outros inimigos perigosos, especialmente o Coronel Sebastian Moran, ele fingiu estar "temporariamente" morto. Com isso, Holmes apareceu em um total de 56 pequenas histórias e quatro livros, escritos por Conan Doyle (ele apareceu em vários livros e histórias por outros autores).
Envolvimento em campanhas políticas[editar]
Após a guerra bôer, que ocorreu na virada do século XX na África do Sul, e o escárnio vindo de todo o mundo por causa da conduta do Reino Unido, Conan Doyle escreveu um pequeno panfleto intitulado A Guerra na África do Sul: Causa e Conduta, justificando o papel do Reino Unido na guerra bôer. O panfleto foi traduzido para vários idiomas.
Conan Doyle acreditava que foi por causa deste panfleto que ele foi condecorado com o título de cavaleiro em 1902 e indicado como deputado-tenente de Surrey. Em 1900, ele escreveu algo maior, um livro, A Grande Guerra Bôer. Nos primeiros anos do século XX, Sir Arthur tentou entrar para o Parlamento como um membro da União Liberal duas vezes, uma em Edimburgo e outra em Hawick Burghs, mas, embora tenha recebido uma quantidade respeitável de votos, não conseguiu ser eleito.
Conan Doyle se envolveu na campanha pela reforma do Estado Livre do Congo, liderada pelo jornalista E. D. Morel e pelo diplomata Roger Casement. Em 1909, ele escreveu O Crime do Congo, um grande panfleto no qual ele denunciava os horrores daquele país. Ele se tornou um grande amigo de Morel e Casement, e é possível que eles, juntamente como Bertram Fletcher Robinson, tenham servido de inspiração para vários personagens do livro O Mundo Perdido (1912).
Ele rompeu relações com ambos quando Morel se tornou um dos líderes do movimento pacifista da Primeira Guerra Mundial, e quando Casement foi acusado de traição contra o Reino Unido durante a revolta da Páscoa. Conan Doyle tentou, sem sucesso, salvar Casement da pena de morte, alegando que ele estava louco e não era responsável por suas ações.
Envolvimento com o Espiritismo[editar]
Conan Doyle, no ano de 1887, travou o seu primeiro contato com o Espiritismo, iniciando neste mesmo ano, junto ao seu amigo Ball, arquiteto de Portsmouth, sessões mediúnicas que o fizeram rever seus conceitos.
Após as mortes de sua esposa Louisa (1906), do seu filho Kingsley, do seu irmão Innes, de seus dois cunhados (um dos quais E. W. Hornung, criador do personagem literário Raffles), e de seus dois netos logo após a Primeira Guerra Mundial, Conan Doyle mergulhou em profundo estado de depressão. Kingsley Doyle faleceu a 28 de outubro de 1918 de uma pneumonia que contraiu durante a convalescença, após ter sido seriamente ferido durante a batalha do Somme em 1916. O General Brigadeiro Innes Doyle faleceu em fevereiro de 1919, também de pneumonia.
Encontrou consolação apoiando-se no espiritismo, e esse envolvimento levou-o a escrever sobre o assunto. No auge da fama, em 1918, enfrenta todos os céticos e publica "A Nova Revelação", obra em que manifesta a sua convicção na explicação espírita para as manifestações paranormais estudadas a esmo durante o século XIX, e inicia uma série de outras, em meio a palestras sobre o tema. Em "A Chegada das Fadas" (1921) reproduziu na obra teorias sobre a natureza e a existência de fadas e espíritos. Posteriormente, em "The History of Spiritualism" (1926) de natureza histórica, aborda a história dos movimentos espiritualista anglo-saxônico, francês, alemão e italiano, com destaque para os fenômenos físicos e as materializações espirituais produzidas por Eusápia Paladino e Mina "Margery" Crandon. O assunto foi retomado em "The Land of Mist" (1926), de natureza ficcional, com o personagem "Professor Challenger".
Os seus trabalhos sobre o tema foi um dos motivos pelos quais a sua compilação de pequenas histórias, As Aventuras de Sherlock Holmes, foi proibida na União Soviética em 1929 por suposto ocultismo. A proibição foi retirada mais tarde. O ator russo Vasily Livanov receberia uma Ordem do Império Britânico por sua interpretação de Sherlock Holmes.
Por algum tempo, Conan Doyle foi um amigo do mágico Harry Houdini, que se tornaria um grande oponente do movimento espírita, ou espiritista, na década de 1920 após a morte de sua mãe. Embora Houdini insistisse que os médiuns espíritas faziam truques de ilusionismo (e tentava revelar as fraudes por trás desses truques), Conan Doyle já estava convencido de que o próprio Houdini possuía poderes sobrenaturais, um ponto de vista expresso em O Limite do Desconhecido. Aparentemente, Houdini não foi capaz de convencer Conan Doyle de que seus feitos eram simples ilusões, levando a uma amarga e pública quebra de relações entre os dois.
A sua convicção foi além: para receber o título de Par (Peer) do Reino Britânico, foi-lhe imposta a condição de renunciar às suas crenças. Confrontando a todos, e ao sectarismo vigente, permaneceu fiel à fé que abraçara, e que acompanhou até aos seus últimos dias. Foi Presidente Honorário da International Spiritualist Federation (1925-1930), Presidente da Aliança Espírita de Londres e Presidente do Colégio Britânico de Ciência Espírita.
Richard Milner, historiador americano de ciências, apresentou um caso no qual Conan Doyle pode ter sido o responsável pelo boato do homem de Piltdown de 1912, criando um fóssil hominídeo falso que enganou o mundo científico por mais de 40 anos. Milner disse que o motivo de Conan Doyle era de se vingar do estabelecimento científico por desbancar uma de suas físicas favoritas, dizendo ainda que O Mundo Perdido continha várias pistas criptografadas que se tratavam de seu envolvimento com o boato.
O livro de 1974 escrito por Samuel Rosenberg, Naked is the Best Disguise, se propõe a explicar como Conan Doyle deixou no meio de seus escritos pistas abertas que se relatam a aspectos ocultos de sua mentalidade.
Morte[editar]



Túmulo de Sir Arthur Conan Doyle em Minstead, Inglaterra.
Conan Doyle foi encontrado apertando seu peito nos corredores da Windlesham, a sua casa em Crowborough, East Sussex, no dia 7 de julho de 1930. Ele morreu de ataque cardíaco aos 71 anos. Suas últimas palavras foram ditas à sua esposa: "Você é maravilhosa.".
Undershaw, a casa que Conan Doyle havia construído nas redondezas de Hindhead, ao Sul de Londres, e onde ele viveu por aproximadamente uma década, virou um hotel e restaurante entre 1924 e 2004. A casa foi, então, adquirida por um desenvolvedor, e foi mantida vazia desde então enquanto conservacionistas e fãs do autor lutam para preservá-la.
Há uma estátua em honra a Conan Doyle em Crowborough Cross, Crowborough, onde Conan Doyle viveu por 23 anos. Também há uma estátua de Sherlock Holmes em Picardy Place, Edimburgo, Escócia, próximo à casa onde Conan Doyle nasceu.
A Grande Guerra Boer[editar]

Em 9 de agosto de 1902 Arthur Conan Doyle foi nomeado cavaleiro pela sua importante participação na Guerra Boer. Trabalhou na linha de frente da batalha como cirurgião, e foi elogiado pelos compatriotas pela coragem e determinação na prestação de socorro.
Regressando à Inglaterra escreveu um livro escolar com o título "A Grande Guerra Boer".
Principais obras[editar]

Ver página anexa: Lista de obras de Arthur Conan Doyle
Romances com Sherlock Holmes
1887 - A Study in Scarlet (Um Estudo em Vermelho)
1890 - The Sign of the Four (O Signo dos Quatro)
1902 - The Hound of the Baskervilles (O Cão dos Baskervilles)
1915 - The Valley of Fear (O Vale do Medo/O Vale do Terror)
Contos com Sherlock Holmes
1892 - The Adventures of Sherlock Holmes (As Aventuras de Sherlock Holmes)
1894 - The Memoirs of Sherlock Holmes (As Memórias de Sherlock Holmes)
1905 - The Return of Sherlock Holmes (A Volta de Sherlock Holmes)
1917 - His Last Bow (pt: Os Últimos Casos de Sherlock Holmes / br: O Último Adeus de Sherlock Holmes)
1927 - The Case-Book of Sherlock Holmes (O livro de casos de Sherlock Holmes)
1928 - The Complete Sherlock Holmes Short Stories (Coleção completa de histórias de Sherlock Holmes)
Narrativas com o Professor Challenger
1912 - The Lost World (O Mundo Perdido)
1913 - The Poison Belt (O cinto venenoso)
1926 - The Land of Mist (A terra da neblina)
1927 - The Disintegration Machine (A maquina de desentegração)
1928 - When the World Screamed (Quando o mundo gritou)
1952 - The Professor Challenger Stories (A historias do Professor Challenger)
Ensaios
1902 - The War in South Africa: Its Causes and Conduct
1907 - The Case of Mr. George Edalji
1912 - The Case of Oscar Slater
1920 - Spiritualism and Rationalism
1925 - The Early Christian Church and Modern Spiritualism
1925 - Psychic Experiences
Trabalhos sobre a guerra, o exército e o espiritualismo
1900 - The Great Boer War
1909 - The Crime of the Congo
1909 - Divorce Law Reform: An Esaay
1911 - Why He is Now in Favor of Home Rule
1914 - The German War
1914 - Civilian National Reserve
1914 - The World War Conspiracy
1914 - The German War
1915 - Western Wanderings
1915 - The Look on the War
1916 - An Appreciation of Sir John French
1916 - A Visit to Three Fronts
1916 - The Bristish Campaign in France and Flanders
1917 - Supremacy of the British Soldier
1918 - Life After Death
1918 - The New Revelation: or, What is Spiritualism?
1919 - The Vital Message
1922 - Spiritualism - Some Straight Questions and Direct Answers
1921 - The Wanderings of a Spiritualist
1922 - The Case of Spirit Photography
1922 - The Coming of the Faries
1928 - A World of Warning
1928 - What does Spiritualism actually Teach and Stand for?
1929 - An Open Letter to those of my Generation
1929 - Our African Winter
1930 - The Edge of the Unknown
Ver também

quarta-feira, 26 de junho de 2013



William Crookes
(1789 - 1854)









No ano de 1855, Willian Crookes assumiu a cadeira de química na Universidade de Chester. Como conseqüência de
prolongados estudos, no ano de 1861 descobriu os raios catódicos e isolou o Tálio, determinando rigorosamente suas propriedades físicas. Após persistentes estudos em torno do espectro solar, descobriu, em 1872, a aparente ação repulsiva dos raios luminosos, o que o levou à construção do Radiômetro, em 1874. No ano seguinte descobriu um novo tratamento para o ouro. No entanto, a coroação do seu trabalho científico foi a descoberta do quarto estado da matéria, o estado radiante, no ano de 1879. Foram-lhe outorgadas várias medalhas pelas relevantes descobertas no campo da física e da química.
        A rainha Vitória, da Inglaterra, nomeou-o com o mais alto título daquele país: “Cavalheiro”.
        A par de todas as atividades, ocupou a presidência da Sociedade de Química, da Sociedade Britânica, da Sociedade de Investigações Psíquicas e do Instituto de Engenheiros Eletricistas.
        Dotado de invejável fibra de investigador, acabou por pesquisar os fenômenos_mediúnicos, a princípio, com o fim de demonstrar o erro em que incidiam os ditos “médiuns” e todos aqueles que acreditavam piamente em suas mediunidades.
        Em 1869, os médiuns J.J.Morse e Sra. Marshall serviram de instrumento para que Crookes realizasse as suas primeiras investigações.
        As mais notáveis experiências mediúnicas, levadas a efeito por esse ilustre cientista, foram realizadas através da médium Florence Cook, quando obteve asmaterializações do Espírito que dava o nome de Katie_King, fato que abalou o mundo científico da época.
        A jovem Florence Cook tinha apenas 15 anos de idade quando se apresentou a Sir Willian Crookes, a fim de servir de medianeira para as pesquisas científicas que vinha realizando. São dela as seguintes palavras: “Fui à casa do Senhor Crookes, sem prevenir a meus pais e nem a meus amigos. Ofereci-me em sacrifício voluntário sobre o altar de sua incredulidade.” Ela pediu a proteção da Sra. Crookes e submeteu-se a toda sorte de experimentações, objetivando comprovar a sua mediunidade, pois que um cavalheiro, de nome Volckmann, havia lhe imputado suspeitas de fraude.
        No dia 22 de abril de 1872, aconteceu, pela primeira vez, a materialização do Espírito Katie King, estando presente na sessão, a genitora, alguns irmãos da médium e a criada.
        Após várias sessões, nas quais o Espírito Katie King se manifestava com incrível regularidade, a Srta. Florence afirmou a Willian Crookes que estava decidida a submeter-se a todo o gênero de investigações.
        Na sua obra “Fatos Espíritas”, faz completo relato de todas as experiências realizadas com o Espírito materializado de Katie King, que não deixa dúvida quanto ao poder extraordinário que possui o Espírito de dar a forma desejada, utilizando a matéria física.
        Numerosos cientistas de renome, mesmo diante dos fatos mais convincentes, hesitaram em proclamar a verdade, com receio das conseqüências que isso poderia acarretar aos olhos do povo. Crookes, porém, não agiu assim. Ele penetrou o campo das investigações com o intuito de desmascarar, de encontrar fraudes, entretanto, quando constatou que os casos eram verídicos, insofismáveis, ele rendeu-se à evidência, curvou-se diante da verdade, tornou-se espírita convicto e afirmou: - “Não digo que isto é possível; digo: isto é real!” Sir William Crookes, nasceu em Londres, no dia 17 de junho de 1832 e afirmou-se como químico e físico. Frequentou o Royal College of Chemistry em Londres, trabalhando na área da espetroscopia.
   Em 1861, descobriu um elemento que tinha uma linha de emissão verde brilhante no seu espectro, ao qual deu o nome de tálio, do grego thalos, um broto verde, que é o elemento químico de número atómico 81. Também identificou a primeira amostra conhecida de hélio, em 1895. Foi o inventor do radiómetro de Crookes, e desenvolveu os tubos de Crookes, investigando os raios canal.
   Nas suas investigações sobre a condutividade elétrica em gases a baixa pressão, descobriu que, à medida que se diminuía a pressão, o elétrodo negativo emitia raios (os chamados raios catódicos, que hoje se sabe tratarem-se de um feixe de eletrões livres, utilizado nalguns dispositivos de vídeo (televisões com cinescópio, por exemplo).
 
   Como esses exemplos mostram, William Crookes foi um pioneiro na construção e na utilização de tubos de vácuo para estudar fenómenos físicos. Foi assim um dos primeiros cientistas a investigar aquilo o que actualmente chamamos plasmas. Também criou um dos primeiros instrumentos para estudar a radioatividade nuclear, o assim-chamado espintariscópio.
 
   O trabalho de Crookes desenvolveu-se nas áreas da Química e da Física. A sua característica mais marcante foi a originalidade na conceção das suas experiências e o talento da sua execução. Talvez seja justo afirmar-se que as suas especulações teóricas, por mais imaginativas e estimulantes que tenham sido, foram de menor relevância.

 
William Crookes
(1789 - 1854)
 
 
Química

   A sua primeira grande descoberta foi a do elemento tálio, anunciada em 1861. Por esse trabalho, a sua reputação ficou solidamente estabelecida e ele foi nomeado membro da Royal Society em 1863.
   O método de análise espectral, introduzido por Bunsen e Kirchhoff, foi recebido por Crookes com grande entusiasmo e, ao aplicá-lo no exame do depósito selenífero de uma fábrica de ácido sulfúrico, descobriu no espectro uma linha verde desconhecida. Seguiu-se o isolamento do novo elemento metálico, o tálio, e a investigação das propriedades dos seus compostos, que são de grande interesse na área da química.
   Finalmente, em 1873, ele determinou o peso atómico do novo elemento de uma forma que é ainda hoje um modelo de precisão analítica.
   Passou posteriormente, durante muitos anos a trabalhar em duas áreas de pesquisa diferentes: As propriedades dos gases raros, e a investigação dos elementos das "terras raras"', iniciada após 1880.
 
 
         
Radiómetro de Crookes 
 
 
   A sua atenção pelo primeiro problema despertou quando utilizou uma balança de vácuo durante as suas pesquisas sobre o tálio. Rapidamente descobriu o fenómeno do qual depende a ação do pequeno e bem conhecido instrumento, o radiómetro de Crookes, no qual um sistema de pás, cada uma delas enegrecida de um lado e polida do outro, é colocado em rotação quando exposto a energia radiante. Crooks, no entanto, não forneceu a verdadeira explicação para essa aparente "atração e repulsão resultante da radiação".
 
 
   Por muitos anos, Crookes conduziu variadas experiências com os elementos de terras raras, elementos tão semelhantes uns aos outros quanto às propriedades químicas que métodos especiais de separação tiveram que ser imaginados. Ao longo de seu trabalho, utilizou métodos de espectroscopia para seguir o curso e testar a integralidade da separação entre um elemento e outro. O que tinha sido uma das regiões mais obscuras da química inorgânica, foi-se clarificando aos poucos.
   Ao longo dos anos durante os quais ele assim se ocupou, Crookes foi levado a conceber a existência de "meta-elementos" ou aglomerados de elementos, parecendo-se tanto uns com os outros que, na maior parte dos aspectos, um aglomerado comporta-se como um único indivíduo. Os "meta-elementos" de Crookes têm uma semelhança superficial com as misturas de isótopos que hoje se sabe comporem alguns elementos; mas a teoria de meta-elementos não pode honestamente ser dita como uma antecipação da descoberta dos isótopos, uma vez que se baseou em factos de natureza fundamentalmente diferente daquela em que se basearam as idéias mais recentes sobre elementos isotópicos.
   Crookes publicou numerosos artigos científicos sobre espectroscopia, um assunto pelo qual tinha grande fascinação e fez pesquisas sobre uma grande variedade de assuntos de menor importância. Além de vários livros técnicos, escreveu um tratado padrão sobre "Select Methods in Chemical Analysis (Métodos de Seleção em Análise Química) em 1871 e um pequeno livro sobre diamantes. em 1909, um assunto sobre o qual realizou estudos após duas visitas à África do Sul. Serviu várias vezes ao governo em funções de consultoria e seu trabalho sobre a produção de um vidro que deveria eliminar do vidro fundido os raios que fazem mal aos olhos dos trabalhadores, pode ser citada como um de seus muitos serviços públicos.
 
 
Física

 
  
De importância mais fundamental foram suas pesquisas sobre a passagem de descargas elétricas através de gases rarefeitos. Descobriu que, à medida em que se aumentava a atenuação do gás, o espaço escuro em torno do elétrodo negativo aumentava, enquanto raios, hoje conhecidos como raios catódicos, procediam do elétrodo. Ele investigou as propriedades dos raios, mostrando que eles se propagam em linhas rectas, causam fosforescência nos objectos sobre os quais são aplicados e produzindo grande quantidade de calor no impacto. Acreditou ter descoberto um quarto estado da matéria, que ele denominou de"matéria radiante". No entanto, as suas idéias teóricas sobre a natureza da "matéria radiante" foram provadas incorrectas. Ele acreditava que os raios consistiam em feixes de partículas de magnitude molecular ordinária. Foi Sir J. J. Thomson que descobriu sua natureza subatómica e provou que os raios catódicos consistem em feixes de eletrões, isto é, partículas eletricamente carregadas cuja massa é de apenas 1/1800 da massa do átomo de hidrogénio. Apesar disso, o trabalho experimental de Crookes nesta área foi a base de descobertas que mudaram toda a conceção da química e da física.
 
   William Crookes voltou sua atenção para o recém descoberto fenómeno da radioactividade. Em 1900, conseguiu separar o urânio do seu produto de transformação activo, o "urânio-X". Ele observou o decaimento gradual do produto de transformação separado e a simultânea reprodução de um novo suprimento no urânio original. Mais ou menos ao mesmo tempo dessa importante descoberta, observou que, quando as"partículas-p", ejetadas de substâncias radioativas, são projetadas sobre sulfeto de zinco, cada impacto é acompanhado de uma diminuta cintilação, uma observação que serve de base a um dos métodos mais úteis na técnica da radioatividade.
  

quinta-feira, 6 de junho de 2013