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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

sexta-feira, 16 de setembro de 2016


domingo, 28 de agosto de 2016

sexta-feira, 8 de julho de 2016

quarta-feira, 6 de julho de 2016

VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA (J. HERCULANO PIRES)

PROFESSOR DE TEOLOGIA
DEFENDE A INTERPRETAÇÃO
ESPÍRITA DA BÍBLIA
Numa  insistência  verdadeiramente  desanimadora,  certas  seitas
religiosas  que  fazem  do  combate  ao  Espiritismo  a  sua  principal  tarefa,
alegam sempre que os espíritas têm medo da Bíblia. Num debate de TV, o
reitor  de  um  instituto  bíblico  protestante  chegou  a  declarar  aos  espíritas
presentes, de Bíblia em punho: "Vocês não querem ouvir a palavra de Deus,
mas hoje vão ouvir"! Na sua ingenuidade, pensava que a leitura da Bíblia
poria os espíritas a correr.
Outro  pastor,  chefe  de  uma  seita  por  ele  mesmo  fundada,
escandalizou­se quando afirmamos que a Bíblia não é a palavra de Deus, e
ingenuamente perguntou­nos: "Mas o Senhor tem a coragem de dizer uma
coisa dessas na frente do povo de São Paulo"? Mais tarde, esquecendo os
seus  deveres  religiosos  de  honestidade  e  respeito  à  verdade,  promoveu
uma  campanha  sistemática,  pelo  rádio,  de  desvirtuamento  das  nossas
declarações. Pensava, certamente, que Deus aprovava sua "bonita" atitude.
Alguns  espíritas,  por  sua  vez,  ficaram  assustados  com  a  nossa
audácia.  Achavam  que  poderíamos  afastar  do  Espiritismo  os  crentes  na
Bíblia. Esqueceram­se de que o Espiritismo não se interessa por quantidade
de  adeptos,  mas  pela  sua  qualidade.  Espíritas  que  se  assustam  com  a
verdade sobre a Bíblia, estão ainda longe de compreender a Doutrina. Foi
por isso tudo que resolvemos enfrentar o tema durante algum tempo, nesta
seção
1
. É necessário que se diga a verdade, que se esclareça o povo, cm
vez  de  deixá­lo  iludido  por  expressões  como  "a  palavra  de  Deus",  que
servem apenas para os que não querem estudar o problema bíblico em sua
realidade histórica, religiosa e cultural.
1
O autor se refere à coluna que mantinha no "Diário de São Paulo".17 – VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA
Os  que  vivem  gritando,  de  Bíblia  em  punho,  que  o  Espiritismo  é
condenado pela Bíblia, não conhecem uma coisa nem outra. Ignoram o que
seja a Bíblia e não têm a mais leve noção de Espiritismo. No dia em que
conhecerem  ambas  as  coisas,  terão  vergonha  de  suas  acusações  atuais.
Se essas pessoas gostassem de ilustrar­se um pouco, indicaríamos a elas a
leitura de alguns livros de ilustres figuras protestantes. Por exemplo, o livro
de Haraldur Nielson, teólogo, tradutor da Bíblia para o islandês e professor
de  teologia  da  Universidade  da  Islândia,  intitulado:  O  Espiritismo  e  a
Igreja
2
. É um livrinho pequeno, que  ainda agora aparece em nova edição
brasileira  e  está  nas  livrarias.  Nesse  livro,  os  nossos  acusadores  terão  o
testemunho  de  um  membro  da  Sociedade  Bíblica  Inglesa,  que  não  se
tornou  espírita,  mas  que  reconhece  a  natureza  dos  livros  bíblicos.  Ele
protesta contra as afirmações, sempre levianas, de que a Bíblia condena as
manifestações espíritas e as sessões de Espiritismo.
2
Livro relançado "Edições Correio Fraterno".

VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA (J. Herculano Pires)


TODA A BÍBLIA ESTÁ CHEIA DOS 

FENÔMENOS MEDIÚNICOS 
O  Espiritismo  é  apresentado  por  Kardec,  sob  a  orientação  do 
Espírito  da  Verdade,  como  uma  seqüência  natural  do  Cristianismo.  É  o cumprimento  da  promessa  evangélica  de  Jesus,  de  enviar  à  Terra  o Consolador,  que  completaria  o  seu  ensino,  esclarecendo  os  homens  a respeito  daquilo  que  ele  só  pudera  ensinar  através  de  alegorias,  no  seu 
tempo. Os homens de então não estavam em condições de compreender o fenômeno natural da comunicação espírita, que misturavam com sistemas de magia e interpretações supersticiosas. Em A Gênese, Kardec esclarece, 
no  primeiro  capítulo,  que  era  necessária  a  evolução  das  ciências,  o 
progresso  dos  conhecimentos,  o  desenvolvimento  intelectual,  para  que  o 
Espiritismo fizesse seu aparecimento, como doutrina, em nosso mundo. 
Assim sendo, o Espiritismo tem como base as Escrituras, tem seus 
fundamentos  na  Bíblia.  Mas  é  claro  que  o  conceito  espírita  da  Bíblia  não 
pode  ser  igual  ao  das  religiões  que  ficaram  no  passado,  apegadas  às 
formas sacramentais de magia, aos ritos materiais e aos cultos exteriores do 
próprio  paganismo.  A  Bíblia  não  pode  ser,  para  o  espírita  esclarecido,  a 
"palavra  de  Deus",  pois  é  um  livro  escrito  pelos  homens,  como  todos  os 
outros  livros,  e  é,  principalmente,  um  conjunto  de  livros  em  que 
encontramos  de  tudo,  desde  as  regras  simplórias  de  higiene  dos  judeus 
primitivos  até  as  lendas  e  tradições  do  povo  hebreu,  misturadas  às 
heranças dos egípcios e babilônios. O Espiritismo ensina a encarar a Bíblia 
como um marco da evolução religiosa na Terra, mas não faz dela um novo 
bezerro de ouro. 
É  difícil  falarmos  da  Bíblia  a  pessoas  apegadas  ao  processo  de 
fanatismo  religioso  de  algumas  seitas  obscurantistas,  que  chegam,  em 
pleno século vinte, ao cúmulo de renegarem a cultura, para só aceitarem os 
escritos judeus da época das civilizações agrárias. São pessoas simples e 
crentes,  que  merecem  o  nosso  respeito,  mas  inteiramente  incapazes   
compreender o problema bíblico. Isso, entretanto, não deve impedir­nos de 
esclarecer  esse  problema  à  luz  dos  princípios  espíritas.  A  Bíblia  não 
condena o Espiritismo. Pelo contrário, a Bíblia confirma o Espiritismo, como 
demonstraremos.  Basta  lembrar  o  caso  de  Samuel,  atormentado  pelo 
espírito mau, aliviado pela mediunidade de Davi, que usava a música para 
afastá­lo.  Caso  típico  de mediunidade  curadora,  constante  de  Samuel  16: 
14­23.  E  o  colégio  de  médiuns  que  acompanhava  Moisés  no  deserto?  E 
assim por diante, da primeira à última página da Bíblia. Mas o pior cego é 
aquele que não quer enxergar.

sábado, 23 de abril de 2016

3
SENTIDO HISTÓRICO DA BÍBLIA E
A SUA NATUREZA PROFÉTICA
Qual  a  posição  do  Espiritismo  diante  do  problema  bíblico?  Os
recentes  debates  na  televisão  entre  espíritas,  pastores  protestantes  e
sacerdotes católicos, deram motivo a algumas incompreensões, de que se
aproveitaram adversários pouco escrúpulosos da Doutrina Espírita, para lhe
desfecharem  novos  e  injustos  ataques.  Vamos  procurar  esclarecer,  por
estas colunas, a posição espírita, como já havíamos prometido.
Kardec define essa posição, desde O Livro dos Espíritos, como a
de estudo e esclarecimento do texto, à luz da História e na perspectiva da
evolução espiritual da Humanidade. No cap. III deste livro, final do item 59,
depois de analisar as contradições entre a Bíblia e as Ciências, no tocante à
criação do mundo, ele declara: "Devemos concluir que a Bíblia é um erro?
Não; mas que os homens se enganaram na sua interpretação".
Essas  palavras  de  Kardec,  sustentadas  através  de  toda  a
Codificação, esclarecem a posição espírita. Devemos reconhecer na Bíblia
a sua natureza profética (ou seja: mediúnica), encerrando a l Revelação, no
ciclo  histórico  das  revelações  cristãs.  Esse  ciclo  começa  com  Moisés  (l
Revelação),  define­sse  com  Jesus  (II  Revelação)  e  encerra­sse  com  o
Espiritismo (III Revelação). Os leitores encontrarão explicações detalhadas
a respeito em O Evangelho Segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, que
é um manual de moral evangélica. O conceito espírita de Revelação, porém,
não é o mesmo das religiões em geral. Revelar é ensinar, e isso tanto pode
ser feito pelos Espíritos (revelação divina) quanto pelos homens (revelação
humana),  mas  não  por  Deus  "em  pessoa",  porque  Deus  age  através  de
suas  leis  e  dos  Espíritos.  A  revelação  bíblica,  portanto,  não  pode  ser
chamada  de  "palavra  de  Deus".  Ela  é,  apenas,  a  palavra  dos  Espíritos­
Reveladores,  e  essa  palavra  é  sempre  adequada  ao  tempo  em  que  foi
proferida. Isto é confirmado pela própria Bíblia, como veremos no decorrer
deste estudo.9 – VISÃO ESPÍRITA DA BÍBLIA
A  expressão  "a  palavra  de  Deus"  é  de  origem  judaica.  Foi
naturalmente herdada pelo Cristianismo, que a empregou para o mesmo fim
dos  judeus:  dar  autoridade  à  Igreja.  A  Bíblia,  considerada  "a  palavra  de
Deus",  revestis­se  de  um  poder  mágico:  a  sua  simples  leitura,  ou
simplesmente a audiência dessa leitura, pode espantar o Demônio de uma
pessoa e convertê-­la a Deus. Claro que o Espiritismo não aceita nem prega
essa  velha  crendice,  mas  não  a  condena.  A  cada  um,  segundo  suas
convicções, desde que haja boa intenção.  (Da Obra - Visão Espírita da Bíblia
- J. Herculano Pires)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

DA OBRA - EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS - ANDRÉ LUIZ

1 - FLUÍDO CÓSMICO
Plasma divino
O  fluído  cósmico  é  o  plasma  divino,  hausto  do  Criador  ou
força nervosa do Todo-Sábio.
Nesse  elemento  primordial,  vibram  e  vivem  constelações  e
sóis, mundos e seres, como peixes no oceano.
Co-criação em plano maior
Nessa substância original, ao influxo do próprio Senhor Su-
premo,  operam  as  Inteligências  Divinas  a  Ele  agregadas,  em
processo de comunhão indestrutível, os grandes Devas da teologia
hindu ou os Arcanjos da interpretação de variados templos religi-
osos, extraindo desse hálito espiritual os celeiros da energia com
que  constroem  os  sistemas  da  Imensidade,  em  serviço  de  Co-
criação  em  plano  maior,  de  conformidade  com  os  desígnios  do
Todo-Misericordioso, que faz deles agentes orientadores da Cria-
ção Excelsa.
Essas Inteligências Gloriosas tomam o plasma divino e con-
vertem-no  em  habitações  cósmicas,  de  múltiplas  expressões,
radiantes ou obscuras, gaseificadas ou sólidas, obedecendo a leis
predeterminadas,  quais  moradias  que  perduram  por  milênios  e
milênios, mas que se desgastam e se transformam, por fim, de vez
que o Espírito Criado pode formar ou co-criar, mas só Deus é o
Criador de Toda a Eternidade. Francisco Cândido Xavier - Evolução em Dois Mundos - pelo Espírito André Luiz

13
IMPÉRIOS ESTELARES
Devido à atuação desses Arquitetos Maiores, surgem nas ga-
láxias as organizações estelares como vastos continentes do Uni-
verso  em  evolução  e  as  nebulosas  intragalácticas  como  imensos
domínios do Universo, encerrando a evolução em estado potenci-
al, todas gravitando ao redor de pontos atrativos, com admirável
uniformidade coordenadora.
É aí, no seio dessas formações assombrosas, que se estrutu-
ram, inter-relacionados, a matéria, o espaço e o tempo, a se reno-
varem  constantes,  oferecendo  campos  gigantescos  ao  progresso
do Espírito.
Cada  galáxia  quanto  cada  constelação  guardam  no  cerne  a
força  centrífuga  própria,  controlando  a  força  gravítica,  com  de-
terminado teor energético, apropriado a certos fins.
A Engenharia Celeste equilibra rotação e massa, harmonizan-
do energia e movimento, e mantêm-se, desse modo, na vastidão
sideral, magnificentes florestas de estrelas, cada qual transportan-
do  consigo  os  planetas  constituídos  e  em  formação,  que  se  lhes
vinculam magneticamente ao fulcro central, como os elétrons se
conjugam ao núcleo atômico, em trajetos perfeitamente ordenados
na órbita que se lhes assinala de início.