Mensagens

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Poesias de Mario Quintana


O pato ganhou sapato,
Foi logo tirar retrato.
O macaco retratista
Era mesmo um grande artista.
Disse ao pato: “Não se mexa
Para depois não ter queixa”.
E o pato, duro e sem graça
Como se fosse de massa!
“Olhe pra cá direitinho:
Vai sair um passarinho”.
O passarinho saiu,
Bicho assim nunca se viu.
Com três penas no topete
E no rabo apenas sete.


Fazia tanto barulho
Que o pato sentiu engulho
Pousou no bico do pato:
– Eu também quero retrato!
– No retrato saio eu só,
Pra mandar a minha vó!
A discussão não parava
E cada qual mais gritava.
Passa na rua um polícia.
“Uma briga? Que delícia!”
O polícia era um cavalo
Montado noutro cavalo.
Entra como um pé-de-vento
Prende tudo num momento.
“Hão de ficar vida e meia
Descansando na cadeia”.
“Ah!Ah!Ah...” ri ele assim.
E o cavalo: “him!him!him!...” (QUINTANA, 1998, p. 2-4)

Nenhum comentário:

Postar um comentário